A Meta, empresa detentora do Instagram e do Facebook, continua a fazer mudanças. Depois de anunciar que irá deixar de permitir o acesso dos anunciantes ao género dos utilizadores, a empresa volta a rever as políticas e pode instaurar uma nova alteração — desta vez, quanto aos mamilos.
Caso publique uma fotografia onde estão explícitos os mamilos nestas duas redes sociais, é bem provável que esta imagem seja removida, já que vai contra as regras atuais. Mas este cenário é capaz de mudar nos próximos tempos, a favor dos direitos humanos.
A 17 de janeiro, a empresa liderada por Mark Zuckerberg decidiu que iria analisar a proibição de mostrar os seios despidos. O incentivo veio de um grupo de académicos, políticos e jornalistas que aconselham a empresa nas políticas de moderação de conteúdo, e que recomendaram que a Meta mudasse as normas, por exemplo, quanto à nudez adulta.
Esta alteração almeja que a nudez adulta "seja regida por critérios claros que respeitem as normas internacionais de direitos humanos", já que, tal como está, impedirá as mulheres, as pessoas transexuais, intersexo e não-binário de se conseguirem expressar tal como querem, refere o "The Guardian".
O conselho em questão considera que a política em vigor "está baseada numa visão binária de género e numa distinção entre os corpos masculinos e femininos", o que fará com que estas regras que proíbem os mamilos à mostra se tornem pouco claras. Querem, então, que a Meta defina "um critério claro, objetivo e que respeite os direitos".
Pretendem, com esta iniciativa, que "toda a gente possa ser tratada de uma forma consistente para com os padrões internacionais dos direitos humanos". Ao abdicarem da censura, estas redes sociais estarão a "libertar os mamilos", como pede a campanha #FreetheNipple, viral desde 2013, e que incentiva à igualdade de género.
A atual política da Meta apenas permite no Instagram e no Facebook imagens que contenham mamilos femininos em circunstâncias específicas, como fotografias de mulheres a amamentar, de cicatrizes pós-mastectomia ou pinturas e esculturas, esclarece o "Público".