É uma espécie de mini-palavras cruzadas, mas sem direito a pistas, em que cada utilizador tem seis tentativas para adivinhar uma palavra mistério, diferente todos os dias. É esta a premissa de Wordle, o jogo que já conquistou um milhão de fãs pelo mundo fora desde outubro de 2021, incluíndo o "New York Times".

Sim, leu bem. O diário nova-iorquino rendeu-se ao jogo gratuito que tem pintado o  Twitter de verde e amarelo e comprou o software de Josh Wardle, que o informático criou para a mulher numa brincadeira, por mais de um milhão de euros. O negócio foi fechado por "um valor de sete dígitos", mas o preço exato ainda não foi revelado. Pelo menos no comunidade oficial do jornal, revelado esta segunda-feira, 31 de janeiro.

Wordle. Afinal, porque é que o mundo está obcecado com este novo jogo de palavras?
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O Wordle junta-se agora ao leque de jogos do "New York Times", a plataforma histórica das emblemáticas palavras cruzadas (criadas em 1942), mas também de uma equipa de criativos, engenheiros e especialistas em quebra-cabeças que, todos os anos, criam novas formas de entretenimento para os leitores do diário norte-americano.

Esta aquisição faz parte de um plano de diversificação do jornal, que já oferece uma assinatura específica para jogos. "Os nossos jogos foram jogados mais de 500 milhões de vezes em 2021 e em dezembro atingimos um milhão de assinaturas da secção 'jogos'", diz o jornal, que sublinha que esta secção é uma parte chave da estratégia da publicação para captar assinantes que falem inglês e que "procurem compreender e relacionar-se com o mundo".

Afinal, o que muda a partir de agora?

Até à data, a cada 24 horas, o criador Josh Wardle publica um novo jogo num website criado por si, sem subscrições, publicidade, informação de registo ou pedidos de dinheiro. Mas a dinâmica está prestes a mudar.

Segundo o "New York Times", quando o Wordle migrar para o site do jornal "vai ser gratuito para todos jogarem". A questão que se coloca é: por quanto tempo? Como o diário nova-iorquino tem, porém, uma secção com número limitado de acessos mensais e, ainda, vários conteúdos exclusivos para assinantes, os jogadores temem que a promessa não seja assim tão garantida.

Ainda assim, à revista "Forbes", um representante do "New York Times" diz que o jornal não tem "planos rígidos para o futuro do jogo" e que "neste momento, o jogo será gratuito".

Recorde-se de que o jogo foi criado por Josh Wardle para a sua companheira, que adora jogos de palavras. Wardle é o apelido do criador e até o nome do jogo, Wordle, é um trocadilho pessoal, já que o engenheiro garante que não tinha noção de que a plataforma tomaria estas proporções.

O engenheiro de software acabou por trazer o projeto a público em outubro, depois de se tornar popular num grupo de conversação da família. Desde então, aumentou de 90 jogadores para 300 mil, no início de janeiro. E sendo que, à data de publicação deste artigo, 1 de fevereiro, já ultrapassou a marca de um milhão de utilizadores.

O Wordle tornou-se viral quando, depois de uma utilizadora partilhar o seu resultado nas redes sociais com emojis, o criador acrescentou uma funcionalidade que permite a partilha do sucesso de cada jogador online. E, a partir daí, as redes sociais foram inundadas com imagens do puzzle do dia — os tais blocos verdes e amarelos que continuam a dominar a rede social Twitter.

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