É a última edição de sempre do The Presidential - Gourmet Train Experience, o restaurante luxuoso do histórico Comboio Presidencial, construído em 1890. O comboio que, em tempos transportou reis, papas e inúmeros chefes de Estado portugueses, prepara-se agora para a última viagem, com data marcada para dia 29 de outubro.
Com partida da estação de São Bento, no Porto, a viagem tem como pano de fundo o rio Douro e é acompanhada por um menu de luxo, preparado pelos chefs Alexandre Silva, João Rodrigues, Nuno Mendes, Óscar Geadas, Pedro Lemos e Vasco Coelho Santos - número recorde de chefs a bordo do Presidential. O custo por pessoa é de 1500€ e são 30 os lugares disponíveis.
Para Gonçalo Castel-Branco, criador e produtor executivo do projeto, “o difícil foi escolher. “Após cinco edições, muitas memórias inesquecíveis, menus de luxo, uma cozinha pequena e improvisada num comboio, escolher apenas seis chefs não foi uma tarefa fácil, mas tenho a certeza que são as mãos certas para liderar o final do projeto”.
Desde o início do projeto, em 2016, o The Presidential — Gourmet Train Experience venceu o prémio internacional de Melhor Evento Público do Mundo em 2017 pelos BEA Awards, foi finalista dos World Restaurant Awards na categoria de melhor evento do ano de 2018, foi incluído na lista da Forbes dos 10 melhores comboios de luxo do mundo, e ainda na "bucket list" da "GQ", considerado uma "experiência imperdível".
O fim do projeto deve-se ao término do contrato estabelecido entre o Museu Nacional Ferroviário e Gonçalo Castel-Branco, que permitia ao curador utilizar um número anual, limitado de quilómetros do Comboio Presidencial.
“Deixar para trás uma ideia que se aprimorou com muito esforço e dedicação, que colheu atenção mediática intensa, quer nacional quer internacional, que chegou até a ser considerado o melhor evento público do mundo é duro. É duro que algo que é tão manifestamente incrível e original termine”, afirma Gonçalo Castel-Branco.
Agora, depois de cinco edições inesquecíveis, o Presidential regressa a casa, ao Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento, onde viveu desde a década de 1970, depois de ter sido retirado de circulação.