Temos memórias de infância de uma bancada cheia de farinha enquanto ajudávamos a avó ou a mãe a fazer um bolo ou de quando gritavam a dizer que estava pronto, mas ainda não podíamos comer até arrefecer para "não fazer mal à barriga". Também Joana Rodrigues, brasileira, de 27 anos, tem essas memórias e além de a acompanharem até hoje, passaram para a marca que acaba de lançar: Casa do Bolo Lisboa.

"Na minha infância passava os domingos em casa da minha avó, que também se chama Joana, e ela sempre preparava para mim e para os outros netos um bolinho. E era sempre o momento alto da nossa semana", lembra a fundadora do projeto à MAGG.

Os domingos em casa da avó fizeram com que desde sempre associasse os bolos a um sentimento de diversão, felicidade e aconchego, que quis também levar e aconchegar a quem tem estado em casa nestes sucessivos confinamentos. O empurrão foi dado pela pandemia, após a empresa de alojamento local dos pais na qual trabalhava ter sido restruturada no início de 2020 e Joana ter ficado com mais tempo para se dedicar a outros projetos.

Foi então que decidiu avançar com a ideia que já andava na cabeça há algum tempo. "Quem me conhece, sabe que quando se vão encontrar comigo vão ter um bolinho esperando por eles. Então foi uma coisa muito orgânica", diz Joana, que nunca teve formação na área da cozinha.

Os bolos no pote são já comuns no Brasil, mas por Portugal é raro ver um bolo neste formato. "Quando compra um bolo, pode estar sozinha e não tem como comer o bolo todo", diz Joana. Ou tem, mas não abona nada a favor da linha. Mas as vantagens dos bolos no pote vão além disso. "É bem prático. Pode levar na mochila, na mala, levar de sobremesa para onde quiser", sugere Joana Rodrigues, formada em Jornalismo.

Pegue numa colher e mate a gula com estes potes de sabor
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Depois de surgir a ideia de desconstruir um bolo tradicional e colocá-lo no pote, seguiu-se então a fase de testes e lá surgiram os diversos sabores, que são uma fusão entre Portugal e o Brasil. Do seu país de origem, Joana trouxe algumas ideias de ingredientes — como abacaxi, coco e creme branco que deram origem ao pote com nome da artista brasileira Carmen Miranda — e por cá, após provar várias sobremesas portuguesas, não pôde fugir ao tradicional bolo de bolacha, ao qual juntou o sabor de tiramisu dentro de um só pote: e criou assim o bolachamissu, o best seller do projeto.

No total há sete sabores — cookies & cream (bolo de chocolate com mousse de oreo), côcolate (bolo de chocolate recheado com creme de chocolate e creme côco), enfant fraiseible (bolo com chantilly e compota caseira de morango), Carmen Miranda, Caramelo Del Ciclo (bolo com mousse de chocolate branco, caramelo salgado e crumble de bolacha), bolachamissu e orange flavours (bolo de cenoura e laranja, recheado com brigadeiro de chocolate e coberto com curd de laranja) — que vão rodando no menu de cada semana.

Ainda neste menu semanal, publicado sempre à segunda-feira, é lançado um sabor especial, como é o caso da torta alemã desta semana, que tem massa de bolo de chocolate, creme de manteiga e baunilha, bolacha e cobertura de cacau moído. Os bolos fixos no menu são 3,50€ e o especial da semana são 3,90€. As entregas são feitas no concelho de Lisboa e numa compra superior a 12 unidades é gratuita.

Depois de se deliciar, não se esqueça de guardar o pote porque no fim de ir com a colher a todos os cantos, pode devolvê-lo na próxima compra e usufruir do desconto de 0,40€.

Para já, estes são bolos para comer sem pensar na dieta, mas depois de várias pessoas pedirem opções mais light, Joana adianta que pode ser uma das próximas novidades. "Estamos a pensar fazer assim um bolinho fit", revela.

Pode fazer a encomenda através de mensagem privada no Instagram até cada sexta-feira e a entrega é feita no sábado, pela própria Joana Rodrigues.