O terceiro episódio de “Pesadelo na Cozinha” levou Ljubomir Stanisic até à Marinha Grande. Desta vez, o problema que estava a levar o restaurante O Histórico à ruína foi identificado logo por Leonel, o proprietário. O que estava a falhar não eram os pratos, não eram alimentos mal confecionados ou outros problemas de maior dimensão – o drama maior era a demora no serviço e uma falta de organização na cozinha.
Quando a MAGG esteve no restaurante, Leonel disse saber o porquê desta demora e mostrou-se receoso pelas imagens que iriam ser exibidas este domingo, 15 de dezembro. Referiu que as limpezas eram um ponto fulcral no negócio, mas que, nos dias de gravação, se desleixou nesse sentido por não o deixarem entrar no estabelecimento.
Ora, à falta de organização e demora no serviço, Ljubomir Stanisic adicionou ainda a falta de limpeza e higiene na cozinha e pouco conhecimento culinário por parte do cozinheiro. Mas este terceiro episódio teve isto e muito mais. A MAGG selecionou os melhores momentos, dos mais fofinhos e os mais tensos, e as personagens preferidas. Ora veja.
O pior do restaurante
A espera dos clientes. Por não ter uma clara organização, Leonel demora muito a entregar os pratos pedidos pelos clientes. Aliás, num primeiro momento, um conjunto de pessoas sentou-se à mesa e pediu arroz de marisco. Por não se conseguir organizar, o proprietário foi à mesa perguntar se não queriam outra coisa porque não tinha os ingredientes preparados. A demora no serviço é mesmo uma das críticas mais recorrentes dos clientes e do próprio chef Ljubomir Stanisic – que no primeiro dia esteve quase uma hora à espera para ser servido.
O melhor do restaurante
A decoração. Por ter aberto em fevereiro deste ano, o espaço já estava remodelado e bem decorado. A equipa do “Pesadelo na Cozinha” pouco mudou a decoração — apenas apostou em tons mais claros e linhas mais modernas, mas nada de grandes transformações. Esse foi o grande ponto forte do restaurante.
De quem é que gostámos mais
Maria Clara, a ajudante de cozinha. É uma pessoa prestável, ponderada e sempre disponível para aprender. Como Leonel já tinha dado a entender à MAGG, é ela que se torna a protegida do chef. Em situações de mais stresse, mantém a calma e é discreta – todas as qualidades necessárias para levar o restaurante para a frente. “O chef é uma pessoa muito simpática”, disse a certa altura.
De quem é que gostámos menos
Vânia, a mulher de Leonel. Existiram duas situações que fizeram com que ficássemos de pé atrás com Vânia: primeiro, intrometia-se nas conversas entre Ljubomir e Leonel. O marido repreendeu-a dizendo-lhe que precisava do chef para dar a volta ao restaurante. A outra situação prendeu-se com a confusão que fez entre os pratos, o que levou a que fosse Leonel a assumir essa parte. Mostrou-se pouco confiante no seu trabalho e às vezes atrapalhou mais do que ajudou.
O prato da polémica
Não foi tanto um prato, mas mais os molhos de Leonel. Começou logo mal quando o proprietário serviu ao chef um bife com ‘o molho à Leo’. Ljubomir não só não gostou como mandou para trás o molho. Leonel defendeu-se e explicou que o molho só funciona quando é comido juntamente com a carne. Mas as críticas estavam longe de acabar. Já na cozinha e depois de ter cozinhado uns bifes, Leonel voltou a colocar natas numa frigideira com as peças de carne. Depois, deitou-lhe um vinho do Porto e a cara de Ljubomir disse tudo: o chef não gostou e disse mesmo que o proprietário assassinou a carne e o próprio molho.
O momento mais WTF
O chef bósnio ter comprado meias no restaurante. Enquanto esperava pelos pratos do dia, apareceu uma senhora no restaurante a vender meias. Ljubomir Stanisic acabou por negociar e comprar um par de meias à mulher que não foi identificada neste episódio. Poucos minutos depois, o chef foi mesmo filmado a mudar as suas meias.
O momento mais violento
Já com Ljubomir dentro da cozinha, e com o serviço a decorrer, o chef e Vânia protagonizaram o momento mais tenso do programa. Devido a uma falha de comunicação, Vânia disse levar o pedido para uma mesa e o chef disse que estava a preparar a refeição para outra. “Levas primeiro isto para a mesa 7 e depois voltas para falarmos”, ordenou Ljubomir, enquanto dava socos a si próprio. A certa altura, começou mesmo a esmurrar a mesa que se encontrava à sua frente. “Vai ajudar a tua mulher na sala se faz favor”, atirou a Leonel.
Quando Vânia regressou à cozinha, a confusão com os pedidos continuava — o que não agradou a Ljubomir. “Estamos a perder dinheiro, clientes e paciência”, acusou novamente. Como viu que a empregada de mesa não lhe ia pedir desculpa, Ljubomir pediu ao câmara para lhe pedir desculpa e dizer que tinha cometido um erro. “É o mínimo”.
O momento mais fofinho
Quando Ljubomir ofereceu o livro “O Livro do Pantagruel”. Depois dos momentos mais tensos, de uma nova decoração, e de uma nova carta, o chefe bósnio ofereceu a Leonel o livro. “Dei-lhe um abraço porque quis demonstrar que ele foi muito importante nesta fase da minha vida”, revelou o proprietário. “Este livro vai ficar no meu coração”. À MAGG adiantou ainda que a produção lhe tinha revelado que este tinha sido um gesto único – já que teria sido a primeira vez que o chef tinha oferecido a alguém aquele livro.
O que falha na higiene do restaurante
À MAGG, Leonel Carvalho mostrou-se preocupado com as limpezas. Garantiu que era uma coisa que fazia recorrentemente e mostrou-se receoso das imagens que poderiam passar no programa. O que o programa mostrou foi o contrário do que o proprietário disse. No primeiro dia ao jantar, o chef descobriu uma frigideira com restos de comida na despensa – onde a filha de Leonel estava a cortar pão. Para além disso, raspou diversos equipamentos de cozinha, entre fogão e fritadeira, e viram-se vários bocados de frituras antigas.
Quem disse mais palavrões?
Esta resposta não pode ser uma novidade. Quem disse mais palavrões foi Ljubomir, claro. Contámos 39.
As frases mais engraçadas
“Será que estou a precisar de umas meias? Será que a senhora estava a vender meias? São bonitas? Posso ver? Faz-me a seis euros o pacote todo?”, perguntou Ljubomir a uma mulher que entrou no restaurante para vender meias.
“Tenho outro nome para este restaurante o ‘Pré-Histórico’”, disse Ljubomir depois de ter almoçado no restaurante.
“A cozinha é como o sexo, é deixar fluir”, voltou a frisar Ljubomir.
“O Leo é a pessoa que tem sempre resposta a qualquer pergunta que eu possa fazer. Para todas as questões contactem o Leo”, disse o chef enquanto te abraça a Leonel.
“Já percebi tudo”, disse o chef. “Isto é um programa para os apanhados, não é?”.
“Quantos tomates vai precisar?”, perguntou Leonel ao chef. “Para 30 pessoas, os teus e os meus chegam”, responde Ljubomir.