O filme sobre a vida de J.R.R. Tolkien, autor da trilogia de "O Senhor dos Anéis", ainda não estreou mas já se fala dele. E não necessariamente pelos melhores motivos. É que a família do escritor britânico já fez saber que não aprovou a realização do filme e, por isso, não reconhece a veracidade do seu conteúdo.
O comunicado à imprensa foi feito esta terça-feira, 23 de abril, e escreve o jornal britânico "The Guardian" que a família de Tolkien quer deixar claro que "não aprovaram, autorizaram ou participaram na produção deste novo filme e, por isso, não reconhecem, seja de que forma for, o seu conteúdo."
Contactado pelo jornal, um dos porta-vozes da família esclareceu que o comunicado teve como único objetivo anunciar a posição da família. Não estão, por isso, previstas ações legais no futuro.
Ainda à mesma publicação, John Garth, autor da biografia "Tolkien and the Great War", considerou que a resposta da família foi sensata.
"Geralmente, estes biopics tomam alguma liberdade com os factos e este não vai ser diferente. O apoio da família de Tolkien iria significar dar credibilidade a divergências ou distorções da história. Enquanto biógrafo, já sei que vou estar ocupado a corrigir todos os equívocos que vão surgir assim que o filme estrear", explicou.
"Tolkien", realizado por Dome Karukoski ("Coração de Leão"), deverá chegar às salas de cinema portuguesas a 25 de julho.
Com Nicholas Hoult ("Mad Max: Estrada da Fúria") no papel principal, vai acompanhar os vários momentos da vida do escritor que o terão inspirado a criar a Terra Média — o universo fantástico repleto de hobbits, feiticeiros, ogres e outras criaturas mágicas.
Mas o filme vai contar ainda com Lilly Collins ("Identidade Secreta") no papel de Edith Bratt, a pianista e mulher de Tolkien que terá servido como musa para a criação de algumas das suas personagens mais conhecidas.