A nova edição da Moda Lisboa arranca esta quinta-feira, dia 5, e até domingo promete dar destaque ao que de melhor há na moda em Portugal. E como o evento decorre até domingo, 8 de março, que é também o Dia da Mulher, decidimos dar ênfase às mulheres portuguesas que apresentam coleções nesta edição.

Vera Fernandes

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Vera Fernandes é a criadora da marca Buzina. É formada em Psicologia,mas nunca escondeu a paixão por moda. Em 2013, depois da sua filha nascer, Vera lançou Meninamanel, uma loja de moda infantil. Mas só este ano decidiu lançar as suas próprias peças. Para Vera, o objetivo da marca é afirmar o empoderamento feminino. “Buzine serve o propósito de todas as mulheres” escreve no site da marca, que nasceu com a filosofia de que todas as mulheres são únicas, e as peças que vestem acompanham o mesmo pensamento. A marca é feita para mulheres que gostam de peças exclusivas, diferentes e versáteis.

Joana Duarte

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BÉHEN, é um projeto criado pela portuguesa Joana Duarte. Depois de tirar um mestrado na Kingston University, em Londres, começou a apaixonar-se por histórias que incluem saris e tribos berbere. Joana foca-se em fazer peças com colchas antigas e tecidos que consegue encontrar no baú da avó. BÉHEN, embora sediada em Portugal, teve na Índia a inspiração para a primeira coleção.

O lema da marca é que a moda pode existir sem desperdício e ser feita com peças únicas confecionadas a partir de têxteis antigos ou tecidos que têm "a magia do tempo em terras distantes”, como é descrito no site do evento no qual participa.

Constança Entrudo

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A lisboeta Constança Entrudo viveu em Londres durante seis anos, onde fez a licenciatura em Design Têxtil na Central Saint Martins. Em 2017, tornou-se designer da famosa Balmain, em Paris. No mesmo ano, a sua marca foi lançada na ModaLisboa, onde apresentou a coleção para o verão de 2018. A sua criatividade é um factor bastante importante na hora de criar peças, por isso as suas coleções não são limitadas pelo género ou idade. Apresenta "I don't know if this exists", uma atuação centrada na cultura do corpo humano conjugado com pintura, escultura, som e moda. Com a multimédia cenográfica e sensorial muito presente na sua apresentação, Constança Entrudo explora a definição de ilusão como um palpite de uma realidade que ainda não existe.

Carolina Machado

Carolina Machado

Carolina Machado é natural de Leiria e o seu gosto pela moda, a arte e o design estiveram presentes desde sempre. Licenciou-se em 2015 no curso de Design de Moda na ESAD, no Porto. Nesse mesmo ano, estreou-se na plataforma Sangue Novo e um ano depois já estava a lançar a sua marca própria de roupa feminina, onde ainda trabalha atualmente. Em outubro de 2017 integrou a plataforma LAB da ModaLisboa, a mesma plataforma com a qual se apresentou este ano no evento. As suas peças são sofisticadas, minimalistas e elegantes, muito inspiradas no contraste entre as linhas femininas e masculinas. Esta coleção tem como tema a longevidade e naturalidade, sem esforço, com peças que se encaixam em todas as ocasiões.

Ana Duarte

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Ana Duarte licenciou-se em Design de Moda na FAUL e tirou o mestrado em Menswear Design and Technology na London College of Fashion, em janeiro de 2015. Acabou selecionada pelo British Council para a London Fashion Week de 2013 e, depois de ter já passado por importantes eventos de moda, em março de 2015 apresentou a sua primeira coleção no Sangue Novo da ModaLisboa. No ano seguinte, voltou ao Sangue Novo e recebeu uma menção honrosa, o que fez com que começasse a apresentar as suas coleções na plataforma LAB. Apresenta uma coleção inspirada na primeira expedição ao Evereste, durante os anos 50, o que faz com que a coleção tenha um foco nas alterações climáticas e na extinção de espécies, nomeadamente de cinco animais em vias de extinção nos Himalaias.

Naomi Marcela

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No concurso Sangue Novo temos duas designers portuguesas que, entre 82 candidatos nacionais e internacionais, apresentaram as coleções para o outono/inverno 2020/2021.

A primeira é Naomi Marcela, natural do Algarve, que após acabar o curso de Design de Moda na Universidade das Artes de Arnhem criou a marca Cêlá. Apresentou a coleção “Coral” que começa com tons azuis, cinzentos e destaques de laranja, que se transformam lentamente em amarelo brilhante e branco seda. A coleção é, tal como o nome indica, é inspirada nos corais, para homenagear a beleza do oceano e para relembrar ao público a fragilidade do ecossistema subaquático.

Inês Manuel Baptista

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Ainda dentro dos nomes que integram a secção Sangue novo está Inês Manuel Baptista, licenciada em História da Arte na Universidade de Coimbra. O mundo da moda não é a única arte que já explorou, uma vez que foi bailarina e professora de dança clássica. Em 2018 começou o mestrado em Design de Moda da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa e a sua coleção, 3451, ou “3 Seconds To a 45 Watt Lamp at a Distance of 1 Meter”, tenta recriar a sensação de desencarnação das imagens, reforçando o seu mistério e transportando o espectador para um mundo paralelo, um espaço que lhe permita refletir e procurar novos significados na acessão do real, incluindo o antagonismo entre fantasia e realidade.