Ainda não tinham passado duas horas desde que Pedro Soá tinha abandonado a casa da Ericeira e já o ambiente tenso e pesado que se sentira tinha desaparecido. Os concorrentes soltaram-se, pareceram genuinamente mais tranquilos, alegres, brincalhões, talvez só à exceção de Daniel Monteiro, que continuou meio carrancudo. Nem mesmo as cervejas oferecidas pela produção o fizeram soltar-se.

Ainda na noite de terça-feira ficou a conhecer-se o novo líder da casa: Sandrina. “Acho [a decisão] magnífica. Finalmente vou voltar a assistir ao Big Brother cá dentro”, disse Diogo sobre a nova líder da casa. Quando questionado sobre o porquê daquela afirmação respondeu simplesmente: “Porque ela a comédia em pessoa e vai ter a liberdade para fazer tudo o que lhe apetece e eu vou-me rir com tudo o que ela me diz”. Esta decisão parece ter agradado a todos os concorrentes que estavam a brincar com a concorrente de Moura. Um ambiente mais leve do que aquele quando Pedro Soá era líder.

Mas se isto foi logo na noite em que o líder dos kamikaze foi expulso, esta terça-feira, 26, como é que foi ao longo das 24 horas seguintes, as primeiras sem o participante mais agressivo e controlador?

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O novo dia trouxe as mesmas conversas para o centro da mesa – já que Sandrina quis falar com todos os concorrentes sobre a organização da casa. Ao contrário do ex-líder, a concorrente de Moura manteve-se calma e tentou ouvir todos os concorrentes e as suas opiniões. O único testemunho mais reativo – que não foi sequer semelhante igual demonstrado por Soá – foi o de Renato.

“Em qualquer dia vou passar dos limites. Eu estou aqui a tentar dar-me bem com toda a gente. Rio-me, falo sempre com todos, faço tudo para vos agradar, portanto quero que vocês me compreendam melhor porque estarem sempre a dizer-me ‘faz isto, faz aquilo’ não aguento”, disse a Sandrina. Mais uma vez, fê-lo sem levantar a voz e sem agressividade. Os restantes concorrentes falaram, expuseram a opinião e não se gerou 1/10 da discussão que culminou ontem com a expulsão de Soá. Afinal é possível ser-se líder sem ser agressivo e achar que se manda na casa.

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O grupo parece agora muito mais unido e sem as rivalidades perpetuadas pelo ex-concorrente. Exemplo disso foram as palavras de Pedro Alves para Sandrina. “Estou muito orgulhoso de ti”, disse à concorrente. “Tinha uma imagem de ti, que eras uma brincalhona mas quando tiveste de assumir, assumiste e muito bem. Estou a gostar bastante”.

O único ponto de discórdia foi mesmo a situação das camas. Os concorrentes estão desde domingo a dormir no chão depois de Iury ter preferido esta situação e ter salvo Hélder de uma nomeação. Assim, o cansaço por não poderem dormir nas camas começa a acumular-se. Ainda assim, as trocas de pontos de vista são feitas com educação.

O restante dia foi passado a fazer várias atividades para as Olimpíadas do Big Brohter. Antes de o campeonato entre a equipa vermelha e azul começar os concorrentes quiseram destacar que o jogo devia ser levado com calma. Ainda que existisse competição e algum despique, os concorrentes explicaram que a competição tem de ser saudável sem que os colegas se chateiem ou que se magoem. Foram vários os que apelaram levar as provas na brincadeira. E foi exatamente isso que aconteceu.

Os concorrentes uniram-se e fizeram várias provas. O denominador comum? A entre-ajuda e a brincadeira constante. A casa mudou, é outra, renasceu, voltou à inocência dos primeiros dias. Até quando?