Adriana Müller, mulher do futebolista Lincoln Henrique, que joga atualmente no Fenerbahçe, na Turquia, relatou nas redes sociais um episódio violento e xenófobo que viveu na noite de quinta-feira, 2 de dezembro, no Porto, onde o casal tem uma casa e está a passar férias. Tudo aconteceu quando a família tentava encontrar estacionamento para deixar os dois filhos, de 3 e 7 anos, no ginásio onde praticam natação.

“Estávamos apenas tentando estacionar e, de repente, uma mulher começou a gritar e a nos ofender. Eu pedi desculpas, explicando que era a nossa primeira vez na área e expliquei que estávamos seguindo o Waze. Mas ela não parava de gritar e, em um momento de desespero, ela disse: ‘volta para o teu país, porque vocês vêm aqui fazer asneira!’”, contou Adriana à revista “Quem”.

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“Ela me chamou de vaca e disse que eu era uma péssima mãe. Eu não conseguia entender como alguém poderia ser tão agressiva apenas por eu ser brasileira. Isso é inaceitável”, disse.

Além disso, garantiu ter sido agredida. “A mulher bateu-me”, afirmou, mostrando nas redes sociais os hematomas na cara e no pescoço. Quando o marido chegou ainda tentou acabar com a confusão, mas Adriana pediu para que este não se envolvesse, porque a mulher podia acusá-lo de algum tipo de violência.

Adriana Müller
Adriana Müller Os hematomas da agressão. créditos: instagram

Adriana estava também acompanhada pela nora, Fran, que tentou gravar a agressão, mas a mulher ameaçou que partia o telemóvel. “Ela disse que me arrastaria pelos cabelos para o meu país, me agredindo fisicamente. Ainda estou com as marcas das agressões e já fiz o registro de ocorrência. Isso é um reflexo de um problema maior que estamos enfrentando. Não podemos permitir que a xenofobia e a violência se tornem normais”, realçou.

Com todo o aparato, as duas crianças ficaram assustadas e começaram a chorar. Adriana disse à “Metrópoles” que ia avançar com um processo judicial contra a mulher que será portuguesa e a dona do bar do ginásio.

Na sexta-feira, 3, a mulher do futebolista foi fazer um exame no Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses do Porto. “Já realizei o exame de corpo de delito e agora tenho uma reunião com o meu advogado. O processo já foi para o Ministério Público e tenho que aguardar a Justiça portuguesa”, explicou à "Quem".