O professor de ciências biológicas Ryan Calsbeek, que leciona na Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, é o autor deste estudo, que defende e tenta evidenciar que a fisionomia humana pode adaptar-se ao clima para otimizar a performance física.
No fundo, o académico descobriu que o formato do corpo pode ser bastante importante no que toca ao desempenho na modalidade de corrida. Porém, com base na análise que foi feita, este fenómeno só se verificou em homens. O estudo está publicado online.
Concluíram que os atletas altos e com pernas grandes tinham melhores resultados em climas quentes. Já os mais pequenos tinham vantagem nas temperaturas mais baixas e frias. Acabam por comparar também com o que se verifica nos animais, em termos de físico e performance.
"Os padrões globais da temperatura e do clima podem ter moldado os tipos de corpo humanos para terem performances como as que têm", aponta o professor Ryan Calsbeek, citado pela BBC. Para chegarem a estas conclusões, estudaram 171 concorrentes da competição de triatlo Ironman.
Neste evento, cada participante tem de nadar 3,8 quilómetros, andar de bicicleta outros 180 e correr 42,2 quilómetros. Apenas foram considerados aqueles que competiram em pelo menos dois eventos Ironman, um numa localização quente e outro numa fria.