Nuno Eiró regressa à TVI passados quatro anos afastado da estação. Mas não regressa apenas com um novo programa, o apresentador regressa com uma noa imagem. Além de ter adotado uma alimentação mais saudável, aproveitou o confinamento para dar início à prática de exercício físico.
Em entrevista exclusiva à MAGG, Nuno Eiró revela que a mudança física "foi acontecendo". Não ser um bom cozinheiro e estar fechado em casa, no último confinamento obrigatório, foram os fatores que pesaram para esta mudança. "Não há nada como fechar a boca e queimar", começou por dizer, em tom de brincadeira. Os treinos em casa tornaram-se um hábito, que manteve até hoje, mas já no ginásio. Ao todo, já perdeu 12 quilos.
A mudança acabou por acontecer sem grande planeamento, mas o apresentador revela estar mais focado em si desde que adotou estes novos hábitos. "Se quisesse fazê-lo de propósito, se calhar ia ficar tão ansioso que não conseguia fazê-lo. Tem a ver com o interior, mas claro que houve uma mudança de chip", afirmou.
"Quero chegar a velho o mais novo possível" é o novo lema de vida do apresentador da estação de Queluz de Baixo, ainda que admita que os primeiros tempos não são nada fáceis. "São horrorosos. Mas torna-se mais fácil quando olhas para o espelho e vês as mudanças a acontecer. Eu ia sempre fazer exercício, mas sob protesto. Hoje vou e divirto-me imenso", revelou, referindo ainda que o ambiente do ginásio e boa disposição do personal trainer são essenciais para se manter focado.
Com a estreia das novas manhãs informativas marcada ainda para o primeiro trimestre, Nuno Eiró confidencia à MAGG que "esta mudança física foi a cereja no topo do bolo", e admite que ajuda na sua auto-estima.
Admite que, por trabalhar em televisão, já tinha sentido a pressão para mudar a sua imagem, ainda que saiba que não é tão comum entre os homens. "Com as mulheres é muito mais violento, mas é uma questão cultural. Apesar de isso já estar a mudar", frisa. Para o entertainer, a questão da imagem relaciona-se também com o ego. Ser apresentador "é uma profissão em que tens de lidar com egos, mas é um trabalho que tens de fazer sozinho".
O apresentador garante ainda que, apesar de adorar o que faz, sabe que a profissão não o define. "Não deixamos de ser nós porque fazemos outro trabalho diferente. Uma coisa é gostarmos de algo e estarmos privados de o fazer. Outra coisa é precisarmos de trabalho e não conseguirmos. Mas isto do ego é um vício e tem de ser domesticado".
"Travessia no deserto" depois de sair da SIC
Nuno Eiró trabalha em televisão há 20 anos, mas recorda uma fase da sua vida profissional em que não teve trabalho na área. "Disseram-me que naquele momento já não estavam a precisar de mim. É difícil aceitar, mas acontece", diz, recordando o momento em que passou por uma "travessia no deserto", como lhe chama, depois de ter saído da SIC e ter entrado para a TVI, em 2011.
"O que que vais fazer? Enfiar-te num vão de escadas a chorar? Vais procurar trabalho. Nessa altura, fui estudar, dei formações e tirei o mestrado. Vai chegar a altura em que consegues um novo trabalho em televisão". O que acabou por acontecer. "O que fui ganhando com as minhas experiências pessoais e profissionais são a minha maior fonte auto-estima", acrescentou.
Em televisão já fez de tudo, desde programas de apanhados, reportagens, day time ou reality shows. Mas Eiró garante que, seja qual for o projeto, "as equipas são essenciais". "Tive sempre muita sorte porque os trabalhos foram sempre muito diversificados. Este carinho que sinto no regresso à TVI é transversal nas equipas de som, imagem, etc. Estive sempre em projetos de longa duração em que nos é permitido amadurecer".
No regresso à TVI, nomeadamente ao "Somos Portugal", o apresentador conta à MAGG que foi recebido "de forma absolutamente enternecedora". No último domingo, Eiró não conteve as lágrimas por voltar ao formato em que se popularizou na estação de Queluz de Baixo. "A emoção foi a parte visível daquilo que aconteceu nos bastidores. Fui muito bem acolhido e quando chego ao programa, aquelas foram as pessoas com quem trabalhei durante muito tempo", frisa.
Novo programa das manhãs e passagem pela CMTV
Apesar de nos primeiros dias se ter perdido nos corredores da TVI, o apresentador conta que a equipa do programa das novas manhãs informativas está a trabalhar a todo o gás. "É um formato que existe há 50 anos, mas não em Portugal. Por isso, vamos fazê-lo à portuguesa. Não temos uma equipa de 200 pessoas como acontece na América, mas vamos ter uma forte componente informativa com conteúdos mais leves. "Não vou ser jornalista e os jornalistas não vão ser entertainers", revela Nuno Eiró à MAGG.
"Não queremos que seja um programa de day time. Vamos ter reportagens rápidas, mas sempre com relevância na atualidade. Este formato vive de transições e vai puxar-me para os temas mais sérios e vai puxar os jornalistas para temas mais leves", conta ainda sobre o novo programa que vai co-apresentar com a jornalista Sara Sousa Pinto.
Quanto à passagem pela CMTV, o canal do "Correio da Manhã", o apresentador garante que foi "essencial" para agora poder dedicar-se ao novo projeto na TVI. "Se não tivesse acontecido, isto também poderia não ter acontecido. Todos os trabalhos que temos acabam por ser úteis para nos compor enquanto apresentadores ou jornalistas. Se não tivesse feito aquele modelo de day time com conteúdos de atualidade, talvez não estivesse em condições agora de fazer este formato", remata Nuno Eiró.