A forma como nos cumprimentamos deve mudar, e o tradicional aperto de mão deve desaparecer para sempre. Quem o defende é o médico da Casa Branca, Anthony Fauci, que diz que devemos aprender com a atual pandemia que já levou à morte de milhares de pessoas em todo o mundo. A COVID-19, tal como muitas outras doenças, propaga-se pela proximidade entre as pessoas, pelo toque, e, por isso, é fundamental que exista uma mudança de hábitos, e para sempre, explica o médico.
"Não precisamos de apertar as mãos. Temos de quebrar esse hábito", disse esta terça-feira, 7 de abril, a Scott Thuman, principal correspondente político do Sinclair Broadcast Group, e continuou: "Porque, de fato, essa é uma das principais formas de transmitir doenças respiratórias".
O facto é que os apertos de mão podem transferir o dobro do número de bactérias em relação ao chamado "high five" e que a transmissão poderia mesmo reduzir 90% se o cumprimento fosse feito com um choque de punhos, de acordo com um estudo de 2014 sobre as alternativas mais higiénicas ao aperto de mão. E estas podem ser mesmo adotadas no futuro pela sociedade como resultado dos efeitos causados pela pandemia.
"Acho que aquilo que vamos reter e imprimir em nós para sempre é a perceção de que algo tão catastrófico como aquilo que o mundo está a passar agora pode voltar a acontecer", disse o médico da Casa Branca, de acordo com o site "Business Insider".
Fauci, 79 anos, tem feito frente ao presidente Donald Trump ao enfatizar que este é um "assunto sério", como disse num direto no Instagram de Stephen Curry a 26 de março, e ao defender constantemente que as medidas de precaução devem ser tomadas e não desvalorizadas, como Trump fez continuamente no início da pandemia.
"Não há multidões com mais de 10 pessoas, mantenha 1 metro de distância, evite sítios lotados, faça teletrabalho quando puder — este é o tipos de coisas que, se continuarmos a fazer, terão um impacto ainda maior", disse Fauci durante um briefing da Casa Branca.
Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas nos Estados Unidos, foi recentemente alvo de acusações de que faz parte de uma mobilização secreta para descredibilizar e derrubar Trump.