Ter mais do que dez parceiros sexuais está agora a ser associado a um maior risco de vir a desenvolver um qualquer tipo de cancro. Pelo menos é esta a conclusão de um novo estudo, organizado por vários especialistas espalhados pela Áustria, Turquia, Canadá e Itália, avaliou os dados médicos de mais de cinco mil participantes com idades acima dos 50 anos e que vivessem em Inglaterra.

Segundo escreve o jornal britânico "Independent", os participantes que disseram ter tido mais de dez parceiros sexuais em toda a vida tinham 91% de probabilidades de vir a ser diagnosticados com cancro. Já quem tem tenha tido entre dois a quatro parceiros sexuais registava apenas uma percentagem de 57% de vir a desenvolver a doença.

Segundo a mesma publicação, das mais de cinco mil pessoas inquiridas, um quinto dos homens reportou ter tido relações sexuais com mais de dez pessoas e apenas 8% das mulheres disseram o mesmo.

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Ainda que a investigação não tenha apresentado qualquer motivo para se associar a atividade sexual ao risco de vir a desenvolver cancro, os especialistas referem vários estudos anteriores em que se estabeleceu uma relação de causa-efeito entre a transmissão de doenças sexuais que, mais tarde, poderiam desencadear em diagnósticos de cancro.

No entanto, e tendo em conta o número reduzido de diagnósticos nos participantes do inquérito, os especialistas responsáveis pela investigação não conseguiram identificar que tipo de cancro poderia resultar da atividade sexual.

Em média, as idades dos participantes estabeleceu-se nos 64 anos e mais de três quartos, homens ou mulheres, eram casados. Aqueles que revelaram ter tido mais parceiros sexuais eram mais novos, fumavam, bebiam frequentemente e faziam exercício físico com maior regularidade do que os restantes.