O Topo, restaurante que fica no cimo do Centro Comercial do Martim Moniz, em Lisboa, decidiu despedir-se à grande do verão com uma carta de cocktails renovada, onde aposta numa ligação ainda maior à música. Um dos objetivos para as novas criações de inverno foi o de conceber cocktails para todos os gostos. E a MAGG pôde assistir ao processo e até participar nele, visto que recriámos um dos mais recentes: o Life Is Peachy, cujo nome advém do álbum dos Korn.
Com o rum, alperce, chá, citrinos, gengibre e soda, esta bebida custa 10€ e foi criada para ser "uma alternativa ao ice tea", como nos explicou Ricardo Servo, bartender do Topo e amante de ice tea de pêssego. Queria que soubesse a chá e que contivesse álcool de forma disfarçada, conseguindo um equilíbrio e também "aquele punch".
Ricardo Servo garante que é possível replicar este cocktail em casa com a maior das facilidades — embora seja mais agradável bebê-lo num rooftop com vista para Lisboa. "Às vezes achamos que é complicado e não é", argumenta. No Topo, aproveitam o que seria lixo e convertem-no em decoração comestível, por exemplo ao desidratarem uma rodela de ananás.
"O bar é consistência", mesmo quando se trata de formular um menu a pensar no inverno. Os preços das 13 misturas especiais que estão na nova ementa variam entre os 10 e os 14€, sendo que os nomes foram escolhidos através de temas de artistas como Michael Jackson, Usher, Dua Lipa e Britney Spears.
Alguns mantêm-se no menu, como é o caso dos clássicos, já que "em equipa vencedora não se mexe", e dos cocktails número 11 ("Pisca-Pisca", de Ruth Marlene, 10€), 12 ("É tão bom ser pequenino", de Alfredo Marceneiro, 14€) e 13 ("Lisboa menina e moça", de Carlos do Carmo, 14€).
Se procura cocktails "mais aconchegantes", aconselham os números 6 (que leva ingredientes como gin, pepino e aperol e custa 10€), 7 (que contém banana, canela e vinho tinto e custa 14€), 9 (com whisky infusionado com butterscotch caseiro, por 12€) e 10 (com baunilha, canela, açúcar de cravinho, cachaça e vinho do Porto, a 10€).
Caso se tenha apaixonado, ao longo do verão, por algum dos cocktails, e ele entretanto tenha desaparecido da carta, não se preocupe. A pedido dos clientes, a equipa do Topo chega a produzir bebidas que já não estão na ementa há uma mão cheia de anos. Mas atenção: "o objetivo de beber um cocktail não é ficar embriagado. É a experiência que se vai viver no momento", como aponta o gerente, João Rodrigues.
A equipa do Topo produz centenas de cocktails por dia. Para beber um copo social, basta dirigir-se ao Centro Comercial do Martim Moniz, entrar no elevador e subir ao sexto piso. Os bartenders vão encorajá-lo, sempre que possível, a sair da sua zona de conforto — sim, isso implica beber algo novo em vez de optar sempre pelo mojito (9€) e pela margarita (11€).
Agora com um serviço ao cliente mais rápido, o Topo continua a denominar os cocktails através de músicas — com a ajuda preciosa de Ricardo Servo, que, quando não está a criar bebidas, está a celebrar o rock na banda que integra, os PUSH. Na parte traseira da ementa está um QR code que, quando lido, direciona a cada uma das melodias escolhidas.
Também vestimos o avental, fomos abanar os shakers e, aqui entre nós, não fizemos má figura, tendo em conta o sabor final do cocktail. Entendemos de que forma é que um cocktail é a procura pelo equilíbrio e pelo balanço, como nos explicou João Rodrigues, e ficámos desejosos de provar os restantes.