No final da terceira temporada de "The Handmaid's Tale", June, a personagem interpretada por Elisabeth Moss, é apanhada a tentar salvar as crianças de Gilead, levando-as para fora daquele ambiente opressor. Naquela sociedade distópica, as mulheres são vistas e usadas como objetos sexuais com o intuito de combater a elevada taxa de infertilidade que assolou a região depois de uma guerra civil que levou à queda do governo vigente.

As crianças, são, portanto, seres valiosos. Não há maior ofensa para os altos cargos hieráquicos de Gilead do que pôr em risco a sua segurança. Por isso, o que June recebe como primeiro castigo é uma bala.

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Porque a série nunca poderia acontecer sem ela, sabemos que regressa e que continuará a ser a protagonista nesta quarta temporada que, em Portugal, se estreia na quinta-feira, 29 de abril, em exclusivo no NOS Play — um dia depois da estreia nos EUA.

O conflito entre as duas facções — Gilead e os insurgentes, liderados por June — vai continuar, com o meus grau de violência e com o pé no acelerador.

A propósito do regresso, mostramos-lhes exatamente o que precisa de esperar. Mas sem spoilers, para que a surpresa não fique estragada.

O ritmo da história vai ficar (ainda) mais frenético

Os primeiros teasers promocionais referentes à nova temporada da série da Hulu mostram June a correr. E correr é o que estas personagens continuarão a fazer, seja para fugir das forças opressoras de Gilead ou, como há muito vem sendo esperado, para as confrontarem num conflito sem precedentes.

Muitas vezes criticada pela forma explícita e gratuita com que mostra a violência, o primeiro episódio da nova temporada da série põe o abuso sexual no centro da discussão — assim como a vingança, sempre pintada em tons de vermelho, à medida que as mulheres procuram castigar aqueles que, durante anos, abusaram de si em prole do bem comum de uma sociedade distópica.

A mudança de ritmo já tinha sido explicada pelo produtor e criador da série, Bruce Miler, surge no decorrer de várias temporadas em que o objetivo principal foi "semear alguns acontecimentos futuros."

"[Nesta temporada], fizemos muitos progressos. Vamos concretizar algumas das coisas que começámos a criar no início e isso é muito satisfatório. Nesta temporada, não esperámos um minuto e focámo-nos em fazer progredir a história. Era tempo de fazer com que as coisas aconteceram".

E as coisas vão acontecer. Umas mais chocantes do que outras. Mas, sobre isso, não diremos mais.

A nova temporada passa-se imediatamente após os acontecimentos da terceira

No final da terceira temporada, June é apanhada a tentar fazer com que as crianças de Gilead fujam daquele contexto opressor e horroroso.

Numa sociedade como esta, em que as crianças são vistas como seres valiosos, June enfrentará vários castigos — físicos e psicológicos — por, mais uma vez, tentar fazer frente àquilo que está social e politicamente instaurado.

A terceira temporada termina com June a ser baleada. Sabemos que sobrevive, porque a série é sobre ela, mas que a punição não se ficará por aí.

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Além de Gilead, os novos episódios vão também passar-se em Chicago — o local que os fãs da série sabem ser o centro da revolta contra o sistema opressor que rege o país, e que as autoridades não demonstram ser capazes de controlar.

A relação de poder entre June e Lydia vai continuar a ser aprofundada

No trailer, a figura de Lydia, uma das personagens mais cruéis e importantes da série, surge a pedir que June seja capturada custe o que custar. Ainda que estejam em localizações diferentes uma da outra, as duas continuarão a confrontar-se.

A relação de poder entre as duas, explicou Elisabeth Moss numa das várias entrevistas que deu em promoção à série, será um dos pontos fundamentais dos novos episódios.

"Um dos principais temas que abordamos nesta nova temporada é a questão do poder e quem, de facto, o detém. Na verdade, isso é muito a génese do livro e, por isso, a série teria de ser assim. O poder nem sempre é o que parece: pode ser perigoso e destrutivo. E tanto June como Lydia estão, cada uma à sua maneira, numa busca incessante pelo poder".

Os objetivos para essa procura, no entanto, serão sempre diferentes.