Já há traições à mistura, já conhecemos sogras com feitios complicados e até já assistimos a uma lua de mel onde a barba de um dos concorrentes ficou fora do baralho, mas o programa não pára e foi durante o diário da tarde desta terça-feira, 5 de abril, que ficámos a conhecer o quinto par de pombinhos da nova edição de "Casados à Primeira Vista".
Ruth e Bruno são os próximos a subir ao altar e a dizer 'sim' à vida a dois. De acordo com as primeiras apresentações, dizem estar dispostos a viver um novo grande amor, mas recordam traumas passados que influenciam diretamente o que procuram num futuro companheiro.
Bruno perdeu os pais por causa das drogas
Bruno foi criado pela avó e pela tia, que ainda hoje é um dos seus grandes apoios. "Os meus pais faleceram quando eu tinha 19 anos, mas, mentalmente, para mim, eles já tinham falecido", começou por explicar. "Eram toxicodependentes e, desde muito cedo, comecei a aperceber-me. Eu via as coisas e pensei: 'eles vão partir cedo'", acrescentou. A mãe e o pai de Bruno morreram no mesmo ano.
Bruno tem 38 anos, vem de Lisboa e é empresário. Cresceu com um medo constante de perder a avó, com receio de "ficar sozinho" e começou a trabalhar aos 16 anos, sempre num ritmo frenético. "O meu foco sempre foi trabalhar, porque a qualquer momento podia ficar sem pais", acrescentou. Sempre foi empreendedor, criando os seus próprios negócios e o mais recente é a com a sua autocaravana, que lhe permite viajar – uma das suas paixões – e alugar a turistas.
Agora, onde é que o amor se encaixa no meio disto tudo? Ora aí está: até agora, não encaixava. Foi casado sete anos com a mãe da sua filha, Maria, de 7 anos. Admite que a filha é a sua vida e que tende a deixar as namoradas para segundo plano, porque lhe quer dar tudo aquilo que não teve durante a sua infância: um pai presente.
Conta que já deixou escapar "boas pessoas" por não lhes dar a devida atenção, mas confessa que agora está novamente pronto para voltar a viver um grande amor. Não gosta de confrontos, considera-se uma pessoa doce e, segundo a psicóloga Luana Cunha Ferreira, "precisa de alguém para fazer equipa".
Ruth mudou-se para o Brasil para fugir de uma relação abusiva
Entre dezenas de perfis femininos foi Ruth, 32 anos, quem deu "match" com a concorrente de Lisboa. É personal organizer, nasceu no Brasil, mas veio para Portugal em pequena, com 3 anos, quando os pais se separaram.
Considera-se uma mulher "do mundo", descomplicada e leve, mas admite que pode tornar-se bastante "chata", não só pela necessidade de organização, mas porque reconhece ser bastante controladora.
"Sou muito controladora. Quero que os outros me deixem ser livre, mas ao mesmo tempo também quero que seja tudo à minha maneira", admite. Só teve dois namoros longos, no entanto, a primeira relação, que durou cinco anos, quando Ruth tinha apenas 19 anos, foi pautada por abusos e ciúmes.
"Ele era muito ciumento. Foi um relacionamento abusivo. Tanto que, quando acabou, eu tive de ir para o Brasil", explica. "Sempre quis ir para o Brasil como um sonho de vista, mas foi um bocado uma escapatória também", acrescenta.
Já a segunda relação, durou dois anos e meio e terminou no fim de 2020. "Eu achava que era o homem da minha vida", confessa, com a ressalva de que nota um padrão nos ex-namorados: ambos eram "ciumentos" e "machistas", diz. Agora, admite que só procura estabilidade com um homem leal, generoso, que seja em simultâneo seu amigo e, claro, seu amante.
Ruth conta que tende a procurar nos homens o que não teve no pai. "Os meus pais foram casados e eu tinha 5 anos quando se separaram", explica. A separação, diz, fez com que não tivesse um pai ou "uma figura masculina" presente. "O meu pai voltou para o Brasil e nós ficámos cá. Estávamos com ele uma vez por ano".
"A minha vida amorosa foi sempre atribulada", confessa Ruth. Será que o empresário de 38 anos é o par perfeito para Ruth? A resposta chega já na gala de "Casados à Primeira Vista", no próximo domingo, 10, na SIC.