Francisco Monteiro, vencedor do “Big Brother 2023", foi capa da revista “Cristina”, que chegou esta sexta-feira, 2 de fevereiro, às bancas. Na entrevista, que se realizou antes do nortenho ter entrado para o “Big Brother – Desafio Final”, edição da qual acabou por desistir na segunda-feira, 29 de janeiro, Zaza falou do reality show, da relação com o irmão, João Monteiro, da falta de afeto dos pais e de Márcia Soares.

Para Francisco Monteiro, ter vencido o “Big Brother 2023” foi algo inédito na sua vida. “Era [o que queria]. Vencer, alguma vez na vida. Sinto que, desta vez, venci. E, acima de tudo, venci com milhares de pessoas a levar-me à vitória. Sabe ainda melhor”, disse na entrevista à publicação.

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O nortenho também admitiu que escolheu “sempre os piores caminhos”. “Considero que tomava as melhores decisões para a minha vida, mas, depois, nas micro decisões que tinha de tomar, fazia sempre asneira. Sempre fiz. Ia para o fogo, porque tinha vontade de me queimar. Parece que tinha uma atração. Fascina-me estar perto do abismo e, se calhar, arranjar maneira de sair. O ‘Big Brother’ é isso: estar ali, perto do abismo, e arranjar maneira de contrabalançar as coisas”, refletiu.

“Eu nunca fui o principal, sempre fui mais um. Lamento imenso dizer isto, mas fui sempre mais um em tudo o que fiz. No ténis, no padel, nas relações amorosas... Eu era o mais um. Tive uma namorada durante oito anos, eu era o mais um”, contou. “A vida dela era o importante. Ela ia fazendo a vida dela e eu era o companheiro. Diz-se que o corno é sempre o último a saber. E fui. Hoje em dia, olhando de fora, percebo que era o ‘mais um’. E está tudo bem com isso”, acrescentou.

Zaza explicou que esteve sempre rodeado de pessoas bem-sucedidas e não tinha “grande espaço para brilhar”. “Se a Cristina for ver os meus amigos, mesmo o meu irmão... Ele era o número 200 no ranking mundial de ténis. No grupo dos meus melhores amigos, tenho o Nuno Sousa Guedes, que é talvez o melhor jogador de rugby português, tenho o Bernardo Bastos, que é dos melhores jogadores de padel portugueses, tenho o Renato Castanheira, que era jogador profissional de hóquei”, explicou.

Francisco Monteiro considera que o irmão, João Monteiro, atual namorado de Cristina Ferreira, esteve sempre “um passo” à sua frente “no bom sentido”. “Eu vivia mais as vitórias e derrotas dele do que ele próprio. Houve momentos em que pensei que ele se estava a borrifar para a vida. Depois de perder, eu ficava destruído e ele não estava nem aí”, contou.

“Acho que nenhum estava bem. Ele devia importar-se mais e eu devia importar-me menos, mas a verdade é que sempre fui assim. Vivo muito as dores e as vitórias dos meus melhores amigos e das pessoas próximo de mim. Isso consumiu-me muito ao longo da vida. Muito, mesmo. Com o meu irmão, tinha tempo, acabava por fazer o calendário que ele fazia, ia um bocadinho atrás dele. Realmente, vivia aquilo mais do que ele próprio. Não sei se isso não o afetou a certo ponto”, acrescentou.

Francisco e João Monteiro fazem apenas “um ano e três meses” de diferença, a nível de idades, e o ex-concorrente garante que “sempre” foram “unha e carne”. O nortenho afirmou, contudo, “ter opiniões um bocadinho extremistas, talvez, quanto aos pais gostarem dos filhos de forma igual”. Zaza tem “a certeza, sintética e analítica” de que isso não acontece.

“É óbvio que, a partir do momento em que o meu irmão tem uma vida um bocadinho mais regrada, mais certinha, e a única coisa que eu faço é trazer problemas para casa, creio que, se fosse pai, fazia exatamente a mesma coisa, portanto, não olho com mágoa para isso”, desabafou, dizendo que os pais “acabaram por desistir um bocadinho” de si.

Além disso, Zaza sentia que, por mais que mostrasse “alguns traços de personalidade interessantes, cultura geral, inteligência, nunca era suficiente”. Francisco Monteiro explicou que “nunca houve uma relação de afeto” com os pais e que, quando contou ao pai que iria entrar no “Big Brother”, este disse que o nortenho teria “de sair de casa”. Contudo, como é “zero influenciável”, fez o que quis.

Francisco Monteiro falou ainda da relação com Márcia Soares. “Gostei bastante de conhecer a Márcia. Penso que ainda há muito mais para conhecer, mas a postura agrada-me bastante. Lá está: é a mulher de armas, pulso firme”, disse. “Imagino-me com alguém assim, mas isso é propício à discussão, porque são duas pessoas inflexíveis. Eu, em casa, com alguém igual a mim, não sei se funcionaria muito bem”, continuou.