“Queres saber um segredo? Vou voltar ao Instagram", foi esta a primeira revelação que Meghan Markle fez na entrevista publicada pelo "The Cut". A conversa entre a duquesa de Sussex e a jornalista Allison P. Davis aconteceu na casa de Meghan Markle, 41 anos e do marido, o príncipe Harry, de 37, em Montecito, no estado da Califórnia (EUA) e foram vários os tópicos abordados, desde os tablóides ingleses aos novos documentários da Netflix em que o casal possa estar envolvido.

A duquesa de Sussex confidenciou, então, que está a pensar voltar à rede social, não só porque gostava de partilhar a sua vida com os fãs, mas porque fazia sentido promover "Archetypes", o novo podcast da ex-atriz. Meghan havia arrecadado cerca de três milhões de seguidores antes de o protocolo real ditar que se distanciasse das redes sociais, apagando todas as contas, em 2018. No entanto, mais adiante na entrevista, frisou que ainda não está totalmente certa da decisão.

A atriz também falou sobre a sua mudança para Montecito, que ocorreu depois de, em janeiro de 2020, o mundo ter sido surpreendido pelo Megxit. O casal quebrou o protocolo, ao anunciar que iria abdicar dos títulos reais de membros sénior da família real britânica, tendo a independência financeira e a vontade de trabalhar como mote – e foi aí que se mudaram para os Estados Unidos.

Meghan descreveu toda a experiência, durante uma altura em que tanto ela como o marido estavam desprovidos de rendimentos. “Estávamos à procura nesta área e esta casa continuava a aparecer em pesquisas online. Não tínhamos emprego, então simplesmente não íamos ver esta casa. Não foi possível. É como quando eu era mais jovem e ia só ver as montras [das lojas] — não quero ver estas coisas todas que não posso pagar", confessou.

No entanto, Harry e Meghan acabaram mesmo por se mudar para a casa de sonhos, que o príncipe adorou à primeira vista. O que havia de tão especial? As duas palmeiras do jardim, "conectadas na parte inferior", que o casal considerou ser a analogia perfeita do sentimento que os une (e um sinal para lá ficarem). Isto só foi possível, no entanto, devido aos contratos milionários que o casal assinou com o Spotify, em 25 milhões de dólares, e com a Netflix, em 100 milhões de dólares.

E é nesse contexto que a duquesa se mostrou bastante ansiosa para contar a sua história por via do seu próprio documentário, que vai chegar à plataforma de streaming, mas cujos detalhes ainda ficaram por desvendar. A produção irá focar-se, certamente, numa coisa: "no pedaço da minha vida que não pude partilhar, que as pessoas não puderam ver, que é o nosso amor", contou a atriz.

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O escrutínio da imprensa foi determinante para que Meghan e Harry decidissem romper com o financiamento dos contribuintes britânicos: só assim seria possível que os tablóides parassem os ataques incessantes ao casal, que eram levados a cabo sob o pretexto de interesse público. Por isso, o afastamento da realeza aconteceu, considera a duquesa, porque a existência do casal era, por si só, uma desculpa para "perturbar a dinâmica da hierarquia". E foi um alívio, tendo ficado "feliz por ir [embora do Reino Unido]".

Isto porque, aquando do início do seu casamento, Meghan falou ainda sobre até que ponto se esforçou para se encaixar na família real, revelando que, na sua opinião, os maiores obstáculos eram ser americana e atriz. “Todo o meu trabalho era ‘diz-me onde ficar, o que dizer, como dizer, o que vestir', e eu farei isso", acrescentou, frisando que não poder envolver-se verdadeiramente em nada parecia quebrar uma regra pela qual se regia.

Com tanta revelação à mistura, Meghan enfatizou que não assinou nenhum documento que a impedisse de falar sobre a sua experiência no seio da realeza. “Posso falar sobre toda a minha experiência e escolher não o fazer”, disse, justificando que só ainda não o fez porque se está a "curar".

No entanto, está convicta de que há espaço para perdão entre ela e a família real. “Acho que o perdão é muito importante. É preciso muito mais energia para não perdoar”, esclarece. “Mas é preciso muito esforço para perdoar. Eu, realmente, fiz um esforço ativo, especialmente sabendo que posso dizer qualquer coisa”. “Tenho muito a dizer, até não ter. (...) Às vezes, como é costume dizer, a parte do silêncio ainda faz parte da música”, concluiu.