O PortoBay Teatro é o primeiro quatro estrelas do grupo PortoBay Hotels & Resorts no Porto e a estreia não podia ter corrido melhor. A unidade hoteleira, situada mesmo ao pé da Avenida dos Aliados, reabriu no início de agosto e oferece todos os confortos para quem, de férias ou apenas de passagem, dispense o carro e queira conhecer a cidade a pé ou de transportes.
Apesar de ser um quatro estrelas, a nossa visita, ainda que curta, foi digna de cinco. Desde já, pela simpatia dos colaboradores que, na receção, se ofereceram logo para nos guardar a bagagem, apesar de termos chegado algum tempo antes do horário de check-in.
No quarto que nos calhou, espaçoso e em tons neutros, encontrámos pormenores pouco comuns nesta tipologia de hotel:
- um armário gigante, com espaço (e cabides) suficientes para um mês de vestimentas (ou três dias, caso planeiem aproveitar as paisagens fabulosas da Invicta para abastecer o vosso feed de Instagram de fotos);
- uma poltrona super confortável, ideal para ler um livro, ver televisão ou apenas descansar as pernas depois de um passeio;
- um chuveiro enorme, com chão verdadeiramente antiderrapante;
- um secador de cabelo com potência (e não daqueles raquíticos, que deixam o cabelo cheio de humidade);
- embalagens grandes de gel de banho, champô e condicionador, da marca Rituals. O que, além de desincentivar o gamanço (queremos acreditar que sim), tem muito mais graça do que aqueles frasquinhos minúsculos;
- uma secretária devidamente apetrechada com tomadas suficientes para, caso seja necessário, trabalhar ao computador sem ter de se preocupar em fazer malabarismos com fios.
E a surpresinha de que falávamos no título: um chuveiro higiénico. E o que é um chuveiro higiénico? Vamos fazer um exercício de palavras para não entrarmos em pormenores escatológicos. Troque a palavra "chuveiro" por "papel". Percebeu? É isso mesmo. E, como este texto tem por objetivo partilhar com o leitor a experiência in loco, tivemos de experimentar para escrever. Experimentámos (embora com preconceito e dúvidas), mas temos de admitir: ficámos rendidos.
Ficámos instalados num quarto tipologia Tribune, cujos preços começam nos 145€.
O Il Basílico passou no teste do tiramisù com louvores
Depois do Funchal (Hotel Porto Mare) e de Lisboa (PortoBay Marquês) o restaurante italiano chega ao Porto. Com acesso direto através do interior do hotel para hóspedes, também é possível entrar no restaurante pela Rua Sá da Bandeira. Durante o dia, as portas do Il Basílico abrem-se de par em par, permitindo que se transforme numa gigante esplanada e, assim, se almoce al fresco.
Optámos por jantar no interior e não saímos defraudados. "Restaurante italiano" costuma ser aquela designação genérica, que muitas vezes antecipa massas sensaboronas e pizzas a pingar queijo derretido. Não foi o que aconteceu no Il Basílico. Guiada pelo chefe Nuno Miguel, a cozinha é liderada pelos chefes Pedro Spínola e Irene Vietti. E surpreendeu-nos em toda a linha, a começar pela deliciosa sangria branca com pepino e maçã verde (22€, um litro), refrescante e aromática.
Começámos com uma bruschetta da estação, que vinha carregadinha de cogumelos salteados na perfeição, presunto e queijo (7€). O pão das três doses (generosas), vinha um quê demasiado tostado. Mas nada de grave. Pedimos também uma insalata caprese (mozzarella de búfala, tomate fresco e folhas de manjericão, 11,50€) e só desejávamos que, em pleno agosto, tivessem escolhido tomates mais maduros (porque, afinal, é a época deles).
Passámos ao lado das pizzas e optámos por penne all'amatriciana di Cristiano (molho de tomate, cebola roza, pancetta, bresaola, lascas de parmesão e manjericão, 13,75€). A dose, generosa, dava facilmente para duas pessoas. A tomatada, com sabor caseirinho e acabada de fazer, deixou-nos a salivar por mais.
E o que dizer dos ravioli di ricotta, spinaci e pinoli senão "bravo!"? A massa, finíssima, o recheio, repleto de espinafres e com pinhões inteiros, vinha coberta (mas não afogada) num cremoso mas leve véu de ricotta.
Chegados às sobremesas, tínhamos de submeter o Il Basílico Porto ao teste que qualquer restaurante italiano deve, em teoria, superar: o teste do tiramisù. E este (6€), nem demasiado doce, nem demasiado amargo, cremoso mas não gorduroso, passou com distinção.
A pannacotta arlecchino (6€) também surpreendeu pela positiva, pelo contraste de texturas: a cremosidade da pannacotta casou na perfeição com o crumble e com o coulis de morango. E em termos estéticos, está perfeita para o Instagram.
*A MAGG fez esta visita a convite do PortoBay Teatro.