Os embaixadores Magnum estão oficialmente anunciados. Carolina Deslandes, Gonçalo Peixoto, Inês Herédia e Soraia Tavares são as personalidades escolhidas pela emblemática marca de gelado.
"O prazer tem mais do que uma camada" é o mote deste ano da iniciativa Magnum. Quebrar barreiras e privilegiar a liberdade são as características que fizeram com que a Magnum elegesse as quatro figuras públicas.
A cantora Carolina Deslandes, pela "luta pela igualdade de género, enquanto incentiva as mulheres a tomarem as suas próprias decisões". O designer Gonçalo Peixoto "não só pela forma como inspira aqueles que o vestem, como o próprio procura inspiração em tudo o que o rodeia".
A atriz Inês Herédia, por ser "uma das personalidades portuguesas que tem vindo a contribuir para desmistificar e naturalizar questões relacionadas com a homossexualidade". E a cantora e atriz Soraia Tavares, pelo "multiculturalismo e a diversidade" que "são omnipresentes no seu trabalho".
Esta nova campanha serve também para lançar o novo Magnum Double Gold Caramel, "o mais indulgente gelado Magnum de sempre", anuncia a marca.
A MAGG conversou com os quatro embaixadores sobre gelados mas, acima de tudo, sobre as camadas que os tornam mais autênticos.
Na vossa evolução pessoal, que camada tiveram de deixar ir para se tornarem mais verdadeiros e honestos convosco?
Carolina Deslandes (CD)- A parte da minha vida que mais me custou a mudar foi o quanto eu tinha medo de ser julgada pelos outros. Tinha sempre medo de ser mal interpretada e vivia pouco confiante. Hoje em dia tenho muito mais certeza nos meus passos, no meu caminho, e sei que é impossível agradar a toda a gente... e ainda bem.
Inês Herédia (IH) - Não acho que tenha sido o assumir da minha homossexualidade. Acho que a minha maior luta foi gostar do meu corpo, embora o processo da homossexualidade também tenha sido bastante doloroso e tomou o seu tempo. A minha maior conquista foi gostar do meu corpo e perceber como ele é bonito, aceitar isso e usar o meu corpo como arma, como reflexo do que eu sou cá dentro.
Gonçalo Peixoto (GP) - Quando és de um meio mais pequeno, nasces e cresces nesse sítio, às vezes há coisas com que não sabes lidar. E isso fica cá dentro e até te traz alguma revolta. E essa camada tive de a despir há pouco tempo. Tive de perceber que as coisas eram feitas por mim e para mim e não para tentar agradar a outra pessoa ou porque queria que alguém tivesse orgulho de mim.
"A parte da minha vida que mais me custou a mudar foi o quanto eu tinha medo de ser julgada pelos outros", Carolina Deslandes
Soraia Tavares (ST) - Teve muito a ver com a timidez e um bloqueio muito grande em relação à minha sensualidade. Fui para a dança e mesmo o musical "Chicago" ajudou-me a encontrar-me nesse sentido e a valorizar-me enquanto mulher num todo.
Que camada da vossa personalidade descobriram neste último ano?
CD - Descobri que consigo descansar. Achava impossível. Como andava sempre a mil e tinha horários para tudo, quando ficámos confinados achei que ia enlouquecer. No fim do confinamento já estava farta, mas a verdade é que consegui descansar muito. Passar tempo de qualidade com os meus filhos e comigo.
IH - Descobri que tenho algum jeitinho para a comédia. Só descobri isso por causa da personagem que me deram na novela "Festa é Festa", que está prestes a estrear. Tenho uma personagem cómica e estou a descobrir que até me safo bastante bem, o que me dá um gozo gigante.
"Tive de perceber que as coisas eram feitas por mim e para mim e não para tentar agradar a outra pessoa", Gonçalo Peixoto
GP - Descobri que até sou bom a fazer negócio. Com a marca, por vezes temos pouca noção do que é ser um businessman, e quando digo businessman não estou a dizer só desenhar roupa e ter uma marca. Estou a falar de tudo: das vendas, dos agentes, de colocar o produto internacionalmente, e isso, quando temos uma vida muito corrida, às vezes não paramos para pensar nas coisas. E acho que este ano foi muito importante para mim porque me fez perceber que, tendo um obstáculo, consigo dar a volta de alguma maneira. Consegui que 2020 fosse o melhor ano de sempre da marca.
ST - Sempre estive muito habituada a fazer muitos projetos, todos ao mesmo tempo, uns atrás dos outros, e este último ano ajudou-me a aprender a saber parar e a perceber também quais são os meus hobbies, o que é que eu gosto muito de fazer, o que é que me dá prazer que não seja só aliado ao meu trabalho. Saber parar ajudou no meu autoconhecimento, onde estou e para onde quero ir.
Partilhem uma memória feliz associada ao gelado Magnum, um momento que vos tenha ficado para sempre.
CD - A minha memória com a Magnum é de andar a correr na praia a fugir do meu pai porque ele pedia-me uma 'trinquinha', e quando eu dava por mim tinha-me comido o gelado todo. Sempre foi o nosso preferido.
IH - São os momentos em criança, quando ias ao dentista e tinhas carta branca para comeres todos os gelados que te apetecesse. Em minha casa sempre houve Magnum, porque os meus pais são viciados e eu só podia comer em doses homeopáticas e quando havia dentista, valia tudo (risos). Houve uma fase da minha gravidez em que me mandaram engordar, porque as crianças não estavam a crescer, e estava a valer gelados. Eram aos quatro e cinco Magnuns mini (risos).
"O musical 'Chicago' ajudou-me a valorizar-me enquanto mulher num todo", Soraia Tavares
GP - ModaLisboa, há duas estações, quando a Magnum e o Gonçalo Peixoto fizeram uma parceria e fizemos o desfile juntos. Foi incrível! Eu andava a distribuir gelados na ModaLisboa, tivemos gelados no desfile e no backstage também. Foi um momento super bonito.
ST - Na primeira quarentena, estar com o meu colega de casa e tocarem-nos à porta com o Magnum Ruby era mesmo dia de festa. Ver Netflix... é mesmo uma bela memória.