Ivo Lucas apelou à absolvição no que diz respeito ao caso da morte de Sara Carreira, no qual irá ser julgado pelo crime de homicídio negligente, em conjunto com a fadista Cristina Branco. O ator de 32 anos terá negado ser responsável pela tragédia que vitimou a sua companheira, filha de Tony de Carreira, e terá apontado as culpas à fadista, de acordo com a revista "Vidas", do "Correio da Manhã", publicada este sábado, 12 de agosto.
Na contestação, a defesa do artista diz que "não se verifica que [Ivo Lucas] pudesse ter evitado o resultado do crime de negligência", reiterando que a sua condução não foi "descuidada", segundo a "Flash". A contestação também dá conta de que Ivo Lucas conduzia em excesso de velocidade, mas que isso não é suficiente para imputar-lhe homicídio negligente.
A defesa do cantor aponta ainda que a responsabilidade do acidente tenha sido da fadista, uma vez que a viatura desta estava parada na meio da autoestrada e não só não era "visível", como carecia de "qualquer sinalização de que existia um objeto imóvel na estrada". Além disso, as luzes de perigo eram "manifestamente insuficientes para que se pudesse visualizar aquela viatura nas condições climatéricas registadas", continua.
Cristina Branco já ripostou. A defesa da artista, na sua contestação, referiu que oito viaturas conseguiram contornar o seu carro imobilizado na faixa central da A1, deixando patente que o veículo "se encontrava visível (...) e que era possível contorná-lo sem nele embater". E voltou a dizer que "as causas da segunda colisão estão relacionadas com as condutas" de Ivo Lucas, já que este circulava "acima do limite legal permitido, bem como devido à sua desatenção", lê-se na "Flash".
Ambos os arguidos aguardam o início do julgamento, cujas primeiras audiências estão marcadas para 24 e 25 de outubro. Ivo Lucas será ouvido no dia 27, seguindo-se as alegações finais deste caso que incide sobre a morte de Sara Carreira, em dezembro de 2020, aos 21 anos.
A filha mais nova de Tony Carreira seguia no lugar do pendura do carro conduzido por Ivo Lucas. Paulo Neves circulava a 30 quilómetros por hora, uma velocidade inferior à permitida por lei, e encontrava-se alcoolizado, e Cristina Branco embateu no carro deste segundo arguido, ficando parada no meio da autoestrada. Ivo Lucas terá tentado desviar-se do automóvel da fadista, mas acabou por capotar várias vezes, e embateu ainda no carro de Tiago Pacheco, que circulava em excesso de velocidade, o quarto arguido envolvido inicialmente no caso.