Quando numa conversa com amigos o assunto resvala para a arte de comer pizza, há sempre quem tenha inúmeras certezas sobre o tema e acredite inteiramente naquilo que está a dizer. Quem nunca ouviu verdades absolutas que de absoluto têm pouco? Interrompa-nos se, pelo menos uma vez na vida, já ouviu alguém dizer que a pizza é para ser comida apenas ao jantar.

Pizza? Só ao jantar? Como ousam? O olho treme-nos só de pensar em tal heresia. A boa pizza, aquela que nos transporta para a riqueza gastronómica e cultural de Itália, deve ser provada a qualquer altura do dia — seja ao almoço, ao jantar ou como snack durante um jogo de futebol ou aquela série mesmo intensa que está para terminar há não sei quantas semanas.

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Mas os mitos (ou as pequenas inverdades, para sermos mais simpáticos) sobre a pizza não se ficam por aqui. Há outros que devem ser esmiuçados para que, da próxima vez que comer uma pizza, o faça com gosto. Se não for para ser assim, nem vale a pena, certo?

Mostramos-lhe três verdades absolutas que provavelmente já ouviu sobre esta coisa de comer pizza. Nenhuma delas é verdade (e uma delas é bem óbvia).

Mito #1. A pizza napolitana e a romana são iguais

Pronto, é aqui que a discussão começa a dar para o torto. Mas não há motivos para quaisquer confusões. Não, a pizza napolitana e a pizza romana não são a mesma coisa. Confuso? Vamos tentar explicar.

Quando falamos em termos como "napolitana" ou "romana" estamos, na verdade, a falar do tipo de massas que servem de base para a nossa pizza. E enquanto a napolitana diz respeito a uma massa alta com rebordo e mais grossa, a romana é geralmente descrita como uma folha de papel por ser feita com uma massa muito fina, baixa e bastante crocante.

Na Forneria, um dos melhores spots para comer pizza em Lisboa (no Parque das Nações e nas Avenidas Novas), as pizzas são todas usadas com a base romana que dispõem de 48 horas de fermentação com o objetivo de garantir a frescura da massa.

Uma vez fermentada a massa, as pizzas da Forneria são feitas no tradicional e característico forno a lenha, importado diretamente de Nápoles que, além de manter o calor (em comparação com o forno tradicional), garante ainda um sabor autêntico a qualquer ingrediente. E os ingredientes são premium, igualmente importados de Itália, para uma junção perfeita de sabores na boca.

O sal usado na Forneria vem da Sicília. O tomate, vem da Sardenha e a burrata vem de Campânia.

Os enchidos usados nas pizzas vem de produtores italianos — diretamente de Itália para Portugal.

Mito #2. É erradíssimo comer pizza com garfo e faca

"Afinal, devo comer a minha pizza à mão ou com talheres?".

O assunto é polémico, embora não tanto como o terceiro mito, mas talvez não haja como ganhar nesta discussão. Até porque o tema está, quase sempre, envolto em subjetividade porque cada um terá a sua preferência.

Por isso, vamos tentar simplificar a questão. Não é errado comer uma pizza, seja ela qual for, com garfo e faca, e ninguém lhe fará cara feia se o fizer. Isto é especialmente verdade na Forneria, em Lisboa, que procura que quem o procura se sinta verdadeiramente bem à mesa e sempre com os melhores ingredientes.

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E embora seja verdade que um verdadeiro italiano come uma pizza sempre à mão, a Forneria serve sempre as pizzas com talheres para quem se sinta mais confortável a comê-la assim.

E se preferir, está tudo bem. A qualidade da pizza está lá, independentemente da forma como a decida comer.

Mito #3. Todo o ananás é bem vindo numa pizza

Talvez o mito mais óbvio e mais polémico. Da mesma forma que um verdadeiro italiano não parte a massa quando a põe a fazer no tacho, não há nenhum motivo para que o ananás possa, alguma vez, chegar perto de uma pizza.

E quem diz ananás, diz banana ou kiwi. Fazer chegar ananás à pizza é um dos maiores atentados que se podem cometer contra a verdadeira pizza italiana. E porque na Forneria o respeito pela gastronomia e cultura de Itália é um dos pilares do restaurante, não encontra, na sua carta, nenhuma pizza com ananás.

"Ok, mas eu gosto mesmo de pizza com ananás", poderá estar a dizer. Está tudo bem. Amigos na mesma. Mas olhe que não devia, está bem?

Pronto.