Em noite de Grammys, Céline Dion fez uma surpresa comovente. Depois de vir a público dizer que o seu estado de saúde está cada vez pior, a cantora rumou até Los Angeles na madrugada de domingo para segunda-feira, 4 para 5 de fevereiro, para apresentar o prémio de Álbum do Ano, que foi entregue a Taylor Swift.
Em cima do palco, a artista explicou que viria entregar um prémio que lhe foi atribuído há 27 anos por "duas lendas", Diana Ross e Sting. No discurso, aproveitou ainda para expressar a sua felicidade por ter conseguido marcar presença na cerimónia.
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"Quando digo que estou feliz por estar aqui, estou a falar a sério, do fundo do meu coração. Aqueles que são suficientemente privilegiados por estarem aqui nos Grammy Awards nunca devem dar por garantido o amor e alegria gigantes que a música traz às nossas vidas e às pessoas de todo o mundo", começou por dizer.
Esta foi a primeira vez que Céline Dion foi vista em três meses, depois de assistir a um jogo de hóquei no gelo em Las Vegas, em novembro do ano passado, com os seus três filhos. Por sua vez, este evento desportivo foi a sua primeira vez em público depois de três anos e meio.
Aos 55 anos, Céline Dion sofre de Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), uma doença neurológica grave e que não tem cura. Na sequência do diagnóstico, a irmã da artista tem atualizado o mundo sobre o estado de saúde da cantora – e, em dezembro do ano passado, disse que a cantora já não conseguia ter controlo sobre os músculos.
Em agosto, a irmã da cantora já tinha vindo a público dizer que não há nenhum medicamento que ajude a amenizar a doença. A par disto, frisando que Céline Dion estava positiva e continuava esperançosa, disse também que a artista estava em contacto com os principais investigadores desta doença rara.
O diagnóstico da artista veio a público em dezembro de 2022, quando a mesma revelou, através de um testemunho emocionante nas redes sociais, que sofria desta doença grave. E, além do anúncio do estado de saúde débil, viu-se forçada a cancelar a digressão pela Europa, que teria início em fevereiro do ano seguinte, pedindo desculpa aos fãs e não descurando os agradecimentos pela compreensão e apoio dos mesmos.
No início de 2024, a cantora anunciou que vai ser protagonista de um documentário, intitutlado "I am: Céline Dion", cujo objetivo é mostrar como é a sua vida enquanto luta contra a doença. O documentário estará disponível exclusivamente na Prime Video e será realizado por Irene Taylor, vencedora de um Emmy e nomeada para os Óscares, e este será uma viagem pelo passado e presente da artista.
O Síndrome da Pessoa Rígida é uma doença auto-imune rara que, como o nome indica, enrijece os músculos e as articulações de várias partes do corpo, afetando, por exemplo, a locomoção, explica o Instituto Nacional para Distúrbios Neurológicos e Derrames, dos Estados Unidos.