Coral, Gina e Wendy são as três trabalhadoras do sexo que, nos primeiros minutos de "Sky Rojo", pintam o chão da famosa casa de alterne para que trabalham com o sangue do gerente do clube noturno que as obriga a trabalhar. "Vamos construir um futuro diferente", diz uma delas, apoiada pelas outras duas que abrem o caminho para a rua até à pancada.
No momento em que decidem deixar para trás uma vida ligada à prostituição, sabem que os primeiros tempos serão passados dentro de um carro, fugindo à organização mafiosa que as quer recuperar e fazer pagar pelos estragos — não só ao gerente, que fica imóvel para o resto da vida, mas também à reputação do clube.
Este trio composto por três nacionalidades diferentes — brasileira, espanhola e colombiana — parte sem um destino. A única certeza que têm é que nunca pararão de fugir, exceto se, a meio do caminho, engendrarem um plano para confrontar todos os que lhes querem mal.
Criada por Álex Pina, o mesmo que idealizou "La Casa de Papel" e "White Lines", "Sky Rojo" estreou-se esta sexta-feira, 19 de março, no catálogo da Netflix.
Uma grande parte da crítica internacional ainda não se pronunciou sobre a série, a ponto de poder chegar a um consenso, mas se gostou das anteriores escritas e pensadas por Pina, esta seguirá a mesma linha — embora mais estilizada, como que em jeito de homenagem aos thrillers clássicos do cinema americano.
Nas cenas noturnas, por exemplo, o uso e abuso dos néons vermelhos e azuis é visível, assim como contraste de cores que sai igualmente reforçado no ecrã para que o ambiente recriado pela série transmita a tensão uma certa transgressão que a noite promove.
Composta por oito episódios, de cerca de 30 minutos cada, fazem parte do elenco nomes como Verónica Sánchez, Asier Etxeandia, Lali Espósito, Yany Prado, Enric Auquer e Miguel Ángel Silvestre.