No passado mês de janeiro, demos a notícia de que 2025 ia ser o ano em que ia estrear “uma das melhores séries desta década” - e foi nesta quarta-feira, 30 de abril, que chegou à Netflix. “El Eternauta” é a mais recente produção da plataforma de streaming que promete ser um autêntico sucesso em todas as casas, não querendo deixar ninguém indiferente quanto à sua história emocionante e radical. 

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Foi a própria Netflix que considerou “El Eternauta” a promessa de 2025, e a “Time Out” até confessou que a nova produção parece ser uma versão américo-latina da famosa “The Last of Us” da MAX. No entanto, esta não é baseada num videojogo, e sim numa banda desenhada de 1957. Escrita por Héctor G. Oesterheld e com ilustração de Francisco Solano Lopez, “El Eternauta” foi saindo na Argentina até 1959, sendo, em 2015, toda a obra reunida num só volume. 

E o sucesso da banda desenhada é brutal. Considerada uma obra envolvente onde a sua arte a preto e branco a torna “extremamente realista”, como explica a revista inglesa, a narrativa segue um drama bastante tenso e distópico, tendo feito com que todos os seus leitores ficassem completamente vidrados no seu conteúdo. Agora, a Netflix espera que os seus subscritores também fiquem, uma vez que esta é uma das suas grandes apostas para o ano de 2025. 

Mas sobre o que fala, afinal, “O Eternauta”? Protagonizada por Ricardo Darín, a série segue a história de um grupo de amigos que são surpreendidos ao perceber que, em Buenos Aires, em pleno verão, começou a nevar, mas rapidamente perceberam que não se tratava de neve: era, sim, um químico que, ao tocar nas pessoas, as matava em poucos segundos. O misterioso nevão mortífero tirou assim a vida à maioria da população, deixando milhares de pessoas retidas e sem qualquer rumo. 

Assim, Juan Salvo (Darín) e os amigos dão por si numa luta desesperada pela sobrevivência, cuja situação ganha novos contornos quando descobrem que a tempestade de neve tóxica é apenas o primeiro ataque por parte de um exército alienígena que está a invadir a Terra - daí existir a pequena hipótese de se parecer com “The Last of Us”, apesar de as histórias serem completamente diferentes. A única forma de todo o grupo sobreviver é unir esforços e lutar, uma vez que ninguém conseguirá enfrentar sozinho a tempestade. 

A narrativa pretende ser, além de científica e de ficção, “absolutamente dramática”, contando uma história de sobrevivência a partir do ponto de vista de alguém igual a todos os outros, que precisa de uma máscara para respirar e de várias camadas de roupa vestidas para conseguir sair à rua. Além disso, o objetivo de Héctor G. Oesterheld não foi andar constantemente a colocar aliens no ecrã das pessoas, e sim “brincar com o medo existencialista” que cada um pode ter dentro de si, segundo a “Time Out”.

Veja as fotos de "O Eternauta".