Há meses que o icónico edifício no Jardim de Paço de Arcos, em Oeiras, capta a atenção de quem por lá passa. Afinal, as obras deste espaço datado dos anos 50 (outrora designado Pavilhão dos Jardins do Marquês de Pombal e onde já funcionaram cafés e restaurantes) aguçavam a curiosidade dos moradores da zona e de quem também escolhe este bem cuidado jardim para passear, que se interrogavam sobre a nova vida do edifício.

O mistério está desfeito: é já esta sexta-feira, 22 de março, que o Madrasta abre portas, ainda em soft opening. O sexto restaurante do Grupo Non Basta — detentor de conceitos como os Pasta Non Basta, o Provincia e o Memoria, todos no centro de Lisboa, e o Margarida, em Carnaxide — é uma aposta totalmente diferenciada, nesta que é também a primeira incursão do grupo na zona, e um pedido a que quiseram aceder.

"Já eram muitos os pedidos dos nossos clientes para chegarmos à linha", desvenda Marta Talhão, diretora de marketing e comunicação do grupo Non Basta, à MAGG, que ainda salienta que, para além da abertura do Madrasta na zona de Oeiras, o grupo chega a Cascais já em abril com um Pasta Non Basta.

O restaurante que foge do "óbvio e do expectável"

No que diz respeito à escolha de Paço de Arcos para acolher este novo restaurante, Marta Talhão assume que foi um "casamento" entre os pedidos dos clientes e uma oportunidade.

"Quando a Câmara Municipal de Oeiras abriu o concurso público para a exploração do edifício, sentimos de imediato que esta seria uma grande oportunidade para continuarmos o crescimento do Grupo Non Basta, pelo caráter único e especial da localização", acrescenta, admitindo que todos têm noção do simbolismo do local, o que fez com que nascesse a vontade de implementar um novo conceito, optando por não replicar outros dos já existentes no grupo.

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"Esta é uma localização muito especial e merecia algo completamente novo e com personalidade própria. Sabemos que este edifício é muito querido para todos os oeirenses e que há muita expectativa para esta reabertura. Por isso, empenhámo-nos para trazer para Paço de Arcos o restaurante que acreditamos que fazia falta na zona, com uma oferta democrática e abrangente", diz Marta Talhão. "Queremos que todos se sintam bem-vindos nesta casa da Madrasta e que percebam que este foi um projeto pensado ao pormenor para fazer jus ao legado histórico deste edifício, bem como à sua ligação afetiva com todos os oeirenses."

Sobre o conceito propriamente dito e as principais diferenças dos outros restaurantes do grupo, Marta Talhão afirma que o Madrasta foi pensado para se afastar do "óbvio e do expectável" e para ir ao encontro de diferentes públicos, embora não negue o padrão familiar."A começar pelo nome, Madrasta, escolhido para desconstruir preconceitos associados à palavra – o Madrasta é família, mas, mais do que isso, é uma casa que acolhe por vontade própria", refere a diretora de marketing e comunicação.

Espreite o restaurante.

Créditos das fotos: Hares Pascoal

O que torna este restaurante tão especial é também ser encarado como a casa de férias que todos gostaríamos de ter, com vista mar, no meio de um jardim aconchegante, e longe o suficiente da cidade para respirarmos fundo, mas ao mesmo tempo não assim tão longe que um almoço ou um jantar dê dores de cabeça quando pensamos na logística.

"É um restaurante para todas as horas e momentos, aberto todos os dias da semana em horário ininterrupto e onde também vai ser possível petiscar a meio da tarde ou beber um copo a qualquer hora do dia. Queremos que o Madrasta seja um sítio para todos os dias – e fazer com que todos os dias sejam verdadeiramente memoráveis para os nossos clientes", acrescenta Marta Talhão.

Mas, afinal, o que é que se come na casa da Madrasta?

A carta deste novo restaurante do grupo Non Basta tem inspiração mediterrânea, com especial influência da gastronomia portuguesa e italiana. "Mas é uma carta onde não quisemos colocar restrições conceptuais. Queremos, acima de tudo, servir comida de qualidade e ter uma oferta verdadeiramente democrática", assegura Marta Talhão.

E acreditem que não há — mesmo — nenhuma restrição ao sabor, que já estamos a salivar só de passar os olhos pelos pratos. Da carta fazem parte sugestões de entradas como pastéis de massa tenra de camarão com maionese de chipotle (9€), tártaro do lombo trufado (21€), cachorro de lavagante (27€), ovos em tomatada à Madrasta (9€), gambas asiáticas com gengibre (11€), e pratos de peixe como polvo assado com grelos salteados (19€), tataki de atum com puré de batata-doce e pak choy (26€), e filetes de pescada com arroz de limão e grelos (16€), ou sugestões de carne como carré de porco grelhado (16€) e bife do lombo à Madrasta (25€), entre muitas outras propostas.

Há também saladas e alternativas vegetarianas, como caril de feijoca e legumes (12€), mas um espaço deste grupo não podia finalizar a carta sem massas. Já só queremos provar a lasanha de costela mendinha (14€), matar as saudades do incrível tagliolini com trufa de gema confitada (18€) — alguém nos diga a quem temos de agradecer por trazerem este prato do Provincia — e experimentar o linguini de camarão com malagueta (15€).

Madrasta
Madrasta créditos: Hares Pascoal

Não falta espaço para comida de conforto como o arroz cremoso de lavagante (24€) ou o de forno de choco com aioli de açafrão (16€), nem para um pizza bar com propostas de fermentação lenta, disponíveis durante todo o dia, como a pizzzeta recheada de presunto ibérico (12€), a rustica (13€), a diavola (13€), e muitas outras.

E se já está a pensar que não vai chegar com fome à sobremesa, temos uma frase para si: croissant com Abade de Priscos (6€). Pois. E acrescente bolo de chocolate três texturas (7€), tiramisù Non Basta (8€) e tantas mais opções deliciosas de sobremesas.

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Há também sugestões do dia, rotativas, com preços entre os 15€ e os 16,50€, como insalatone al salmone, porchetta com polenta de berbigão, gnocchi de beterraba com pesto de couves e nozes e pizza Calzone.

Para acompanhar tudo isto, há cocktails clássicos e de autor, e também todo o tipo de bebidas, dos vermutes, às espirituosas ou destilados, mas também várias opções sem álcool, desde o chá da casa às kombuchas. Há ainda uma completa carta de vinhos, com referências das várias regiões portuguesas, mas também champanhes e alguns vinhos franceses e italianos.

Pode aproveitar toda esta carta dos deuses em diferentes espaços, dado que o Madrasta tem um pouco de tudo. "Por ser um restaurante amplo e pensado para responder a diferentes públicos, temos também ambientes muito distintos e que se podem adequar a todo o tipo de ocasiões. O restaurante divide-se em duas salas internas, uma mais intimista e voltada para o jardim e outra mais ampla, moderna, e com vista para o mar", explica Marta Talhão, que não esconde o entusiasmo com duas áreas em específico: a esplanada e rooftop.

Madrasta
Madrasta créditos: Hares Pascoal

"São uma das grandes apostas do Madrasta, porque nos permitem aproveitar da melhor maneira esta localização tão privilegiada, no centro de um jardim tão bem cuidado e com vista desafogada para o mar. Vamos inaugurar o rooftop na segunda quinzena de abril, no dia 18", revela.

Morada: Rua Jardim Municipal de Paço de Arcos, Oeiras
Telefone: 211 513 012
Horário: 12h-00h (às sextas-feiras e sábados, fecha uma hora mais tarde)