Durante um mês, a minha mala de viagem manteve-se sempre fiel aos pés da cama. Foi difícil tropeçar nela todos os dias — pessoas com transtornos obsessivo-compulsivos com a arrumação irão compreender-me —, mas rapidamente deu para perceber que simplesmente não valia a pena arrumá-la. Dormir em 13 hotéis em 30 dias tem os seus desafios, e o principal é estar sempre pronta para sair de casa. Escova de dentes? Check. Pasta dentífrica? Check. Pijama, muda de roupa para o dia seguinte e fato de banho caso haja piscina interior? Check, check, check.
Portugal tem hotéis maravilhosos, e Lisboa não é exceção. Há já alguns anos que viajo pelo mundo, e posso assegurar que há espaços verdadeiramente especiais que só os portugueses sabem construir e manter. Da magia dos palácios cheios de história à impecabilidade no tratamento, sem esquecer o melhor da gastronomia ou o design inovador, nós sabemos fazer hotelaria de excelência. E é por isso que é um autêntico desafio comparar hotéis em Lisboa, sobretudo quando já estamos a analisar os mais bem cotados nas plataformas de reservas. É um desafio, é verdade, porém não é impossível — afinal, somos ótimos mas não somos perfeitos.
Vamos então a números: escolhemos 16 hotéis, fomos rejeitados (ou ignorados) por três, outros três não conseguiram obter pontos suficientes para entrar no Top 10. E porque um trabalho destes só faria sentido se fosse feito com atenção ao detalhe, escolhemos seis critérios de avaliação: conforto, pequeno-almoço, staff, limpeza, qualidade-preço e ambiente/decoração. Cada um deles recebeu uma pontuação de 0 a 100 para, no final, obter uma nota.
Mais um dado importante: uma vez que os hotéis eram muito diferentes entre si (uns só tinham quartos e um restaurante, outros tinham piscinas interiores e exteriores, spas, restaurantes com estrela Michelin, etc.), só avaliámos o quarto do hotel e o pequeno-almoço. Fácil? Nem por isso. Queremos repetir? Muito.
Ora vamos lá.
10.º PortoBay Liberdade (80,8)
Numa rua transversal à Avenida da Liberdade, o PortoBay Liberdade tem uma fachada que não passa despercebida. A sua história remonta ao início do século XX, e foi preservada com cuidado pelo arquiteto Frederico Valsassina. Com um total de 98 quartos, onde apenas 20 não têm varanda, há um restaurante, um bar e uma piscina interior aquecida com hidromassagem e jatos de água.
O melhor
Começo por dar os parabéns ao PortoBay Liberdade pelas práticas ecológicas: foi dos (muito) poucos hotéis nesta lista onde os amenities eram reutilizáveis. Gostei muito da decoração, elegante mas intimista, da simpatia dos funcionários e do conforto dos quartos. A varanda era incrível, com o dobro do tamanho do quarto e vista para o céu estrelado. Apesar de estar virado para outro prédio, há uma distância considerável entre edifícios que faz com que não nos sintamos claustrofóbicos.
O assim-assim
O sofá ao fundo da cama é giro, mas tive de tirar o apoio das costas para conseguir ver televisão deitada na cama. A canalização era percetível quando a "vizinhança" tomava banho. O pequeno-almoço não foi nada de especial — os produtos eram de qualidade mediana, sem nada que se destacasse em particular.
O pior
Foi sobretudo uma experiência morna — nem nada de muito bom, nem nada de muito mau. Diria que o mais chato foi mesmo terem entrado duas vezes no quarto quando lá estava. Em cerca de 15 horas de estadia, talvez nem tanto, pareceu-me uma falha relativamente grave.
9.º Pousada de Lisboa (81,7)
Em cima do Terreiro do Paço, a imponente escadaria da Pousada de Lisboa dá acesso aos 90 quartos, a grande maioria com vista para o rio Tejo e para a Praça do Município. O quarto 201 é o mais cobiçado, uma vez que era aqui que ficava o antigo escritório de Salazar. No terceiro piso, antigo refeitório do Ministério da Administração Interna, fica agora o spa, mas há ainda um bar e um restaurante.
O melhor
Não é todos os dias que podemos acordar no Terreiro do Paço, e logo isso torna a experiência especial — mesmo que a vista seja na lateral e se torne necessário meter a cabeça de fora da janela para ver o rio. O hotel está bem decorado, em especial nas áreas comuns.
O assim-assim
O pequeno-almoço foi uma experiência mediana. Havia produtos de qualidade, outros não eram nada de especial. O sumo de laranja, por exemplo, achei aguado, e as panquecas estavam farinhentas e secas. Já os croissants eram deliciosos, assim como o bolo do dia.
O pior
Na oferta de cafés ao hóspede, há três descafeinados e apenas um café. Não percebi porquê. Senti falta de um tapete no chão, mas o pior mesmo foi a cortina a tapar a parede de vidro que separa o quarto da casa de banho. Consigo compreender que isto exista quando a única coisa que se vê é a banheira. Agora, a sanita? Não é muito confortável. A insonorização da casa de banho também era praticamente inexistente.
8.º Tivoli Avenida Liberdade (82,5)
Num edifício que remonta a 1930, o Tivoli Avenida Liberdade tem uma piscina exterior, dois restaurantes e um spa. Com um total de 285 quartos e suites, há ainda um espaçoso terraço para banhos de sol rodeado por um jardim verdejante.
O melhor
Elegância. É possivelmente a melhor palavra para descrever o Tivoli Avenida Liberdade, que nos tira o fôlego assim que passamos a porta de entrada e nos vemos no enorme salão onde a magia começa. O staff é de um trato irrepreensível, a decoração é majestosa nas áreas comuns e nos restaurantes. O pequeno-almoço era surpreendente, com uma variedade e qualidade capazes de fazer inveja a muitos hotéis da cidade.
O assim-assim
A máquina de café está ligada a uma tomada que não conseguimos ver, situada atrás do armário que segura a televisão. Posto isto, o mesmo podia acontecer com a chaleira, que tive de ligar a uma tomada atrás da televisão. Foi um verdadeiro malabarismo colocar o aparelho estrategicamente em cima da base da televisão — o fio era demasiado curto para optar por um esquema mais seguro.
O pior
O colchão. Talvez seja perfeito para quem adora um colchão mole, mas não é de todo o meu caso. Senti-me afundada a noite inteira.
7.º Olissippo Lapa Palace (83,3)
Construído no século XIX, o luxuoso palácio Olissippo Lapa Palace, com vista para o rio Tejo, divide-se em três alas e tem um total de 109 quartos. Há um restaurante a cargo do chef Hélder Santos, um restaurante-bar da piscina, o Le Pavillon, que só funciona nos meses de verão, e o Bar Rio Tejo, com música ao vivo de terça-feira a sábado. Ainda não terminámos: no hotel encontra ainda duas piscinas (interior e exterior) e um spa com tratamentos, sauna e banho turco.
O melhor
Estamos num hotel extremamente elegante, onde cada corredor é uma surpresa. Gostei imenso da receção, que consegue, logo ao primeiro impacto, deixar qualquer um deslumbrado. Adorei as panquecas ao pequeno-almoço — para mim, as melhores desta experiência —, mas nada bate o silêncio. Acima de tudo, é disto que se fala no Olissippo Lapa Palace: no centro da cidade, conseguem recriar um pequeno mundo verde com vista para o rio Tejo onde tudo o que se ouve são os passarinhos.
O assim-assim
A decoração dos quartos é um bocadinho mais clássica do que eu gostaria, no entanto não chega a ser um ponto negativo: entende-se perfeitamente que aqui o público é um bocadinho mais velho e continua a ser extremamente elegante e confortável.
O pior
As garrafas de plástico, oferta para os hóspedes. Todos os hotéis onde estive já optaram pelo vidro e, no momento atual que vivemos, não faz sentido que seja de outra forma. As televisões são antigas, não era má ideia começar a pensar em renová-las. Não tinha máquina de café, uma falha que acho um bocadinho incompreensível. Nos dias de hoje, qualquer hotel de quatro estrelas tem uma máquina de café. Num cinco estrelas? Não faz qualquer sentido.
6.º Altis Belém (83,3)
Mesmo ao lado do rio Tejo, o design hotel Altis Belém tem 50 quartos (incluindo cinco suites), todos decorados de acordo com a temática dos Descobrimentos. Há um restaurante com estrela Michelin, o famoso Feitoria, a Cafetaria Mensagem, um espaço mais informal e descontraído, e um bar com esplanada à beira rio. No spa pode encontrar piscina interior, sauna, ginásio e banho turco, além das salas de tratamentos.
O melhor
O design do hotel é incrível, e conjuga-se na perfeição com a zona onde está localizado. O pequeno-almoço é excecional — possivelmente os melhores ovos mexidos que comi nesta saga de hotéis —, o atendimento irrepreensível e o conforto do quarto (e da cama) não deixam nada a desejar.
O assim-assim
Não é intuitivo perceber onde é que fica o spa, o que me obrigou a ligar para a receção. Podia haver uma explicação num dos muitos folhetos espalhados pelo quarto.
O pior
O quarto estava a precisar de manutenção. A capa que envolve a cama tinha vários rasgões, fruto do uso, e as paredes e mobiliário algumas marcas. Não são particularmente discretas, portanto está na altura de pensar sobre o assunto. Se não fosse esta evidente necessidade de manutenção, teria certamente ficado numa posição mais próxima do primeiro lugar.
5.º The Lumiares Hotel & Spa
Bem localizado no centro da cidade, a apenas 400 metros do Chiado, o The Lumiares Hotel & Spa fica num palácio do século XVIII e tem 53 apartamentos, que vão desde os estúdios com cama queen size, kitchenette e área de estar, até à penthouse com dois quartos, cozinha equipada, sala de estar e terraço. Também há um bar e restaurante no rooftop e um spa com sauna, banho turco e tratamentos.
O melhor
A decoração é "fashionista", chamemos-lhe assim, mas amorosa — e assim que passamos a porta sentimo-nos em casa. Apesar de ter ficado na tipologia mais pequena, num estúdio, achei-o bem organizado. Souberam aproveitar o espaço existente para proporcionar o devido conforto, sem nunca nos sentirmos enclausurados.
Foi mesmo do que mais gostei: sentimo-nos em casa. Fora do estúdio, o palácio é encantador — vale a pena perder algum tempo a admirar a imponente escadaria. O staff também foi muito prestável e o kit de boas-vindas, com vinho, cerveja e café, soube pela vida.
O assim-assim
A televisão da sala não dava canais. Não foi um enorme problema, até porque só me sentei cinco minutos no sofá — daí não ter ligado sequer para a receção —, mas era importante testar tudo antes de entregar as chaves ao hóspede.
O pior
O pequeno-almoço foi uma enorme desilusão: os croissants pareciam do dia anterior, o queijo estava seco e o fiambre tenho sérias dúvidas de que ainda estivesse bom.
4.º Myriad by SANA (85,8)
A ocupar a Torre Vasco da Gama, aquele que ainda hoje permanece como o arranha-céus mais alto de Portugal, o Myriad by SANA está coladinho ao rio Tejo e tem 176 quartos e dez suites. Há um restaurante de design que serve pratos típicos da cozinha internacional, um bar e muitas áreas de lazer exteriores. Ainda não acabámos: no 23.º andar fica o spa onde, além do ginásio e salas de tratamento, pode dar um mergulho na piscina interior.
O melhor
A vista e a decoração, sem sombra de dúvida. A par com o hotel, o quarto está decorado de forma muito elegante mas despretensiosa, e o match perfeito dá-se com as amplas janelas para apreciar a vista panorâmica para o rio e para o Parque das Nações. Destaque ainda para a extrema simpatia do staff, variedade do pequeno-almoço e para a banheira de hidromassagem no meio do quarto.
O assim-assim
O sistema de som era impecável, no entanto completamente impossível de ouvir assim que ligava o chuveiro. Teria sido bom ouvir música enquanto tomava banho. Também fazia falta uma mesinha de cabeceira nas laterais da cama — quase despejei o copo de água em cima de mim quando tentei encontrá-lo a meio da noite.
O pior
O vidro do chuveiro não estava bem vedado, por isso fiz uma pequena poça de água no chão da casa de banho durante o banho.
3.º Bairro Alto Hotel (91)
Abriu renovado a 10 agosto, e só nos ocorrem as palavras "sê muito bem-vindo de volta, Bairro Alto Hotel". Agora a ocupar um quarteirão inteiro, o projeto assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura passou de 55 para 87 quartos e suites, e a palavra de ordem passou a ser espaço — espaço para oferecer um wellness & fitness no último piso, um cocktail bar e restaurante com cozinha aberta, um terraço com vista para a cidade e para o rio Tejo. Há ainda um novo bar e uma pastelaria. Em janeiro chega mais um restaurante.
O melhor
É fácil fingir simpatia. Bem mais difícil é ter o staff inteiro (e neste caso estamos a falar de 130 pessoas) impecável no tratamento, exímio no desempenho da sua função e irrepreensivelmente coordenado para garantir que nada falha. As minhas primeiras cinco estrelas vão, sem sombra de dúvida, para o staff.
De resto, rasgados elogios para a decoração, o quarto (tudo a funcionar de forma impecável, com uma atenção ao detalhe que toca o incrível), o terraço comum com uma vista maravilhosa para o rio e um pequeno-almoço delicioso (possivelmente a melhor tosta de abacate que comi na vida).
O assim-assim
O sistema de som do quarto é impressionante. Nunca tinha estado num hotel com um sistema de som tão bom, como colunas em várias áreas e controles de som diferentes. No entanto, o botão que geria isto tudo estava na casa de banho — pelo menos aquele que consegui descobrir depois de 20 minutos deitada na cama a ouvir a música a sair da banheira. Nada de grave, mas poderia haver uma explicação prévia para os leigos como eu. O pequeno-almoço era delicioso, mas senti falta de poder conjugar vários pratos de diferentes menus — uma vez que é tudo à carta, com menus pré-definidos, pode acabar por ser limitativo.
O pior
Ter que me vir embora. Foi uma verdadeira tortura, com direito a lágrimas e tudo. Fora de brincadeiras, só não ficou mais bem posicionado devido à qualidade-preço, critério que lhe atribuímos uma pontuação de apenas 70 em 100: o Pestana Palace, por exemplo, dentro do mesmo segmento de cinco estrelas, oferece mais por menos.
2.º Pestana Palace Lisboa (93,8)
Num palácio restaurado do século XIX, o hotel onde Madonna esteve vários meses hospedada antes de encontrar casa em Lisboa fica em Alcântara e tem 177 quartos, 13 suites e quatro suites royal. Há duas piscinas (exterior e interior), spa e jardins com plantas e árvores classificadas Monumento Nacional. E não esquecer o restaurante do Pestana Palace Lisboa, o Valle Flor, que fica nos antigos salões de baile do palácio e está a cargo do chef Pedro Inglês Marques.
O melhor
Sumptuoso, luxuoso, elegante, imponente. Escolhemos estas palavras para descrever o hotel, mas não são suficientes para caracterizar o requinte de uma unidade como o Pestana Palace Lisboa. A decoração, o mobiliário e as obras de arte fazem-nos perder vezes sem conta nos corredores do hotel, onde cada sala é uma viagem no tempo e uma agradável surpresa. Do pequeno-almoço ao staff, praticamente nada falhou nesta experiência.
O assim-assim
O sofá da sala era pouco confortável passado algum tempo. Assim que me sentei, fiquei afundada num universo de almofadas. Giro no início, desconfortável com o passar do tempo.
O pior
Não é um aspeto negativo, e é altamente pessoal, no entanto o pior nesta experiência para mim foi não me ter conseguido sentir em casa. A quantidade de membros de staff dificulta a aproximação com o lado mais humano do hotel, uma vez que são tantas pessoas a atender que é difícil criar uma ligação. São extremamente cordiais, mas também acabam a ser distantes — certamente que o glamour do espaço assim o exige, mas no final tive dificuldade em conectar-me com o hotel.
1.º Corpo Santo Hotel (94,5)
No Largo do Corpo Santo, em pleno bairro histórico do Cais do Sodré, o Corpo Santo Hotel tem 75 quartos, dos quais oito são suites. Há um restaurante e bar chamado Porter, e uma sala onde pode ver uma parte da histórica Muralha Fernandina do século XIV, recuperada aquando as obras do hotel.
O melhor
O difícil neste ponto é mesmo saber por onde começar. Acho que vou arrancar com a simpatia do staff, que foi um dos pontos que mais me marcou. Despretensiosos e simpáticos, não houve uma única pessoa que me desiludisse no atendimento. E porque a simpatia tem muito que se lhe diga, faço aqui uma ressalva: eles foram, todos, sem exceção, genuinamente simpáticos. Não houve sorrisos falsos ou conversas de elevador aborrecidas, foram verdadeiramente incansáveis e atenciosos.
Continuo destacando a comida e bebida disponíveis na receção, cortesia do hotel. Havia mini-bolos, gomas, frutos secos, sumos, água. Quando cheguei acontecia também uma prova de queijos e de vinhos, tudo, mais uma vez, cortesia do hotel. E ainda não acabámos: à saída do elevador, havia frutos secos e água aromatizada, tudo inspirado em África, o continente que serviu de inspiração ao design daquele piso. Chegados ao quarto, encontrámos ainda pipocas, mais gomas, água e duas fatias de bolo de chocolate.
Isto é extraordinariamente difícil de encontrar nos dias de hoje, quando os hotéis de cinco estrelas insistem em cobrar por tudo e mais alguma coisa — e sempre preços absurdos, como 6€ por uma lata de amendoins ou 5€ um Compal de pêssego. Estes miminhos marcam realmente a diferença e fazem-nos sentir que não somos apenas um cifrão com pernas.
Parece algo tão insignificante — pipocas? Gomas? Sumos? Parece, mas não é. Não existe nada disto na hotelaria de luxo em Lisboa, esta atenção e cuidado em proporcionar ao hóspede miminhos que vão além do serviço de boa noite, onde lhe abrem a cama, ou um menu de almofadas. Há mais mundo além disso — e ainda ninguém começou a fazê-lo.
Por isso, o meu grande obrigada ao Corpo Santo Hotel. Estão de facto a fazer diferente na hotelaria em Portugal, em particular no segmento de cinco estrelas e na cidade de Lisboa. Obrigada por correrem o risco de serem diferentes, e obrigada por olharem para as pessoas como pessoas.
De resto, pontos também para a decoração do hotel, que tem tanto de caloroso como de elegante. Também gostei do pequeno-almoço, com muita variedade e produtos de facto bons. Destaco ainda o quanto me encantou ouvir, no restaurante, o chefe de sala a referir-se aos hóspedes como convidados. Mais uma vez, senti-me uma pessoa e não uma nota. Ah, adorei os efeitos sonoros e de luz na banheira. Incrível.
O assim-assim
Fiquei no quarto 101, o primeiro do hotel. Não sei se isto acontecerá em todos, mas no meu havia uma espécie de porta branca, sem puxador, que escondia as canalizações do hotel. Podia estar trancada para evitar a cusquice de pessoas como eu.
O pior
Possivelmente um problema de difícil resolução, mas era demasiado audível a canalização dos outros quartos — consegui perceber sempre que o meu vizinho de cima (penso que tenha sido esse) foi tomar banho ou puxou o autoclismo. A insonorização do quarto era excelente, atenção, não ouvi nada do que se passava na rua. A canalização, infelizmente, era bastante percetível. Isto tudo, porém, foi insignificante ao lado de tudo o que vivi e senti na minha estadia no Corpo Santo Hotel. Mais uma vez, obrigada. E parabéns: são o melhor hotel de cinco estrelas neste momento a operar em Lisboa.