O resort Vale do Lobo, no Algarve, reforçou este verão a oferta gastronómica. Neste momento, conta com cinco espaços de restauração. A MAGG foi conhecer três deles e, agora, diz-lhe como correu a experiência (e com o que pode contar).
O Doce é o café e pastelaria artesanal, com propostas de alta qualidade para diferentes momentos do dia. Já no Smash, localizado na Academia de Ténis de Vale do Lobo, encontrará um casual dining descontraído. Além deste duo, tem o Tinto, o Barlume e o El Tak'oy.
1. Tinto
O Tinto é o restaurante de cozinha portuguesa contemporânea do resort Vale do Lobo. Seguindo uma abordagem criativa e moderna aos sabores tradicionais, serve apenas jantares, dispondo de uma ementa repleta de pratos deliciosos.
O nosso jantar começou com o couvert do chef, com pão, manteiga, cenoura, salgado e conserva (11€). Seguimos para o rissol de leitão da Bairrada com maionese de laranja (9,50€), que é crocante, nada seco e mesmo bom. Impressionou-nos mais do que as amêijoas à Bulhão Pato (30€).
Para principal, optámos pelo naco na pedra com três molhos, batata frita e salada de folhas verdes (40€), uma carne suculenta, numa dose generosa, ideal para quem tem mais fome, e pela costeleta de borrego grelhada com cenoura baby salteada e arroz de enchidos (32€), outra opção fantástica.
Como acompanhamentos pode pedir arroz de coentros (5€) ou legumes cozidos a vapor (5,50€) e, para sobremesa, arroz doce com leite condensado, caramelo salgado e uma telha de canela (8€) ou a sinfonia de chocolates branco e preto à Tinto, com manjericão e crumble (8€).
Para beber, além da extensa carta de vinhos (com destaque para os tintos, claro), há sugestões como cocktails com (13,50€) ou sem álcool (9€), sangria a 30€ (branca, tinta ou rosé) ou 35€ (espumante), limonada ou sumo natural (5€).
2. El Tak'oy
Do trio de restaurantes que experimentámos, o El Tak'oy foi, sem dúvida, o nosso preferido. Este spot de street food de inspiração havaiana, com uma fusão de sabores exóticos e arrojados, serve almoços e jantares coloridos, saborosos e instagramáveis.
Não resistimos a provar o bao de porco Kalua ou frango Huli Huli com queijo feta, chutney de ananás e maionese de malagueta (12€/2un) — e ainda bem, porque estava incrível. Também gostámos do tiradito de salmão com salsa queimada, soja de maracujá e lima (13€), uma espécie de sashimi marinado.
O rolo de atum picante com pepino, abacate, maionese de jalapeño e caviar (12€) é ótimo, mas os bites de frango frito havaiano com cebolinho, sementes de sésamo e molho filipino (10€) surpreenderam-nos mais. Ainda no atum, provámos os tacos de tártaro de atum ahi ou salmão com maionese picante, coentros e tobiko (16€/2un), um dos destaques da noite.
Mas também tem de experimentar um arroz frito havaiano, com arroz, ovos, ananás, pimentos, soja, cenoura, aipo, molho de soja, cebolinho e proteína à escolha, como carne de porco kahlua (16€), frango huli huli (16€), bife da vazia estilo Nova Iorque (15€) e milho, cogumelos, trufa e kimchi (17€). É mesmo bom (e olhe que enche).
As sobremesas passam por criações como pão de ló com coco, leite condensado, leite de coco e gelado de pistácio (8€) e rolinhos primavera recheados com banana, chocolate, nozes macadâmia e molho de chocolate quente (8€).
Para beber há sumo de ananás (3€), cocktails clássicos a 14€, de assinatura desde 14€, sangria a 30€ ou 35€, mocktails a 12€ e até jarros de 1,5L de piña colada ou de mojito por 70€, entre outras opções.
3. Barlume
O Barlume, que só serve jantares, foi, dos três, o que menos gostámos. Durante o nosso jantar neste café italiano com alma mediterrânea, os pratos não pareceram ter sido bem concebidos, estando insonsos ou com ingredientes que não encaixavam uns com os outros.
Começámos pela trilogia, com húmus de fava, ricota emulsionada, puré de pimento assado e pinsa branca (15€) e passámos para o carpaccio de wagyu com alcachofras, parmesão e trufa preta (24€), que, ao contrário dos outros pratos, foi espetacular, do melhor que já comemos.
Mas, infelizmente, não chegou para compensar o resto. O prosciutto di parma com mozarella fresca e tomate cereja confitado (15€) também não estava mau, mas os pratos principais foram tiros ao lado. Provámos os camarões na grelha com manteiga de estragão e limão (27€) e o linguini com amêijoa, bottarga, limão e azeite hojiblanca (20€).
Também experimentámos o pappardelle de lagosta e camarão com tomate cereja, azeitona riviera, molho de tomate e salsa (24€) e o ribeye maturado com porcini, alho assado e alecrim (35€). Cada um por motivos diferentes, não resultaram.
Para sobremesa, comemos o tiramisù (10€). A nível das bebidas, há ofertas como cocktails a 15€ (como pornstar martini) e de assinatura desde 16€ (como o Elderflower Royal, com licor de flor de sabugueiro, menta fresca, framboesa fresca e prosecco).