Depois de as duas últimas edições terem sido criticadas pela falta de humor e ritmo, a 94.ª cerimónia dos Óscares vai contar com um apresentador pela primeira vez desde 2018, anunciou esta terça-feira, 11 de janeiro, o canal de televisão ABC, que transmite o evento de prémios da indústria cinematográfica.
“Posso confirmar que os Óscares vão ter um apresentador este ano”, disse Craig Erwich, presidente da ABC Entertainment, num painel de discussão organizado pela Television Critics Association. Mas as novidades não ficam por aqui.
Já é oficial: para a 94.ª edição, com data marcada para 27 de março de 2022, os Óscares regressarão a Hollywood e ao tradicional Dolby Theatre.
Recorde-se de que, no ano passado, como consequência da pandemia de COVID-19, a noite de gala teve como palco a Union Station, uma grande estação de comboios no centro de Los Angeles, com uma escala reduzida segundo as regras sanitárias.
A 93.ª cerimónia registou audiências historicamente baixas
No entanto, o impacto da pandemia não se notou apenas ao nível do local e do número de participantes. A transmissão televisiva, sem apresentador, reuniu cerca de 10 milhões espectadores e registou um decréscimo de 56% face a 2020, que já tinha registado uma audiência historicamente baixa.
Em 2022, é certo que a cerimónia volta a contar com um anfitrião principal, no entanto, Craig Erwich não quis adiantar mais pormenores, recusando-se a confirmar se Jimmy Kimmel, anfitrião da cerimónia em 2017 e 2018, voltaria (ou não) a ocupar o cargo.
"Posso ser eu", brincou Craig Erwich, antes de elogiar o produtor da cerimónia Will Packer e prometer mais revelações para breve. Isto, claro, além da confirmação de que Glenn Weiss, um dos maiores especialistas de eventos ao vivo, volta a assumir a posição de realizador da cerimónia pela sétima vez consecutiva.
Ainda assim, Jimmy Kimmel é uma das apostas mais seguras, já que, em 2019, o comediante Kevin Hart desistiu de assumir o controlo da cerimónia, depois de terem surgido antigas publicações na sua conta oficial na rede social Twitter consideradas homofóbicas.
À data do incidente, o ator não foi substituído, e a gala teve vários apresentadores secundários, sem um anfitrião principal. A emissão foi alvo de várias críticas pela falta de humor e ritmo.
Segundo fontes da publicação "Deadline Hollywood", a organização do evento já começou a averiguar o interesse das grandes estrelas de Hollywood para conduzir a próxima gala, a 27 de março, e a lista de desejados inclui Dwayne Johnson. No entanto, o ator ainda não se manifestou face às especulações.