Os leitores perguntam, a psicóloga Sara Ferreira responde. É assim todas as semanas. Saúde, amor, sexo, carreira, filhos — seja qual for o tema, a nossa especialista sabe como ajudar. Para enviar as suas perguntas, procure-nos nos Stories do Instagram da MAGG.
Cara leitora,
Eis uma pergunta deveras pertinente nos tempos atuais. Se não, retenhamos para já estas informações, de acordo com o Observador:
- Um adolescente nascido em 2000 terá até 15 empregos ao longo da vida.
- Em 20 anos, 47% dos empregos podem estar perdidos para a automatização.
- Em menos de um segundo é possível aceder a mais de 72,6 milhões de resultados no Google sobre o tema “Competências Essenciais no século XXI”. E o que dizem alguns dos primeiros? Que o espírito crítico, a empatia, a facilidade de colaborar em equipa e inteligência emocional são tão ou mais importantes para um CEO de uma empresa de topo do que ter 18 em 20 valores em cadeiras como Inglês, Matemática ou História.
Bastante expressivo, não é?
É. E o que é que isto quer dizer (e respondo já “de caras” à sua pergunta)? Quer dizer que se prepararmos as nossas crianças para um mercado de trabalho cada vez mais inconstante, focando as suas capacidades apenas na captação de conteúdo, de conhecimento académico, por muito que isso seja importante, já não será o suficiente para as tornar bem adaptadas ao século XXI (uhm, mas talvez já não o fosse no século XVI…). Pelo menos, mais (e melhor) adaptadas à realidade do mercado de trabalho (de facto, instável e de mudanças constantes) do século XXI!
No livro “Becoming Brilliant” – O que Diz a Ciência Sobre Como Educar Crianças Para o Sucesso, que ainda não está traduzido em português, duas psicólogas, investigadoras e autoras, companheiras de longa data, data identificaram seis “C’s” — colaboração, comunicação, conteúdo, crítica, criatividade e confiança — que podem ser a chave para que as crianças do século XXI possam ainda ingressar num mercado de trabalho que está a mudar velozmente.
E isto, resumidamente, significa o quê? Que a chave para o sucesso de uma pessoa parece ter cada vez mais a ver com a sua atitude e não tanto com a sua inteligência.
De acordo com um importante estudo da Universidade de Stanford, a atitude positiva de um jovem ou adulto pode ajudar muito mais do que o seu QI (quociente de inteligência), tanto no que tem a ver com uma boa preparação para o mercado de trabalho (eu diria mesmo, para a vida em geral!), bem como nos aspectos que mais predizem (e predispõem) as suas capacidade de obtenção de emprego e progresso na carreira, mesmo em face a mudanças tão aceleradas como as que vivemos nos tempos presentes.
De notar que o “QI”, hoje em dia – apesar de ser um conceito muitíssimo difundido na nossa cultura, sobretudo a partir de meados do século passado – por si só já se encontra algo desatualizado. E porquê? Porque mais do que falarmos hoje em QI falamos em QE (quociente emocional), que é um outro conceito da Psicologia e um termo (atualmente muito em voga) cunhado nos anos 90 a partir do incontornável livro de Daniel Goleman sobre “Inteligência Emocional”. E isso (quer nas empresas, quer nas escolas, quer em tantos outros contextos) mudou tudo.
O QE, ainda que diferente do QI, torna-se complementar para o recrutamento de bons candidatos a vagas de emprego, sabe? Posso dizer-lhe que isso é o que me dizem os meus colegas de RH (psicóloga organizacional) e eu acredito. Sabia que a inteligência emocional pode e deve ser desenvolvida ao longo dos anos? E sabe quando é que este desenvolvimento começa e cria terreno fértil para ao logo de toda a vida o sucesso (pessoal/profissional) dar os seus frutos? Pois é, na infância. Segue também na adolescência e no começo da idade adulta. E a verdade? Nunca termina. Vai pela vida fora, pois estamos sempre a aprender (com a vida) e a amadurecer (ok, pelo menos algumas pessoas…). ;)
A leitora já reparou que as principais razões para o fracasso de profissionais está muito mais relacionado com as suas deficiências emocionais e comportamentais do que com a falta de habilidades técnicas necessárias para as suas funções? Por outras palavras, uma pessoa pode até ser admitida pelas habilidades técnicas, mas o que ditará a sua permanência e evolução num emprego é o seu comportamento (ou seja, as suas emoções, que é aquilo que comanda o nosso comportamento).
No desporto, por exemplo, fica bastante claro o quanto os aspetos emocionais são determinantes em momentos de decisão, quando, ao bater um penalti, imagine, de acordo com o equilíbrio emocional do atleta ou a falta dele, executar o chuto, o que ele pratica diariamente e repetidamente, acaba por tornar-se um enorme desafio.
No ambiente laboral e no mundo do trabalho acontece o mesmo. A dificuldade de trabalhar em equipa, a falta de desempenho diante da pressão, o relacionamento com a chefia e os colegas, a forma com se lida com incertezas, o controlo da ansiedade, dificuldade de liderar, de ser liderado, além da dificuldade de superar frustrações, de entre muitos outros aspetos emocionais, são os fatores que frequentemente transformam exímios profissionais (que dominam todas as suas tarefas do ponto de vista técnico) em membros irrelevantes (e por vezes indesejados) da equipa, diante das suas dificuldades de gerir emoções.
Para além das questões ligadas ao desenvolvimento emocional de uma pessoa (o seu QE, nomeadamente), há ainda um outro factor que, a meu ver, poderá contribuir enormemente para uma preparação adequada dos seus filhos para um mercado de trabalho instável e de mudanças constantes. E qual é ele, qual é? A atitude empreendedora.
Note que não estou a dizer necessariamente “ser um empreendedor”, no sentido de ser “empresário” ou criar uma empresa (que também está muito na moda e está associado a um imenso glamour, mas a realidade por detrás da aura cintilante do “empreendedorismo” oculta toda uma outra parte mais densa e bem real composta por sangue, suor e lágrimas frequentes, que todo o empreendedor – sobretudo no começo da sua empreitada – sabe que tem que enfrentar diariamente para tornar os seus sonhos minimamente possíveis…). Refiro-me a ter uma “atitude empreendedora”, mesmo estando a trabalhar por conta de outrem.
O que nos vamos apercebendo com o advento desta “era tecnológica”, pautada por uma grande mobilidade de empregos, empresas e empregados – em que a impermanência é a sua característica mais permanente – e por constantes transformações do mercado de trabalho, é que a postura do profissional está também a mudar. A postura passiva já não é suficiente ou até mesmo aceitável. O antigo comodismo “das 9 às 5” parece não ter mais lugar, o profissional que fica só à espera que o tempo passe (vendendo em troca o bem mais preciso que um ser humano tem nesta vida que é o seu (precioso) tempo…) e que as coisas simplesmente (lhe) aconteçam, que as pessoas cheguem, que as informações surjam, etc. está cada vez mais votado ao fracasso. E a um destino de frustração e insatisfação crónica, por certo.
O profissional de hoje precisa ser (pro)activo, saber o que acontece no mundo, saber o que existe de novo na profissão, na sociedade, estudar sempre. Todas as profissões (e em particular algumas) mudam dia a dia, mesmo sem que nós o percebamos. O mundo muda, a sociedade, as exigências, as preocupações, os anseios, os sonhos, os vícios.
Repito, as demandas e exigências de hoje são diferentes das de ontem. E uma grande revolução está a acontecer e tudo irá mudar (já está).
Concorda que durante grande parte da nossa história, os nossos músculos eram a única fonte de energia capaz de produzir, criar, executar? Mesmo com o surgimento de ferramentas, a força física era necessária.
Só para a elucidar (e comprovar) aquilo que lhe pretendo hoje aqui transmitir, permita-me convidá-la para a narração da uma pequena/grande história. É uma história comum a todos nós.,, Atente à sequência dos factos que lhe relato e… puxe um cafezinho (acabei de fazer um aqui).
Então, enquanto você pega na sua chávena, vamos lá a recordar aqui umas coisas. Como sabe, a revolução Industrial mudou o mundo, mudou a forma como vivemos. Ao invés do trabalho manual, a energia passou a vir da potência das máquinas. O surgimento das fábricas criou a produtividade e o mundo tal como o conhecemos hoje também emergiu.
Na verdade, isto hoje é tão comum para nós, que nem paramos para pensar que um dia cada peçazinha do nosso telemóvel (ou melhor, smartphone…) passou por uma fábrica, até chegar à última que construiu o dito aparelho (e tudo isso veio da natureza).
Dê uma olhada ao seu redor neste preciso instante. A maioria do que vê saiu de uma fábrica. Mas nós agora estamos diante de uma nova revolução. Ela já começou. E segundo os especialistas, irá impactar muito mais do que no passado. Sim, querida leitora, a “tal” da mudança acontece bem diante dos nossos olhos! E isso é o quê?!
Alcançámos o período em que os avanços computacionais e robóticos irão potencializar a capacidade humana e mudar a forma como vivemos (mais uma vez). Mauricio Benvenutti, um interessante empreendedor, há 3 anos no Vale do Silício, e palestrante sobre inovação e o impacto das tecnologias na nossa vida, disse: "A tecnologia está a fazer pelo nosso cérebro o mesmo que as máquinas fizeram pelos nossos braços na revolução industrial". O próprio Mauricio, no seu livro "Audaz" vai dizer: "Só que há algo mais crítico. A tecnologia que desafiará profissões e empresas no futuro não tem nada a ver com as fábricas que substituíram os trabalhos do passado. O Amanhã será cheio de máquinas pensantes, instruídas e adaptáveis. Máquinas que aprendem. Que analisam, raciocinam e decidem. Pela primeira vez na história, o progresso tecnológico está a atuar justamente naquilo que mais nos diferencia das demais espécies, ou seja, na capacidade única e fundamental da nossa inteligência emocional. Que nos posiciona na vanguarda do progresso."
Percebe que uma nova revolução (já) está a acontecer?
É possível que alguns dos leitores que estão a ler este texto, tenham crescido a ouvir dizer que precisamos ter a nossa casa, o nosso carro, um emprego. Outros mais jovens cresceram sem essa necessidade, não querem ter carro, querem smartphone e computador.
Antes, era comum buscar acumular, ter coisas, reter. A sociedade que surge, parte da premissa que “aceder” é mais importante do que “possuir”. “Para que é que vou ter um carro, se posso “aceder” a um carro quando eu quiser?”, é uma (e talvez “a”) questão.
“Para quê ter uma casa? Se posso ter a casa que eu quiser, onde eu quiser, usando um Airbnb da vida…?” “Para quê ter um livro físico, se posso ter milhares de livros na palma da mão e zilhões de músicas dentro do meu iPhone?”…
Caríssima, são apenas algumas provocações.
Quem me acompanha sabe o quanto eu amo livros, aliás, o que mais existe em minha casa são livros. Também tenho uma casa, mas já carro, não faço muita questão.
O que lhe quero dizer é que, como já percebeu (e muito bem), as coisas estão a mudar. Logo, como profissionais, e mesmo como pais e mães atentos e preocupados com o amanhã dos nossos rebentos, precisamos entender que se ainda existe quem pensa da forma convencional, existem aqueles jovens que em breve serão adultos e terão demandas e necessidades diferentes. Eles viverão (e pensarão) no “novo”. Perceba que a falta de iniciativa empreendedora e a desvalorização das competências emocionas de uma pessoa (cada vez mas diferenciadoras entre “uns” e “outros”) impregna o discurso académico e trabalha pela perpetuação de uma postura passiva dos alunos, mesmo diante das necessidades cada vez mais prementes da sociedade.
Como parte dessa mudança, todo um certo “mundo velho”, ou seja, a máquina burocrática, o sistema de ensino e velhos conceitos, caíram em desuso sem que muitos sequer tenham percebido. E quanto a nós? Bem, nós estamos no meio dessa transição que promove uma imensa rutura com o velho e impõe sobre todos o novo.
Também é importante compreender que este novo chegou repleto de novas oportunidades e possibilidades para todos. No entanto, chegou sem dar outra alternativa, a não ser mudar, para os que insistem em apegar-se ao velho. Gostando-se ou não, a verdade é que o velho está morto e quem não o sepultar será enterrado junto com o defunto.
Assim, ajudar os seus filhos a prepararem-se para um mercado de trabalho instável e de mudanças constantes, para além dos pontos que acima referi, passa também por ajudá-los a ligarem-se ao “novo”. A um novo modelo mental (ou mentalidade, “mindset”) cada vez mais necessária que consiste em procurar desenvolverem-se enquanto indivíduos e colocarem as suas competências emocionais e humanas (tanto ou mais do que as competências técnicas) ao serviço dos próprios e dos outros.
Dito de outra forma, investir no desenvolvimento pessoal e no equilíbrio e gestão emocional dos seus filhos poderá ser uma excelente opção. A inteligência emocional de que lhe falei há pouco está intrinsecamente associada à capacidade de compreender, gerir e expressar correctamente os seus sentimentos, e ao mesmo tempo à forma como lida com as emoções das outras pessoas. Sim, saber lidar com as emoções negativas será também crucial.
O mundo que conhecemos hoje foi construído por homens e mulheres que não se conformaram com as coisas como elas são. Eles são questionadores, muitas vezes chamados de loucos ou visionários (cara e coroa da mesma moeda?). Mas acima de tudo, são pessoas com coragem de assumir riscos para mudar o mundo ou, no mínimo, o próprio mundo e o de quem as cerca.
A nossa ousadia e o desejo de liberdade para conquistarmos os nossos projetos devem ser mais fortes do que os nossos medos. A razão é simples: não há nada seguro na vida. Todos morreremos, cedo ou tarde. Ninguém vai escapar. Portanto, viver tomado pelo medo que nos faz abrir mão de grandes conquistas em troca de algo supostamente “seguro” é um grande desperdício e a razão de muitas frustrações. E porquê supostamente? Simples: a estabilidade já não existe.
Quando entendemos que a estabilidade não existe e constatamos que o risco é parte inevitável da vida, ter uma atitude empreendedora e procurar desenvolver as suas competências emocionais e de auto-conhecimento passa a ser percebido como a melhor opção, por proporcionar a oportunidade de uma maior recompensa. Por outro lado, o medo de perder sufoca o desejo de ganhar.
É muito interessante observar que por trás de qualquer história de sucesso há sempre uma história de coragem, determinação, superação, controlo emocional, aperfeiçoamento interno, desenvolvimento pessoal, liderança e um domínio técnico que, embora também seja muito importante – definitivamente – não ocupa um espaço tão relevante quanto o mercado outrora lhe atribuiu.
E é por estas e por outras que estou aqui na internet, há um tempinho, a falar sobre a importância do que pensamos e sentimos, e sobre comportamento e modelos mentais, pois, por experiência, eu sei que são os ingredientes que definem o destino de uma pessoa, tanto como profissional como ser humano.
No universo, tudo muda, nada é permanente, a entropia é implacável e o risco é parte da vida desde que nascemos até ao nosso último suspiro.
Por isso, mais uma vez deixo-lhe a si e a todos uma mensagem: se o risco é inevitável, relaxe e desenvolva-se como pessoa.
Ensine os seus filhos a serem donos dos seus destinos, aprendendo a não depender de ninguém, muito menos de empregos “estáveis” que aliás, como sabe, já não existem. Mostre-lhes a importância de sonharem grande, mas que mais bonito do que isso é saberem como tirar os seus planos do papel.
A minha (e talvez a sua) geração cresceu com a crença de que viver dentro de uma gaiola pode parecer mais seguro, enquanto voar como um pássaro livre pode parecer muito perigoso. Porém, perigoso mesmo é ser devorado por um predador dentro de sua própria gaiola, sem poder defender-se, depois de ter passado uma vida a acreditar que lá dentro você estaria “protegido”. Ligue os noticiários das televisões para saber a que “casos” tornados públicos e “situações” me refiro ao certo.
Neste “admirável mundo novo” em que vivemos, a capacidade de se reinventar é condição de sobrevivência. Isso vale para governos, empresas e pessoas. Estar aberto a novos conceitos, bem como desapegar-se rapidamente dos antigos, será a habilidade dos bem-sucedidos nessa nova realidade.
Veja o exemplo da Uber em relação aos taxistas. Não há lei que impeça a vontade de um novo mundo. Não há força maior do que a força da mudança. Quando a mudança chega só há duas alternativas: mudar ou morrer.
A tecnologia e as capacidades humanas terão que caminhar juntas. Lamento, mas os “nerds” com deficiências nas relações humanas ficarão para trás… Já os comunicadores e especialistas no comportamento humano que são analfabetos digitais ocuparão um lugar especial na mediocridade.
Já que hoje estou “numa” de citações, relembro o que disse Charles Darwin: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.
E isso diz tudo em relação ao que lhe transmiti aqui. Ou acerca do paradigma do “saber ser” e a sua actual supremacia sobre o “saber fazer” num âmbito institucional e num mercado de trabalho recheado de mudanças a todo o vapor.
Num futuro próximo (que já existe, mesmo ao virar da esquina) permeado por ominipresentes processos e automatizações, as competências comportamentais e sociais farão toda a diferença. Estas atitudes e comportamentos emocionalmente inteligentes (antigamente apelidados de “soft skills”) irão facilitar a relação com o próximo e consigo mesmo. Isso não só melhorará o desempenho profissional, como aumentará as perspetivas de desenvolvimento de carreira.
Pode não parecer, mas a criatividade (tão comum às crianças) é fundamental também na vida profissional, principalmente quando pensamos no mercado de trabalho do futuro. Hoje, exige-se que os profissionais encontrem soluções diferenciadas para problemas simples — um processo que tende a crescer cada vez mais nos próximos anos.
Isso envolve um conhecimento lógico mais apurado, mas também saber ver para além das possibilidades comuns (e nisso as máquinas ainda têm sérias limitações!). Incentivar que os seus filhos sejam criativos desde pequenos pode garantir, sobretudo, que eles tenham um talento natural para dar ideias inovadoras num ambiente tão concorrido quanto o profissional.
Numa agência de pesquisa global que acompanha as gerações, 76% dos jovens inquiridos diziam querer poder gerir as suas carreiras com liberdade e trabalhar para várias empresas, ou para a própria. Tudo porque buscam uma profissão que seja, na verdade, um propósito de vida. Para 74% deles, o trabalho precisa ter um significado que vá além do salário.
Volto a bater na minha “tecla” de hoje: as coisas estão a mudar…
Muitos de nós, mães e pais, quando pensamos na sua pergunta (“como preparar os filhos para um mercado de trabalho instável e de mudanças constantes”) vemos o farol da angústia ligar-se a instantaneamente. Sentimos um certo desespero ao pensar nesse futuro mais incerto e sem “garantias” mas, por outro lado, mais livre e flexível.
Ter as rédeas da própria vida dá mais trabalho e requer muita auto-disciplina, auto-conhecimento, auto-motivação, estar apto a agir conscientemente e deter um poderoso sistema de crenças. Para além disso, é preciso dominar as suas emoções e ter uma certa dose de organização (mental, para começar!) e planeamento. Todos nós temos que enfrentar situações de maior stress, desgaste ou incertezas na vida, mas o que nos distingue é a forma como lidamos perante estas situações.
Como sempre, espero ter, de alguma forma, agregado mais “letras” ao seu “vocabulário”. Se tiver mais dúvidas ou outras sugestões sobre o assunto, diga-me tudo nos comentários!
Um abraço e até para a semana.