Com apenas 28 anos, Cláudio França fez história. O jornalista é o primeiro pivô negro e com rastas da televisão portuguesa. A estreia aconteceu na “Edição da Manhã” da SIC Notícias, a 26 de setembro de 2020 e, um ano depois, o jornalista conversa com a MAGG sobre o simbolismo daquele momento e tudo o que aconteceu até ali chegar, desde o primeiro dia de estágio na SIC até às horas que antecederam a estreia (e que foram marcadas por um ralhete de Rodrigo Guedes de Carvalho). 

Filho de pais angolanos, nascido e criado nas Caldas da Rainha, Cláudio é, além de jornalista, jogador de râguebi de sete. Já representou a Seleção Nacional (onde quer voltar) e compete no Cascais Rugby. E foi por aí que começámos. 

O que é que faz um ponta no râguebi?
Tem de correr muito, correr rápido e marcar ensaios, que são os pontos. Os golos, vá.

O que surge primeiro na sua vida, o jornalismo ou o râguebi?
O râguebi, logo aos 15 anos. Por acaso, o Nuno Luz perguntou-me há pouco tempo porquê o râguebi. Normalmente tem muito que ver com tradição familiar, ou porque o pai jogou mas, na minha família, ninguém tinha jogado râguebi. Foi mesmo porque amigos e colegas de turma jogavam e o campo ficava ao pé da escola. 

Como é que conjuga os treinos e os jogos com o trabalho?
É desafiante por causa dos horários. Principalmente quando estou a fazer a "Edição da Manhã", que tenho de me levantar às três [da madrugada] para estar aqui na SIC por volta das 4h15. Os treinos de campo começam às 20h30 mas, depois, também há treino de ginásio. Quando estou a apresentar saio meia hora mais cedo dos treinos, às 21h30. Chego a casa às 22h, janto e vou direto para a cama. É muita organização.

Cláudio França joga no Rugby Cascais
Cláudio França joga no Rugby Cascais créditos: DR

Continua a competir?
Sim. Já me perguntaram quando é que me vejo a deixar de jogar mas acho que é um bom complemento. Desde que não haja mazelas físicas, que é o mais importante por causa do trabalho, não me vejo a parar tão cedo. Até porque gostava de fazer mais alguns jogos pela Seleção de Sevens. 

Fale-me do dia 26 de setembro de 2020. Para o Cláudio foi um dia de trabalho, para o resto das pessoas que o viram no pequeno ecrã, foi um dia diferente.
Primeiro o dia anterior, que foi de muita pressão, por tudo o que vinha de trás, desde os conselhos que o Rodrigo [Guedes de Carvalho] me vinha dando, tudo o que o Rodrigo fez até esse dia. O dia 26 foi o dia em que me caiu a ficha do que é que estava a acontecer. Estava preparado, óbvio, fez parte das conversas que tive com o Ricardo [Costa, diretor de informação da SIC] e também com o Rodrigo, da preparação deles, do que é que eu podia esperar, tanto de ódio como também de apoio.

Foi cair na real de que isto se tinha tornado uma coisa maior e, disso, eu não estava à espera. Teve muito impacto mas, pessoalmente, teve ainda mais impacto porque tive de desligar de tudo o que era redes sociais. É engraçado porque ninguém da minha família sabia. Eles sabiam que eu estava a fazer formação com o Rodrigo mas a minha família tem muitas mulheres e mulheres africanas são muito possessivas [risos]. Gostam de ter o controlo da situação, de saber das coisas, então preferi falar com a minha namorada, com a mãe dela — os meus pais não vivem em Portugal. Eles sabiam que eu estava a fazer formação mas não sabiam da data de estreia. Foi um segredo para toda a gente, inclusive para a minha família. No dia, ficou tudo louco

O choque para a sua mãe…
Exatamente. A minha mãe sempre viu a SIC. O meu padrasto contou-me que estavam na cama. Era muito cedo, é o mesmo fuso horário em Angola. ‘Beatriz, aquele é o Cláudio!’. Acho que a minha mãe gritou ‘o meu filho na televisão!’. Eu combinei com a minha namorada que, no dia em que me estreasse, ela ligaria à minha avó, à minha mãe e à minha irmã, e a alguns amigos mais próximos. Preferi assim porque eram muitas opiniões que podia receber e acho que, naquela altura, devia concentrar-me no trabalho que tinha que fazer e no que o Rodrigo me dizia.

Não faço a mínima ideia do que é estar na sua posição naquele dia mas suponho que, para alguém que queira estar só a fazer o seu trabalho e ter o peso de ser o símbolo de alguma coisa, deva ser algo incomensurável.
Sim, até porque, das muitas mensagens que recebi, era quase como se fosse um role model [exemplo], ou como se estivesse a representar… eu entendo, aceito mas é muito peso para um rapaz de 27 anos na altura. Óbvio que represento mas o peso não pode ser só sobre os meus ombros. A responsabilidade de não falhar passa por aí.

Tentar não falhar para não desiludir quem me está a ver.

"Se eu não tivesse rastas tinha carapinha, também era diferente"

Fale-me do seu percurso na SIC.
Vim para a SIC como estagiário, comecei no site da SIC Notícias. Lembro-me de que, no primeiro dia, a Sandra [Varandas, editora do online da SIC Notícias] me perguntou o que é que eu gostava de fazer. Eu disse que gostava muito de desporto e de, um dia, ter algum acesso ao estúdio, talvez como pivô. Mas disse assim por dizer. Em junho ou julho, a Sandra veio falar comigo e disse que o Rodrigo viria falar comigo por causa da formação de pivôs. E eu disse ‘como assim?'. Ela contou-me que, depois de ter tido essa conversa comigo, no primeiro dia de estágio, foi logo falar com o Ricardo Costa. Um dia estava a trabalhar, o Rodrigo veio ter comigo. Sinto assim um toque no ombro e ele diz ‘chega aqui’, com aquele ar muito autoritário.

"Se eu não tivesse a capacidade, não estava no lugar onde estou"

Muito Rodrigo.
Sim [risos]. Foi giro porque ele já sabia algumas coisas, que eu tinha internacionalizações. O Rodrigo jogou râguebi no CDUP [Centro Desportivo Universitário do Porto]. Sabia que eu continuava a jogar e disse-me que tinha escolhido um grupo para fazer a formação. O mais engraçado é que, do grupo, todos já trabalhavam na SIC menos eu, que continuava a se estagiário. Isso ainda foi mais pressão sobre mim. O não falhar esteve sempre ali muito de perto.

Cláudio França pivô SIC Notícias
créditos: Ana Rita Gonçalves / MAGG

Durante a formação, quando é que o tema de ser um homem negro com rastas vem à conversa e falam sobre o facto de isso ir ser comentado?
Acho que foi sempre muito natural. E foi importante por parte do Rodrigo deixar-me à vontade pelo facto de ser black, pelo facto de ter rastas. Para me pôr à vontade e pôr os outros à vontade, ele começa a dizer: “No dia em que vocês se estrearem, passam no guarda-roupa, na maquilhagem. A Nelma na maquilhagem, um bocadinho de cabeleireiro, o Diogo não sei quê…”. E, depois, olha para mim e diz: “É pá, não sei mesmo o que é que vamos fazer contigo” [risos]. É engraçado porque ele sempre me pôs muito à vontade. O tema de ser preto acho que era simplesmente pela visibilidade e por o que é que isso me poderia trazer: o discurso de ódio ou o aproveitamento, ou o facto de a SIC…

… de poder ser visto como um token [símbolo]?
Exatamente. Isso nunca me passou pela cabeça e nunca lhes passou pela cabeça. Se eu não tivesse a capacidade, não estava no lugar onde estou. E acho que o Rodrigo sempre foi muito sincero comigo quando me disse, e houve fases da formação em que eu senti que não era capaz, ou que queria desistir. Porque foi mesmo muito complicado.

Porquê?
Foi desafiante. O Rodrigo treina-nos para o erro e treinar para o erro é ainda mais difícil. Eu nunca tinha sido desafiado como fui e é completamente diferente treinar num campo de râguebi e treinar num estúdio. A pressão é completamente diferente. A partir do momento em que ele se apercebia que nós estávamos a chegar ao ponto em que nos podíamos encostar, não. É ler o teleponto e ele poder desligar-se a qualquer momento, é estarmos num direto e deixarmos de ouvir o jornalista que está a falar connosco. Essa foi a parte mais importante da formação. Um dos dias mais desafiantes que tive, na “Edição da Manhã”, foi numa fase de desconfinamento em que tivemos uns 13 diretos. Nós contamos sempre com o apoio da régie mas nós somos quem aparece à frente. Se há um erro, o erro é associado a nós. Nesse dia mandei uma mensagem de agradecimento ao Rodrigo pela forma como nos formou. Aí chegamos à conclusão de que ‘ok, faz sentido a forma como ele me está a preparar’. 

O que vimos no seu dia de estreia foram muitos elogios, notícias sobre ter sido um momento histórico na televisão portuguesa. Mas houve mensagens de ódio? É que se houve, eu não vi.
Eu não recebi nenhum feedback negativo. Sei de pessoas que receberam, do género ‘tu és amigo desse gajo’, e coisas desse género. Sei de pessoas que viram mas eu nunca vi nada. Isso deixa-me bem, significa que as pessoas estão abertas a receber uma pessoa diferente. Não há que esconder que sou diferente simplesmente por ser preto ou por ter rastas. A falta de hábito das pessoas é que lhes causa estranheza. Isso nota-se muito com os bebés. Eu, pelo menos, noto. Dá para perceber quando uma criança está aberta ou quando os pais estão abertos a outro tipo de ambientes. Os bebés quando olham para mim e choram ou ficam assim com um ar mais (risos)...

Embora a estranheza das crianças seja ingénua.
Sim. Quando em casa o ambiente não é muito aberto a outro tipo de cultura, acho que isso é passado às crianças.

Cláudio França pivô SIC Notícias
créditos: Ana Rita Gonçalves / MAGG

Mas a representatividade na televisão, e o facto de estarmos tão expostos a ecrãs também tem essa influência. O Cláudio optou por continuar a usar rastas que é algo que não é muito comum, apesar de estarmos habituados a ver pessoas negras na televisão.
Há outra história engraçada. A minha avó, quando eu vim estagiar para a SIC — a minha avó trata-me por Francinha — disse-me: “ai Francinha, vais estagiar para a SIC com esse cabelo?”. E eu disse “'vó, é o meu cabelo!”. Para mim não tem resposta. É perfeitamente normal mas para ela não é porque tem muito aquela mentalidade do colonialismo e fazia-lhe muita confusão eu vir estagiar para a SIC [com as rastas].

Explique-me o que simbolizam as rastas para si.
É uma questão de ‘é pá, deixa-me experimentar’. Quando entrei para a faculdade fiz uma pausa no râguebi e experimentei. A minha mãe e a minha avó sempre a dizerem-me ‘o que é que estás a fazer?’... porque não? É um bocado por aí. Tenho porque gosto. Sei que as rastas estão muito associadas ao reggae mas porquê associar as rastas ou à droga ou a alguém que tem uma vida mais… boémia, sei lá? É cabelo! É só outro tipo de cabelo. Se eu não tivesse rastas tinha carapinha, também era diferente [risos]. 

A televisão é um meio onde chega muita pouca gente, brancos, negros, seja o que for. E depois também se movimenta no meio do râguebi, que também é elitista. Como é para si estar nesse meio, em que é muito mais do que a minoria, porque há muito poucos jogadores negros?
Eu jogo há 15 anos por isso… Sim, venho de um meio muito elitista. Ainda por cima jogo no Cascais, que é a elite da elite [risos]. Há os betos do Restelo e depois há os betos de Cascais [risos]. Mas sempre me senti parte da família. Nunca me senti afastado, nunca senti ‘ah, é um preto que vem jogar’. Talvez não me sinta assim porque jogo bem mas — e não sou o único preto no Cascais — todos se sentem bem.

Concordo com o facto de o râguebi ser um desporto mais elitista mas sempre me senti bem. Nunca me senti de lado.

"A forma mais fácil de as pessoas gozarem é discriminar. E sempre será assim"

Cresceu nas Caldas da Rainha que, apesar de ser uma cidade pequena, é mais cosmopolita do que as daquela dimensão. Alguma vez se sentiu discriminado?
Sim, [é] normal. Não tanto nas Caldas mas mais em Lisboa. Mas, como estou tão… como é que eu hei-de explicar isto? É um assunto sensível falar de racismo, embora eu fale abertamente sobre a situação. Acho que, como me passa tão ao lado, como a discriminação para mim não faz qualquer tipo de sentido, eu olho de uma forma mais ‘este gajo é que está a ser ignorante’.

Pode ser injusto para determinadas pessoas eu pensar assim mas essa é a forma de lidar. Aquela pessoa pode estar a rebaixar-me mas eu acho que essa pessoa é que é ignorante por não me conhecer, por não conhecer a minha cultura ou por achar que é mais do que eu. A situação mais estranha [que me aconteceu] foi estar no supermercado e ver que o polícia está exatamente ao meu lado, a ver as mesmas coisas que eu. E olho e rio-me! 

O Cláudio tem uma autoestima e uma confiança que o faz rir-se disso. Mas imagino que isso deva ser horrível para outras pessoas.
Claro que sim! Passa um bocadinho pela forma como eu lido. A forma que eu tenho de mostrar a força que tenho relativamente a esta situação é rir-me. É mostrar que a outra pessoa é ignorante. Já tive outras situações na minha família. A minha avó, ou a minha irmã, ou as minhas tias no liceu… porque as pessoas não conhecem, não sabem. Então a forma mais fácil de as pessoas gozarem é discriminar. E sempre será assim. A forma de se acharem superiores a mim é discriminar. Mas acho que isso só acontece, sinceramente, porque não conhecem a cultura. Passa um bocado por aí. 

A sua família está em Angola. Como tem sido gerir as saudades?
É complicado. Primeiro, porque já não vejo a minha mãe há dois anos. Mas já estamos a agilizar. Vou agora no Natal a Angola. A última vez que a vi foi em outubro de 2019, antes da pandemia. A minha avó é a única que vive cá porque nunca quis voltar. Depois tenho tias em Angola, na Suíça, em França. O hábito da distância faz com que consigamos suportar as saudades de outra forma. Mas é sempre difícil. Mãe é mãe.

Cláudio França pivô SIC Notícias
créditos: Ana Rita Gonçalves / MAGG

Já fez um ano desde que se estreou. Qual foi o momento mais difícil?
Talvez o dia anterior à estreia. A quinta-feira correu super bem e a sexta-feira correu super mal. Foi terrível! E foi duro ouvir as palavras do Rodrigo, a poucas horas de me estrear. 

O seu primeiro ano de experiência de pivô foi completamente atípico, porque coincidiu com a pandemia e com uma realidade noticiosa atípica. Acha que ter começado nestas condições lhe deu uma preparação diferente?
Acho que sim. Foi uma aprendizagem para todos porque ninguém sabia o que era viver em pandemia. E todo o avançar, recuar, com regras, sem regras, tudo isso nos deu muita bagagem para trabalhar. O trabalho que faço fora da “Edição da Manhã”, a reportagem na rua, tudo isso conjugado deu-nos, pelo menos a mim que comecei como estagiário e não estou na SIC há muito tempo, muitas ferramentas para trabalhar. 

Quem é que gostava de ter em estúdio para entrevistar?
O presidente de Angola.

Porquê?
Posso não responder? [risos]. Gostava só de saber como é que num país tão rico há tantas pessoas a passar fome.

Teria de entrevistar todos os presidentes de Angola.
Sim. João Lourenço e José Eduardo dos Santos. Entrevistava os dois.

Preocupa-o que os seus pais estejam num país que tem as questões que tem, não só em relação à gestão da pandemia mas também em relação a questões de segurança e desenvolvimento económico?
A minha mãe é enfermeira. Ela não quis vir porque era a altura da guerra colonial e um enfermeiro quer é estar ali a tratar dos feridos de guerra, como talvez um jornalista quer ir para um cenário de guerra reportar. Eu adorava que ela estivesse aqui mas eles não se veem a viver aqui. É a terra deles. É a mesma coisa que me pedirem para ir viver para Angola. Deixar amigos, deixar namorada, deixar as minhas raízes. Porque, apesar de ter raízes na cultura angolana, as minhas raízes de vida são portuguesas. Acaba por ser um bocadinho injusto mas… Eu sei que eles, lá, não estão mal.

O que é, para si, ter raízes angolanas?
Conhecer Angola, logo aí. Depois, a cultura da comida, da música, dos afetos, da família… a família tem um peso muito forte. E da mulher. A mulher angolana tem muita influência. 

É um matriarcado.
Literalmente! Quem mandava em casa era a minha avó, não era o meu avô [risos]! A cultura musical, com o semba, a kizomba… não a kizomba que se ouve em Portugal. Acho que se vê cada vez mais essa multiculturalidade, com Dino D’Santiago, com Branko, com Sara Tavares, com todos esses artistas. A comida… a um sábado à tarde, a minha avó começa a cozinhar às seis da manhã, almoça-se às três, e tudo isso é um evento da família em casa, das histórias. O meu avô já morreu mas lembro-me de um sábado à tarde, um almoço. A comida africana é pesada, o meu avô punha a musica no aparelho e ouvia semba na sala, e dançavam só os dois. Lembro-me de nós, putos, a falarmos, rirmos… a cultura é um bocado isso e não se perdeu. Mesmo estando cá, a minha avó nunca perdeu esse bocado de cultura.

Sendo a família angolana matriarcal, qualquer mulher que entre na família tem de ter a aprovação de todas.
Não digo aprovação mas sim, há sempre aquela coisa de querer conhecer a namorada, a família. Em Portugal não há tanto essa pressão. Dos pais da minha namorada, com quem me dou super bem, nunca houve aquela pressão de ‘ai, temos de conhecer os pais do Cláudio’. Enquanto da minha família houve… das minhas tias! Isso é muito cultural. Em Angola chama-se o alambamento, em que o noivo vai a casa dos pais da noiva, leva as ofertas e é cultural os pais da noiva fazerem uma lista. A minha família não tem isso porque já tem uma cultura mais europeia mas ainda se notam aqueles restinhos de cultura. Isso é engraçado de perceber.

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Quem são as suas referências?
O Rodrigo Guedes de Carvalho é a minha grande referência. Porque já estamos habituados à voz, à presença do Rodrigo há muitos anos. Foi sempre aquela pessoas que nos habituámos a ver em casa, à hora do jantar. E foi a primeira figura, aquela figura imponente, que eu vi nos meus primeiros dias de estágio. Acho que ter a formação com ele fez-me perceber que ele está muito à frente.

O que é estar muito à frente?
É saber muito!