Os leitores perguntam, a psicóloga Sara Ferreira responde. É assim todas as semanas. Saúde, amor, sexo, carreira, filhos — seja qual for o tema, a nossa especialista sabe como ajudar. Para enviar as suas perguntas, procure-nos nos Stories do Instagram da MAGG.

Caro leitor,

Medo, receio, dúvidas. Podemos dar-lhes vários nomes, o facto é que vejo as pessoas atualmente muito atarantadas e (literalmente) com medo da própria “sombra”… com medo de existir, medo de respirar, medo de falar, medo de sorrir, medo de chorar, medo da verdade (inclusive perante um psicólogo) e, acima de tudo isso, com medo de ser. Ou melhor, de “ousar” ser.

“Como é que vai falar com um estranho?”, bem, um cordial aperto de mãos e um simples abrir a boca para proferir um simpático “Olá” poderão ser um bom começo. :)

Agora longe de brincadeiras, a verdade é que em pleno séc. XXI, ainda existem muitas crenças equivocadas sobre a psicologia, e muitas pessoas ainda têm preconceitos em relação aos cuidados do psicólogo, às suas práticas (sendo uma delas, a psicoterapia), ao papel do psicólogo e à própria natureza da relação terapêutica entre o profissional e o seu paciente.

Sejamos nós realmente pacientes! Pois se a psicologia figura no imaginário das pessoas de muitas maneiras, cabe, justamente a nós, psicólogos, desmistificar muitas coisas que ficam a meio do caminho e que podem gerar alguns constrangimentos ou outras tantas confusões na cabeça das pessoas.

Pessoal, vamos parar com isso. Os psicólogos não mordem, os psicólogos ajudam. Estão prontos para atendê-los e são formados para saber escutar (que não é o mesmo que apenas "ouvir”). Mas mais do que isso. Estão aptos para – com base nos temas que apresenta – lhe devolver o conteúdo partilhado sob a forma de estratégias, intervenções terapêuticas e caminhos de possibilidade para que uma pessoa resolva as questões que afetam a sua vida.

Antes de mais, vamos por partes. O que faz um psicólogo?

Um psicólogo desenvolve um conjunto de conhecimento válido e confiável com base na investigação e aplica esse conhecimento aos processos psicológicos e ao comportamento humano (sentimentos, emoções, pensamentos e toda a parte mais subjetiva da nossa experiência enquanto seres humanos), em diversos contextos e no tratamento de diversas problemáticas específicas.

Um psicólogo é um técnico especializado, livre dos juízos de valor, das expectativas, das vontades e das opiniões que os amigos e os familiares têm sobre nós. Este distanciamento e essa neutralidade técnica permitem à pessoa desenvolver novas formas e qualidade de ser e de estar com os outros. Cada pessoa adquire um conjunto de capacidades e novas competências muitas vezes anteriormente desconhecidas, fruto de um trabalho que é feito a dois, semana após semana, com vista ao desenvolvimento do melhor potencial de cada um.

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Isto é o fruto de um trabalho a dois, que nasce de uma relação particular entre duas pessoas, e que inaugura um novo espaço e um novo tempo na vida de cada um, assim como um novo modo de “ser”, verdadeiro. É aí que qualquer que seja o seu anterior “estar” pode ser reformulado, transformado, reconstruido e potenciado numa psicoterapia, através do diálogo (esse mediador de ‘mundos’, interno e externo, e veículo de ligação entre o “eu” comigo mesmo e com o próprio mundo à minha volta) como elemento principal na resolução das questões cognitivas, emocionais e comportamentais que possam estar na base de qualquer “problema”.

Neste artigo que escrevi aqui na Rubrica “A Psicóloga Responde” descrevi um pouco melhor em que consiste a “aliança terapêutica”, a base que fundamenta e sustenta toda e qualquer processo de desenvolvimento pessoal e os objetivos terapêuticos que lhe possam estar associados.

A sua “fala”, caro leitor, recai, portanto, num par de ouvidos cuja escuta é qualificada, e o que é que isto quer dizer?

Um psicólogo, desde logo, na faculdade aprende a “escutar”. E como sabemos, escutar não é simplesmente igual a “ouvir”. É uma escuta completamente diferente dessa que o leitor tem com os seus amigos, por exemplo.

A escuta ativa (tecnicamente chama-se assim) que o psicólogo faz em relação aquilo que lhe diz, permite a interpretação e conceptualização do seu conteúdo (dentro das dimensões não apenas do que é “dito”, mas também ao nível do “não-dito”, ou seja, o discurso implícito para além do que podemos dizer explicitamente) e – resumindo, abreviando e descomplicando parte deste processo – isso tudo no fim de contas fará com que o leitor comece a ver coisas que não via antes, a entender outras tantas coisas que provavelmente o leitor não entenderia antes, para a partir disso, natural e consequentemente começar a fazer coisas que não fazia antes e a ter resultados que também não tinha antes.

Há dias, estava a ler as páginas de um manual técnico e encontrei esta figura. Achei tão interessante e especial que, bem a propósito do tipo de dúvidas inerentes à sua questão, partilho-a consigo, leitor.

'Quero procurar ajuda de um psicólogo mas tenho medo. Como é que vou falar com um estranho?'
'Quero procurar ajuda de um psicólogo mas tenho medo. Como é que vou falar com um estranho?'

Este é o símbolo chinês para "ouvir", tal como representado na imagem. Só lhe digo… isto é ciência (verdadeira sapiência!) além da arte: a arte de escutar. O lado esquerdo do símbolo representa uma orelha. O lado direito representa o indivíduo (a pessoa!, como eu gosto de chamar): você. Os olhos e a atenção indivisa são os próximos e finalmente o coração.

Então, o que nos diz este enigmático e antiquíssimo símbolo? Este símbolo diz-nos que, para escutar (que é muito mais do que ouvir, volto a lembrar), devemos usar ambos os ouvidos, observar e manter contacto visual, dar atenção total e, finalmente, ter empatia. Por outras palavras, devemos estar presentes por inteiro, e empenhar-nos em escutar ativamente!

Aqui entre nós:

- quando é que foi a última vez que se sentiu ouvido(a)?
- ou verdadeiramente escutado(a)?
- sente genuína atenção das pessoas quando fala com elas?
- sente-se constantemente interrompido(a)?
- e mal-interpretado(a)?

Tenho familiares e amigos tóxicos. O que é que posso fazer para lidar com isso?
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Um dos melhores elogios que já ouvi foi quando uma paciente, uma vez, ao final de uma sessão, atende o telefone e diz a quem estava do outro lado: “Estou a sair da psicoterapia, sabes o que é? É o sítio onde tu podes falar e a outra pessoa está MESMO a ouvir o que tu estás a dizer”.

A escuta altiva é uma habilidade treinada por psicólogos. Escuta profunda, totalmente centrada no que a pessoa nos está a dizer, e não o tipo de escuta “normal”, a qual estamos habituados, que geralmente consiste em ouvir (e parabéns se tiver na sua vida alguém que, pelo menos, o oiça!) o outro mas justapondo o que ele diz ao nosso próprio universo pessoal, de forma auto-referencial. Ouvir é simplesmente o elemento físico do escutar. Assim, escutar é o processo de descodificar e interpretar altivamente as mensagens verbais (e não verbais).

Muitas vezes ouvimos os outros sem prestar atenção, ou seja, não percebemos o outro, não acedemos realmente ao seu “mundo”, à sua subjetividade, à sua alteridade. Na vida de todos os dias, em geral, grande parte da informação que recebemos num diálogo não chega corretamente, ou então é mal interpretada pelo ouvinte. E porquê?! Porque escutar ativamente dá muito mais trabalho… e envolve um grande esforço consciente.

Essencialmente, o símbolo chinês para o verbo “ouvir” diz-nos:

“Eu dou-te os meus ouvidos, os meus olhos, a minha atenção plena… e o meu coração”. E esta é apenas a melhor definição para “ouvir” que eu já ouvi. :)

Um psicólogo não lhe dá palpites ou opiniões, como poderá fazer um amigo ou familiar ou qualquer outra pessoa “não-estranha”, que baseia os seus pontos de vista em “achismos” particulares ou no tipo de papel pré-estabelecido à partida que estabelece consigo.

Deixe-me resumir aquilo que disse até aqui numa imagem.

'Quero procurar ajuda de um psicólogo mas tenho medo. Como é que vou falar com um estranho?'
'Quero procurar ajuda de um psicólogo mas tenho medo. Como é que vou falar com um estranho?'

Quando fala com um psicólogo, uma pessoa recebe aquilo que nós chamamos de “devolução” na forma de um conteúdo trazido pela pessoa que é trabalhado, ou seja, o psicólogo irá ajudá-lo a lidar com todo esse seu material, seja para desenvolver estratégias para que uma pessoa resolva as questões que afetam a sua vida, seja para entender melhor o que aconteceu, ou ultrapassar algum tipo de sofrimento emocional, seja ainda para planear ações futuras. O psicólogo “pega”, considera e trabalha terapeuticamente sobre esse seu material com vista ao encontro de caminhos para a gestão e superação de uma determinada dificuldade (desafio, melhor dizendo!).

Um psicólogo, contrariamente ao que vemos nos filmes, não se limita a ficar ali sentado a acenar com a cabeça e a dizer “uhm, uhm”, enquanto você “desabafa”. Nós, psicólogos, realmente estudamos abordagens, métodos e técnicas para saber como ajudá-lo. Não, não é “pagar para alguém o ouvir”, simplesmente, como algumas pessoas ainda parecem acreditar. Nós somos treinados, entre muitas outras coisas, para saber escutar, filtrar a informação, interpretar e saber como redireccionar aquilo que você mesmo quer.

Estas crenças ou falsas ideias servem só para criar confusão, desinformação, prisão, estupefacção, contra-acção, manipulação, sub-nutrição, e porque não?, desidratação, pelo sim pelo não, e acima de toda e qualquer questão? Estas crenças ou falsas ideias servem só a manutenção… dos seus monstrinhos no porão (rima e é verdade!). ;)

Neste meu vídeo, que poderá ver em baixo, destaco 3 mitos mais comuns que o leitor precisa quebrar se quiser saber a verdade sobre o trabalho dos psicólogos e sobre para que serve e para quem é, afinal, a psicologia ou a psicoterapia.

E sobre “O que é que eu devo dizer ao psicólogo? Posso chorar? Não posso chorar? Posso contar piadas?” por exemplo. Bem, O choro é livre, o riso também. Acima de tudo é uma interação humana – e decorre sob a forma de uma conversa ou diálogo – e dali pode vir à tona a expressão de uma personalidade mais autêntica, leve e sem grandes repressões.

Meditar é ótimo, ioga é fantástico, qualquer outra atividade de interação social ou de “catarses” em grupo também, mas é no “outro” que realmente nos espelhamos, em especial um “outro” perante o qual as nossas máscaras sociais poderão – num espaço seguro por excelência – cair. Através de um processo de intervenção psicológica, as pessoas encontram um espaço-tempo diferente, de promoção efetiva da sua liberdade e identidade, através dessa particular relação terapêutica, em que o paciente se sentirá, progressivamente, aceite naquilo que é.

O coro de dúvidas na sua mente talvez prossiga com mais questões: “E sobre a terapia? O que é realmente? No que é eu me pode ajudar?”. Neste outro vídeo, em baixo, explico-lhe tudinho e deixo uma lista que espero que seja útil.

De entre as ferramentas que podem ser utilizadas para a realização de uma avaliação psicológica, a observação é uma delas. Parece simples, mas é necessário um treino exigente para transformar o que o profissional vê num comportamento mensurável e passível de análise.

Observar é analisar, é ver (que também é diferente de apenas olhar…) e investigar de forma cautelosa.

Na terapia como na vida, é difícil percebermos em que momento perdemos esta capacidade maravilhosa de olhar… e Ver – sem filtros, sem cortes, sem repetições nem ajustamentos de som ou imagem. Sem dobragens.

A terapia serve para acolher mas também para desafiar. Serve para encontrar soluções, mas também para criar as suas próprias. E os melhores psicólogos sabem bem disso. Porém, a procura de intervenção psicológica é um passo muito importante e difícil de dar, que pode gerar medo e desconfiança.

Se o leitor nunca foi a um psicólogo, o motivo da sua apreensão (apesar referir querer procurar ajuda profissional) pode estar acima de tudo no facto de desconhecer como funciona uma terapia ou qual é – verdadeiramente – a função de um psicólogo.

A ver, portanto, se nos entendemos: o psicólogo ou a psicóloga, que embora se preocupem com o seu bem-estar bio-psico-social, não são seus “amigos” e muito menos a sua mãe, o seu pai, o seu chefe ou o juiz ou sequer o seu “conselheiro”.

Uma trabalho mal aproveitado costuma vir de uma sequência de assuntos aleatórios, superficiais, meramente narrativos, sem haver nenhuma intervenção significativa ou também sessões nas quais existe uma postura palpiteira e até meramente moralista ou julgadora do terapeuta.

Acredite quando dizemos que aquele momento, na sala, consigo é seu, somente seu e de mais ninguém.

Trabalhar as suas questões, trabalhar o seu equilíbrio (que é e deve ser um trabalho diário), e que têm a força de procurar melhorar-se e aperfeiçoar-se constantemente, e que querem contribuir para um mundo melhor, tendo a coragem de começar por si mesmos.

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Todos nós, sem exceção, temos, do ponto de vista da saúde mental, núcleos mais saudáveis e núcleos mais adoecidos. E o critério para pedirmos ajuda é muito simples: o problema em questão tem ou não tem impacto significativo na nossa qualidade de vida?

Por qualidade de vida entenda-se trabalho, os relacionamentos, socialização, sono, vida sexual, apetite e satisfação com a vida de forma geral.

De facto, muitas vezes acontecem coisas na nossa vida que nos transcendem. Mas se por um lado podemos não ter qualquer controlo sobre algumas coisas que nos sucedem, por outro, temos a liberdade (e por isso a responsabilidade) de decidir a nossa ação.

Nesse sentido temos sempre uma palavra a dizer não sobre tudo o que acontece, mas sobre o impacto que as coisas têm em nós, na nossa vida mental e nas nossas atitudes.

Por outras palavras: a situação de crise pode conduzir, por vezes, a uma rutura, ainda que temporária, do equilíbrio mental. Procurar apoio psicológico é algo que pode e deve ser feito com naturalidade e simplicidade. É normal e faz parte de uma certa rotina de saúde mental.

E a verdade é esta: fazer terapia não é um ato de fraqueza ou loucura. É uma demonstração de coragem, lucidez, força e determinação para mudar o que o impede de ser feliz!

Um acompanhamento psicológico cuidado irá devolver-lhe a autonomia de poder lidar com os seus problemas, à medida que o leitor tem um profissional ao seu lado que irá ajudá-lo a perceber aspetos de si mesmo, dos outros e da sua vida que você não está a conseguir perceber ou lidar.

Às vezes, um problema não é “o” problema no sentido em que aquilo que inicialmente julgamos ser o verdadeiro problema que afeta a nossa vida na verdade é só a ponta do icebergue para algo maior e mais complexo que está na base desse problema/manifestação/sintoma.

Neste vídeo aqui em baixo leitor poderá perceber isto que referi e porque é que não deve aceitar a primeira hipótese (que costuma ser as circunstâncias externas) como a verdadeira causa de qualquer tipo de mal-estar.

Então, querido leitor, “Como e que eu vou falar?”, falando. Fale. A sessão é sua. Fale. É preciso falar. Coisas boas e coisas más, porque – tal como exemplifico no vídeo em baixo – nem sempre está tudo bem.

Nada do que disser ao seu psicólogo será visto como “estranho”, talvez o leitor é que precise de eliminar esse pré-conceito em relação ao “estranho” da figura do psicólogo. Mesmo que primeiro estranhe… depois entranha! Mas fale. Até porque se a boca cala, é o corpo que fala, conhece a expressão?

Sim, o corpo fala! Engole o choro. Engole sapos. Cala a boca. Cala o peito. Mas o corpo fala, e como fala. Fala a ponta dos dedos a bater na mesa. Fala o tremelique das pernas incessante. Falam os pés inquietos na cama. Fala a dor de cabeça. Fala a gastrite, o refluxo, a ansiedade, a depressão. Fala o nó na garganta atravessado. Fala a angústia, fala as rugas na testa. Fala a insónia, o sono demasiado. Você cala-se, mas o falatório interno começa. No vídeo em baixo, o leitor irá finalmente entender de que forma é que os seus sentimentos sinalizam qual é a necessidade que você tem naquele momento. Vai também descobrir como iniciar um processo de (re)conhecimento dos seus sentimentos, percebendo de que forma eles são, na verdade, importantes aliados na sua vida.

Não espere chegar a um estado calamitoso para fazer aquilo que no seu íntimo o leitor já sabe que deve fazer.

Um amigo oferece-lhe as suas próprias opiniões. Um psicólogo oferece-lhe um caminho para encontrar as respostas. Fale com um amigo se quiser colo, mas se quiser verdadeiramente resolver uma situação, a pessoa certa com quem falar é o psicólogo.

Em 14 anos de profissão, já percebi que a terapia não é para todos e aqueles que procuram costumam ser as pessoas mais saudáveis do seu núcleo familiar, pois eles inquietam-se com os seus sintomas. As pessoas realmente doentes emocionalmente são aquelas que nunca mudam ou se questionam sobre nada. Por isso, costumo dizer, que só me ocupo de quem quer realmente melhorar, os que não querem não “sobrevivem” a mais do que uma ou duas sessões. Sou exigente comigo mesma e com os outros e a quem quer trabalhar de forma séria, e dedicadamente coloco a minha alma e todas as minhas forças para que melhore e supere/vença mesmo as suas questões.

Na minha vida pessoal, quando me vêm contar que sabem de alguém que está a passar por A, B, ou C e que a coisa parece estar complicada por X, Y ou Z, a pergunta que faço é sempre esta: "Mas, já conversou com algum psicólogo?" e percebo que, por vezes, esta pergunta surpreende muita gente. Aliás, descobrir que os momentos mais difíceis chegam sempre e que é possível aprender a lidar com eles de uma maneira mais saudável, também não é comum. E é isso que eu realmente gostaria de ajudar a transformar.

Espero apenas mostrar-lhe de que forma procurar os serviços dos psicólogos pode ser sem dúvida um ponto de viragem crucial na sua vida e poder transmitir-lhe como o nosso trabalho pode (e deve) gerar positividade, crescimento e desenvolvimento. Os psicólogos não mordem e nem são coisa para doidos. É algo a que você recorre sempre que precisa.

Como disse José Saramago: “É necessário sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não sairmos de nós”.

Assim, antes de qualquer plano de ação, de estratégias concretas que o coloquem a caminho dos seus desejos, talvez possa auscultar internamente o quanto acredita que merece conquistar aquilo a que se propõe. E se isso estiver realmente alinhado com o que o leitor busca concretizar, então, não receie em alocar as pessoas, os recursos e os conhecimentos que o ajudarão a percorrer o seu caminho de desenvolvimento e que facilitarão o seu progresso aos mais variados níveis. Com isso você deixa de "patinar" na vida e aprende a entrar em ação (que não é o mesmo que estar apenas em movimento) construtiva e eficaz.

Pergunte-se a si mesmo, recolha a resposta no seu corpo e no seu coração. Invista em si mesmo. Invista em conhecimento e em auto-conhecimento. O retorno que vai ter será imensurável.

Por último, não tenha medo da mudança. Ela assusta, mas pode ser a chave daquela porta que o leitor tanto almeja abrir.

Bem-vindo à renovação.