Ir à internet, escrever "Booking" no motor de busca, escolher o hotel, marcar e já está. Tem como garantida uma noite, com a certeza — se assim o entender — de ter à sua espera várias almofadas em cima da cama, champôs em miniatura e um pequeno-almoço com ovos mexidos.

No Esqina Cosmopolitan Lodge terá isso tudo, mas saiba que ao clicar em "Reservar" não está a garantir apenas uma noite de sono numa cama confortável. Neste hotel de janelas abertas para a Baixa de Lisboa, há muito para explorar. Aqui tanto pode ir para jantar, como para ver uma exposição ou fazer uma aula de ioga.

Morada: Rua da Madalena 191-197, Lisboa
Telefone: 21 052 2735
Preços: desde 120€/quarto duplo (época baixa) e 220€/quarto duplo (época alta)

Mas comecemos pela receção que, logo aí, marca a diferença. O hotel dá as boas-vindas aos hóspedes num balcão de bar, onde são servidos cocktails de autor. Não esquecendo os clássicos pisco sour (11€), mojito (9€) ou margarita (9€), pode escolher entre os mais arrojados, divididos por cores. O Pink (18€) leva Martini, morango e espumante, o Green (9€) é feito com gin e endro e o White (11€) é feito com whisky, coco e sésamo.

Pode apreciar a bebida logo ali ou subir até ao terraço com vista para Lisboa. Se tiver a sorte de ir a uma quinta-feira de outubro, saiba que das 18 às 19 horas, são oferecidos aperitivos a todos os clientes com copo na mão, quase como que a lançar o isco para que fique para jantar.

O chef argentino Nicolás Lopez comanda a cozinha do Esqina

No comando da cozinha está o chef argentino Nicolas Lopez, 36 anos, acabado de aterrar em Lisboa, mas já fascinado por tudo o que temos por cá. "O vosso peixe é o melhor do mundo", garante. E é por isso que a carta, ainda que curta, conta com marisco, peixe que muda consoante o que o mercado tem de mais fresco, e também fruta, muita fruta.

"Adoro misturar sabores e usar fruta nos meus pratos. Se pensarmos bem, é ela que dita a mudança da estação", diz à MAGG. E a queimar os últimos cartuchos do verão, eis que chega a primeira entrada: salada de melancia com ervas aromáticas e azeite (9,50€), uma espécie de jardim no prato. Ainda de entrada há presunto de porco ibérico (8€), ostras (8€), tártaro de cordeiro 811€), salada de tomate com queijo de cabra, pêssego e manjericão (10€), e um prato com sabor a Portugal: sardinhas com melão, agrião e pimento vermelho (8,50€).

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Ainda que só esteja cá há dois meses, o chef já sabe onde vai quando quer conhecer a cozinha portuguesa do antigamente. "A Taberna Sal Grosso, sem dúvida". Já para uma comida portuguesa mais contemporânea, elege o Prado. No Esqina, não tem como ambição imediata dominar uma cozinha que não é a sua, mas faz questão de usar o que há de mais próximo, e sempre da época. É por isso que, ainda que lhe apresentemos os pratos que tivemos oportunidade de provar, não quer dizer que os encontre se lá for daqui a dois dias.

Mas numa de carpe diem, dizemos-lhe que os pratos principais de agora são o peixe do dia com puré de aipo e radicchio (18€), carabineiro com kimchi, shiso e molho de alho branco (22€) e ainda bife de novilho com puré de topinambur e kale (22€).

Para sobremesa, voltamos a fazer três em linha: mousse de chocolate com amêndoas, tarte de mascarpone com fruta e flã de doce de leite com natas (todas a 6€).

A partir de 14 de outubro, o restaurante, que até aqui funcionava apenas para jantares, passa a abrir ao almoço, com um menu fixo de salada ou sopa, prato principal, bebida, sobremesa e café por 15€.

Ainda antes disso, também o pequeno-almoço deixa de ser um exclusivo dos hóspedes. Com uma carta própria, qualquer pessoa pode vir até à Baixa da cidade se a ideia for começar o dia com panquecas (6€), iogurte (7€) tosta de abacate (10€), queijos e enchidos (8€) ou ovos (5€), que pode pedir a seu gosto: mexidos, estrelados, Benedict ou omelete.

Um hotel aberto aos lisboetas

Para comer, está visto que é lugar seguro. Mas e para dormir? É que não podemos esquecer que o Esqina é, acima de tudo, um hotel.

Pelo edifício espalham-se 35 quartos, todos decorados com mobiliário e acessórios da marca portuguesa UTIL, como prova do esforço que o hotel faz para dar a conhecer tudo o que há de bom na arte nacional.

É que por muito que o hotel queira que os hóspedes conheçam Lisboa, o objetivo é fazer com os lisboetas entrem no hotel, mesmo que não seja para dormir. E, para isso, a oferta é vasta.

Se em setembro houve tertúlias sobre música e aulas de ioga, para outubro estão previstas uma exposição de arte com curadoria de Pedro Batista e várias noites com direito a DJ, cocktails e aperitivos.

Também por cá vão haver aulas de culinária, oficinas de artes, exibições de filmes, leitura de poesia e residências artísticas. A primeira começa no dia 18 de novembro e decorre até 5 de dezembro, e conta com os artistas André Costa e Guillermo Mora. A exposição inaugura-se a 5 de dezembro e permanecerá até ao dia 21.

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