É certo que estamos em pleno mês do Dia dos Namorados, mas isso não significa que tenhamos de restringir a nossa panóplia de séries a romances fofinhos e de lágrima fácil. Até porque o que não faltam são novidades que chegam aos canais nacionais e às principais plataformas de streaming já em fevereiro: repletas de crime, mistério e (muita) ação.
Os "Vikings", que conhecemos entre 2013 e 2020, no canal História, vão finalmente invadir a Netflix, numa nova saga que arranca 100 anos depois do período que acompanhámos na produção original. A série que nos faz gastar demasiados lenços de papel (vulgo, "This Is Us") chega finalmente ao fim, com a garantia de que ninguém está preparado para o que aí vem.
E, como se não bastasse, vamos ainda poder contar com uma nova série da criadora de "Anatomia de Grey", desta vez sobre uma burlona que conseguiu enganar a elite americana e ainda foi recompensada isso. Salvo seja, claro, mas com 320 mil dólares, o equivalente a 266 mil euros, pagos pela Netflix.
Confuso? Já lá vamos. Espreite as séries que não pode perder já em fevereiro.
"Pam & Tommy" (2 de fevereiro, Disney+)
A história recua até meados de 1995, quando, apenas 96 horas depois de se conhecerem, Pamela Anderson casou com Tommy Lee, baterista do grupo Mötley Crüe. Durante a lua-de-mel, o casal apaixonado filmou algumas das suas interações sexuais, sem noção de este seria o início de um escândalo que iria marcar a década de 90.
Pamela Anderson e Tommy Lee, na altura casados, observaram, incrédulos, a divulgação não consentida de uma cassete que continha um vídeo pornográfico filmado durante a tal lua-de-mel. Esta nunca deveria ter sido divulgada publicamente, mas o facto de o eletricista que trabalhava para o músico se queixar de vários pagamentos em atraso levou-o a invadir a sua casa e roubar o vídeo.
Apesar do impacto e do escândalo, nunca ninguém foi responsabilizado, mas a partilha indesejada espoletou uma onda de calúnias, dramas e boatos sobre o casal de celebridades. E é precisamente esta a história que "Pam & Tommy" pretende revistar. Já a partir de 3 de fevereiro, na Disney+.
"Inventing Anna" (11 de fevereiro, Netflix)
É caso para dizer: os crimes por burla nos Estados Unidos custaram-lhe cerca de dois anos de prisão, mas a história mediática valeu-lhe 320 mil dólares (o equivalente a 266 mil euros) pagos pela Netflix. Anna Sorokin fez-se passar por milionária e durante meses enganou a elite americana. Foi condenada, cumpriu pena de prisão, mas vê agora a sua história contada pela escrita de Shonda Rhimes, criadora de "Anatomia de Grey", numa produção que chega ao catálogo nacional já a 11 de fevereiro.
"Inventing Anna" segue a história de uma jornalista com a carreira em risco, que decide investigar o caso de Anna Delvey (nome adaptado), uma suposta herdeira alemã que não só manipulou e roubou os corações da elite social americana — como conseguiu deitar a mão a grande parte do seu dinheiro.
Será Anna a maior vigarista de Nova Iorque ou simplesmente o novo rosto do sonho americano? A resposta está prestes a chegar à Netflix, numa história que é 'a mais pura verdade', à exceção de todas as partes que foram completamente inventadas", brinca a plataforma de streaming.
"This Is Us" (Temporada 6. 24 de fevereiro, Fox Life)
O criador da série apresentou o fim da história aos responsáveis da NBC, o canal que a transmite nos EUA, e todos eles choraram desalmadamente. Não há como o dizer de outra forma: prepare os lenços, porque é já no próximo dia 24 de fevereiro, pelas 23h10, na Fox Life, que vamos descobrir o motivo de toda esta choradeira.
O argumentista e produtor Dan Fogelman promete que todas as linhas narrativas serão fechadas de forma coerente e recompensadoras para quem já segue "This Is Us" desde 2016, altura em que a história da família Pearson começou a ser contada, com especial foco na vida dos irmãos, conhecidos como os Big Three. Mais uma vez (e pela última vez também), a nova temporada deverá arrancar com o aniversário de Kevin, Randall e Kate e vai avançar de forma a fechar todos os ciclos que fomos acompanhado desde o arranque da série.
"Quer [os espectadores] gostem ou odeiem a série, vamos poder terminá-la da maneira como a planeámos desde o início", garante o criador da série.
"Vikings: Valhalla" (25 de fevereiro, Netflix)
Depois de conquistarem o público através do Canal História, os "Vikings" entram novamente em guerra e preparam-se para invadir a Netflix.
A plataforma de streaming já tinha manifestado publicamente a vontade de produzir uma sequela da produção pioneira — e o resultado chega já a 25 de fevereiro. "Vikings: Valhalla" vai "concluir e dramatizar as aventuras dos vikings mais famosos de sempre", segundo o comunicado oficial. Terá como cenário a Escandinávia medieval e a cronologia será situada perto do fim da era Viking, cerca de 100 anos do alegado período retratado na série original.
Há (muito) sangue, guerra e problemas para resolver — com recurso à força, claro. Tal como o trailer oficial faz questão de confirmar.
"Operação Maré Negra" (25 de fevereiro, Amazon Prime Video)
Trata-se da primeira co-produção entre a RTP e a plataforma Amazon Prime Video e conta com Lúcia Moniz, Nuno Lopes e Luís Esparteiro como estrelas do elenco.
"Operação Maré Negra" vai desdobrar-se entre quatro episódios e vai acompanhar uma investigação policial (real) com o mesmo nome. A nova série luso-espanhola leva-nos de volta ao mês de novembro de 2019, data em que foi intercetado o primeiro submarino europeu dedicado ao tráfico de drogas, com mais de três mil quilos de cocaína a bordo. E convida-nos a acompanhar a história de três homens que se vêem obrigados a resistir não só a condições atmosféricas severas como a uma constante pressão policial.
Depois de estrear na Amazon Prime, já a 25 de fevereiro, será transmitida na RTP — no entanto, ainda não é conhecida a data de estreia da produção luso-espanhola no canal público.