Atenção, este texto tem spoilers sobre o filme da Netflix "Mais 365 Dias". Se não quer saber o desfecho, por favor não continue a ler.
A segunda parte do polémico “365 Dias”, intitulada “365 Dias: Hoje”, chegou ao catálogo da Netflix no passado mês de abril e, apenas quatro meses depois, dá lugar a um novo capítulo desta história. Lançado pela plataforma de streaming na passada sexta-feira, dia 19 de agosto, "Mais 365 Dias" encerra a trama das personagens às quais os atores Michele Morrone e Anna-Maria Sieklucka têm dado vida – Don Massimo Torricelli e Laura Biel, respetivamente.
A aposta da Netlfix é baseada na obra homónima da escritora polaca Blanka Lipinska e o primeiro filme, lançado em 2020, trouxe aos ecrãs a história deste casal, composto por um chefe da máfia dominador e uma mulher sequestrada. Laura é obrigada a apaixonar-se por Massimo no período de um ano e, com muitas cenas sexuais à mistura, acabam mesmo por se tornar num casal.
Já no segundo filme, Laura fica encantada ao conhecer Nacho, um (aparente) jardineiro do marido, interpretado por Simone Susina. Sim, aparente, porque de jardineiro não tinha nada: Nacho era, afinal, filho do mafioso rival de Massimo e desejava separar o casal, sem sucesso.
Agora, no último capítulo, a relação de Laura com Massimo está a passar pelas ruas da amargura, pelo que a mulher do chefe da máfia regressa ao mundo da moda para se focar na carreira que deixou para trás. Quando isso acontece, o rival de Massimo volta à ação – e são exatamente estes inimigos que acabam por protagonizar uma cena escaldante que ninguém antecipava.
Este acontecimento surge na sequência do conflito interno que a protagonista atravessa durante o filme. Laura está indecisa em relação ao que sente por cada um dos pretendentes, pelo que tem dificuldades em escolher um e distanciar-se do outro.
Contudo, Nacho e Massimo acabam por se beijar abertamente à frente de Laura, concretizando um dos desejos da mulher (não ter de optar entre nenhum deles). E, embora pareça fugir ao enredo, o envolvimento entre os rivais levou os fãs à Lua – para que, cerca de 30 segundos depois, regressassem, ao se aperceberem de que não passava de um sonho.
Assim, chega ao fim da sequência de filmes, cujo primeiro lançamento, em 2020, chocou os utilizadores da Netflix. Isto porque, devido às suas cenas gráficas e sexuais, foi amplamente comparado pela audiência à longa-metragem “Cinquenta Sombras de Grey” e criticado por romantizar o abuso sexual.
Além disso, o primeiro filme foi considerado um fracasso tanto pela crítica (a média de classificação foi de 0%), como pelo público (26%), segundo o Rotten Tomatoes, tendo também sido nomeado para os Razzie Awards 2021, cerimónia que elege os “piores filmes do ano”.