O Chefs on Fire é um dos eventos mais icónicos feitos em Portugal e, no que diz respeito à gastronomia, o spot por excelência em que todos os foodies têm de marcar presença.

Em 2025, há muitas novidades a caminho, porque para além de uma mudança de localização no que diz respeito à edição regular do Chefs on Fire, com o festival a mudar-se da Fiartil, no Estoril, para o Parque Marechal Carmona, em Cascais, o projeto idealizado por Gonçalo Castel-Branco continua a somar eventos pop-up e, este ano, chega pela primeira vez ao Algarve.

Chefs on Fire regressa a Aveiro com criações únicas de 12 chefs. Saiba quanto custam os bilhetes
Chefs on Fire regressa a Aveiro com criações únicas de 12 chefs. Saiba quanto custam os bilhetes
Ver artigo

O Pop-Up Vilamoura vai acontecer entre 20 e 22 de junho, na emblemática Marina de Vilamoura. E para o público fã do Chefs on Fire e habituado aos eventos da marca, a pergunta é só uma: como é que este festival vai acontecer num local como a marina? "É a pergunta que mais me fazem", refere Gonçalo Castel-Branco em entrevista à MAGG.

"A Marina de Vilamoura não seria, à partida, uma localização para o Chefs on Fire, as pessoas não conseguem imaginar. Mas para nós é um desafio muito giro, até porque o sítio que nos foi atribuído é quase como uma cartela em branco. E aqui, ao contrário do que costuma acontecer, em que nos tentamos adaptar ao ecossistema e ter o mínimo de intervenção possível, temos de criar a nossa abordagem, vamos criar uma história visual", salienta o fundador do evento, que também assume grandes expetativas com esta estreia no Algarve, que resulta de uma parceria privada com o grupo Vilamoura World.

"Não podiam ser mais altas. As vendas estão a correr muito bem, os algarvios estão a responder muito bem, e temos muita gente, fã do Chefs on Fire, a ir de Lisboa de propósito para o festival. Há muito tempo que queríamos estar no Algarve, acho que o tipo de gastronomia é um fit perfeito com o nosso conceito, é uma comida que se presta ao fogo", explica Gonçalo Castel-Branco, que recorda que a ideia destes pop-ups é celebrar "a gastronomia local" e, ao mesmo tempo, "ir buscar os melhores chefs de fora da região para dar a conhecer ao público da zona". "É a celebração destes dois conceitos", diz.

"Este é um festival onde as pessoas vêm para serem mimadas, para serem bem tratadas"

No entanto, já lá vai o tempo em que o Chefs on Fire era única e exclusivamente sobre fogo. "Atualmente, a nossa marca e a nossa plataforma é já quase uma promoção de uma forma de vida, onde o fogo se junta aos momentos em família. Este é um festival onde as pessoas vêm para serem mimadas, para serem bem tratadas. Estamos cada vez mais a trabalhar elementos diferentes e a acrescentar coisas à nossa paleta."

E a própria chegada a Vilamoura pode ser um chamariz. "Por um lado, claro que gostava de esgotar as três datas antes do evento, mas, por outro, sei perfeitamente que esta localização vai fazer que existam pessoas a descobrir o evento porque vão tropeçar nele, por isso também gostava que existisse a possibilidade desse público ainda ter acesso", diz o fundador do festival.

Gonçalo Castel-Branco
Gonçalo Castel-Branco Gonçalo Castel-Branco créditos: Rita Ansone

Quanto ao futuro, será que o Algarve vai tornar-se uma paragem obrigatória do Chefs on Fire?  "É difícil de dizer o que vai acontecer para o ano. Temos a regra interna de não fazer mais do que três pop-ups anualmente, até porque não queremos desgastar a marca. Mas recebemos mais de 10 candidaturas por ano de sítios novos, e faz-nos sentido explorar. É claro que temos tendência a voltar mais vezes onde fomos felizes, por isso se o Algarve correr bem, como acredito que corra, vamos ter uma decisão difícil a tomar para o ano", remata Gonçalo Castel-Branco.

E o que é que vai poder comer — e ouvir, já agora?

Nesta primeira edição a sul de Portugal, mais precisamente na Marina de Vilamoura, o cartaz é de luxo, e as propostas dos chefs que saem do fogo já deixam qualquer um a salivar.

O festim começa logo na sexta-feira, 20 de junho, com o chef José Lopes, do Bon Bon, a ser responsável pelo prato de peixe, e a sugerir espadarte, molho de limão com manteiga noisette e batata-doce no carvão. A carne é da autoria de Marin Colomès, do Alfredo, neste caso um cachaço de porco fumado com especiarias, puré de batata, cebolas no carvão e ameixa fumada. A proposta vegetariana trata-se de um gaspacho de amêndoa do Algarve, couve grelhada, pimentão e pão de alfarroba grelhado elaborado por Paulo Carvalho, do Zagaia, e a sobremesa fica a cargo de Márcio Baltazar, que apresenta marzipan, chocofigo, miso e pepino.

No dia seguinte, sábado, 21, chega a vez de Noélia Jerónimo, do famoso restaurante em nome próprio em Cabanas de Tavira, apresentar um sarrajão com açorda de tomate, no que toca ao peixe, com Pedro Pinto, do Viceroy, a elaborar um taco de escabeche, porco preto no carvão, pickles e spicy dip de cenoura algarvia para a proposta de carne. A sugestão vegetariana, elaborada por João Narigueta, do Híbrido, é uma salada russa de legumes defumados e maionese verde, com o chef pasteleiro Diogo Lopes, do Four Seasons Hotel Ritz Lisbon, a fechar em beleza com ananás, frutos exóticos e limão grelhado para sobremesa.

O último dia do festival, domingo, 22, está recheado de boas propostas, com uma sugestão de peixe de atum grelhado com xerém de tomate e manjericão elaborado por Louis Anjos, do Al Sud, e também com carne, neste caso uma katsu sando de novilho maturado alentejano elaborada por João Oliveira, do Vista. O prato vegetariano é feito por Lívia Orofino, do Canalha, que serve
uma beringela, ricota e figo, e Rita Santos, da Herdade do Esporão, finaliza com uma sobremesa composta por morangos, amêndoas e sabugueiros.

Mas ninguém come sem ser acompanhado por boa música, e o Pop-Up de Vilamoura pensou em tudo isso. No primeiro dia de festival, sobem ao palco do Chefs on Fire os Capitão Fausto, pelas 21 horas. No dia seguinte à mesma hora é a vez dos Best Youth, e a fadista Gisela João fecha o trio de luxo no domingo, também pelas 21h.

O Chefs on Fire Vilamoura acontece de 20 a 22 de junho na Marina de Vilamoura, no Algarve, entre as 18 horas e a meia-noite, sendo possível entrar e sair do recinto. Os bilhetes já estão à venda no site oficial do evento, sendo que o acesso regular custa 60€ por pessoa, e inclui entrada no evento e concertos (1 prato de carne, 1 de peixe, 1 vegetariano e sobremesa). Já o bilhete vegetariano também custa 60€ nos mesmos moldes, mas, neste caso, todos os quatro pratos são vegetarianos. Bebidas e outros pratos são cobrados à parte.