Entrar na The Dr Pure Clinic, em Lisboa, é sentir de imediato uma paz e tranquilidade que nos faz esquecer que estamos num consultório. Neste espaço, dá-se mais valor às pessoas do que ao negócio uma vez que o principal objetivo é que todos passem a ver a beleza de dentro para fora e tenham a consciência de que qualquer processo de transformação, mesmo os que recorrem à cirurgia plástica, é muito mais do que meramente externo.
Sofia Santareno, médica especialista em cirurgia plástica, reconstrutiva e estética e diretora clínica da The Dr Pure Clinic (Lisboa e Évora), é a grande impulsionadora desta forma de olhar a cirurgia plástica e defende que nenhum procedimento deve ser feito sem que a pessoa passe primeiro por um acompanhamento psicológico. Acima de tudo, considera que a comunicação entre o médico e o paciente deve ser sempre transparente para que haja a perceção dos riscos e nenhuma informação seja deixada de lado.
"O nosso objetivo fundamental é reconstruir a vida das pessoas e é por isso que a componente da cirurgia plástica reconstrutiva acaba por ser o alicerce deste projeto. Mas queremos fazê-lo não só na componente física, como também na componente mental.", afirma Sofia em conferência de imprensa, referindo que é aqui que entra o papel fundamental da psicóloga Filipa Jardim da Silva.
"Na cirurgia plástica é frequente que haja um lado comercial um bocadinho perigoso maior do que aquilo que se gosta de assumir e, felizmente, tenho tido a oportunidade de fazer esta parceria com a equipa da Sofia. Aqui há realmente este cuidado com a pessoa e isso implica que esta tenha tempo para tomar uma decisão informada e consciente", defende Filipa Jardim da Silva.
O que a The Dr Pure Clinic pretende passar é que o desagrado com um nariz ou com uma coxa com mais gordura pode traduzir muito mais do que um desagrado estético e, por isso, não ser solucionado apenas com uma cirurgia. Aqui, antes de se passar para qualquer operação cirúrgica, tenta-se compreender o porquê da insatisfação e é feito todo um acompanhamento antes da tomada de decisão.
"Primeiro a pessoa tem de gostar de si e perceber que não vai ser só a cirurgia que vai mudar a autoestima"
Em entrevista à MAGG, Sofia Santareno diz que há três grandes tipos de pessoas que procuram as intervenções estéticas: as que querem mudar algo porque sentem que realmente precisam, as que o querem fazer por outra pessoa ou as que querem fazer para serem notadas e faladas.
"As pessoas têm de perceber se há coisas que gostavam de melhorar, mas se precisam mesmo de o fazer — e é este tipo de trabalho de autoestima que é preciso ser feito. A pessoa tem de perceber primeiro que tem de gostar de si e que não vai ser só a cirurgia que vai mudar a autoestima dela", explica, salientando que já chegou a colocar-se ao lado de várias pacientes sem roupa para mostrar que também ela tem imperfeições.
Nos últimos anos, segundo a especialista, também as redes sociais têm tido implicação na dismorfia corporal e Sofia acredita que a maioria das pessoas procura certo tipo de tratamentos por uma questão cultural.
"Se formos à Turquia a maior parte das mulheres usam burca e não é bonito nem culturalmente aceitável usarem decotes, então eu garanto que não pedem para colocar mamas, mas depois toda a gente tem uma rinoplastia feita", exemplifica. Já em Portugal, pelo facto de ser um País de mais calor onde se mostra muitas vezes a pele, os tratamentos de corpo são muito mais procurados.
Com a pandemia, Sofia confessa que sentiu também uma mudança de atitudes. Várias pessoas que aproveitaram, por exemplo, para se desfazer do carro e aproveitar esse dinheiro para cuidar de si. Com o digital, revela que o rosto passou a ser o foco.
Já quando chega a fase do verão, a preocupação das pessoas fixa-se no corpo, mas aqui a especialista alerta que é necessário perceber que uma lipoaspiração, por exemplo, leva seis meses a ter um resultado definitivo. "As pessoas que eu operei para contorno corporal foram operadas em dezembro e em janeiro. As que são operadas agora são muito poucas porque quando lhes dizemos em consulta que vai demorar seis meses a ter resultados recuam e preferem fazer algo menos invasivo."
Nestes casos, o que acontece muitas vezes é que, quando não se trata de uma necessidade de perda de peso significativa, a especialista aconselha a que, antes de partir para qualquer procedimento, a pessoa opte por mudar a alimentação ou o estilo de vida. "A maior parte das pessoas que têm excesso de peso vão precisar de cirurgia porque têm pele a cair, mas se forem coisas muito localizadas só têm de fazer correções alimentares", afirma Sofia Santareno. "O único problema da nutrição é a motivação e é por isso que a psicologia é fundamental mesmo nos planos não cirúrgicos", defende.
Os protocolos de rosto, corpo e cuidado íntimo
Contudo, na The Dr Pure Clinic, além dos procedimentos cirúrgicos que requerem um maior acompanhamento, há várias alternativas de protocolos de rosto, corpo e cuidado íntimo sem procedimento cirúrgico. Perceber qual a característica da sua pele através de uma dermatoscopia facial digital ou tratar manchas, acne, poros e rugas é possível através de injetáveis.
Também no caso das rinoplastias, Sofia alerta que estas podem ser feitas através de pequenas correções com resultados até dois anos (e sem precisar de cirurgia). "Há muitas coisas em termos de injetáveis que se podem fazer com a rinoplastia. Pessoas que não querem recuperar de uma cirurgia, que não têm um nariz grande, mas querem apenas disfarçar algum relevo, nós conseguimos fazê-lo", explica.
Já na parte do corpo, existem o protocolos de celulite que combinam o que é feito em clínica com acompanhamento nutricional uma vez que, segundo Sofia, é perentório a pessoa perceber os erros alimentares que faz. "Há sempre direito a uma consulta comigo em que explico também quais são os erros posturais. Tenho muitas vezes de medicar as pessoas (aconselhar a usar meias de compressão ou deixar de cruzar as pernas) e verificar se não existe em paralelo com uma insuficiência linfática uma insuficiência venosa que precisa de ser tratada."
Quanto aos cuidados íntimos, os mais procurados passam pelo aspeto estético do exterior da vulva, e, como procedimento não cirúrgico, o preenchimento dos grandes lábios ou a recessão os pequenos lábios.
Para quem gostava de mudar alguma coisa no corpo, mas não tem possibilidades monetárias para procedimentos mais invasivos, no site da The Dr. Pure Clinic encontra algumas alternativas mais acessíveis que pode comprar e optar por usar na sua rotina diária.
O The Dr. Pure Gua Sha., por exemplo, desenhado especialmente por Sofia Santareno, é uma ferramenta de beleza feita em pedra de quartzo branco que permite prevenir e tratar rugas, melhorar a qualidade e flacidez da pele, melhorar condições inflamatórias (rosácea, acne, celulite), estimular a microcirculação sanguínea e a produção de colagénio local ou ainda estimular a drenagem linfática, potenciando o sistema imune.
A importância de recorrer sempre a profissionais certificados
Além de todos os aspetos já mencionados, na The Dr. Pure Clinic a segurança dos pacientes vem sempre em primeiro lugar e, por isso, nenhum procedimento cirúrgico (que necessite de anestesia geral ou anestesia local com sedação) é feito no consultório. Neste momento, todas as operações da The Dr PURE Clinic são feitas na Clínica São João de Deus e no Centro Clínico Cirúrgico, em Lisboa.
"Nós temos de ter a consciência de que a segurança vem sempre primeiro e esta segurança está associada a um custo, mas quando trabalhamos em cirurgia plástica nós não podemos deixar que a segurança seja posta em causa. Procedimentos minor podem ser realizados em consultório, mas os procedimentos major (que necessitam de sedação ou anestesia geral), tendo em conta o risco associado, só podem ser realizadas em bloco operatório homologado pela entidade reguladora da saúde. Mas infelizmente isso nem sempre acontece em Portugal", afirma a especialista, referindo que estes são casos que muitas vezes acabam por correr mal.
Sofia alerta que é essencial escolhermos profissionais certificados antes de realizar qualquer tipo de procedimento estético e que neste momento existe em Portugal uma "competição desleal". "Pessoas que vêm do exterior e que até podem ser médicos e especialistas no seu território, mas cá não estão inscritos na Ordem."
Neste sentido, aconselha a que, em caso de dúvida, as pessoas recorram sempre ao site da Ordem dos Médicos para verificar se podem confiar no profissional. "O profissional que aplica um injetável ou realiza um tratamento invasivo só pode ser um médico certificado. Um enfermeiro pode dar apoio no tratamento desde que sob tutela desse médico."
Além disso, defende que deve haver sempre também um recibo e um relatório com indicação de tudo o que foi feito. "Depois se o médico é bom ou não, isso é outra conversa, mas se alguma coisa correr mal a pessoa tem uma carteira profissional que perde e tem um seguro de responsabilidade civil que cobre", remata.
Na The Dr. Pure Clinic, Lisboa e Évora, as consultas podem ser realizadas de segunda-feira a sexta-feira entre as 10h e as 19h30 e há ainda a possibilidade de marcar uma consulta online.