Uma das produções mais aguardadas do ano chegou à Netflix - e, como era de esperar, conquistou tudo e todos. "Frankenstein", a visão de Guillermo del Toro sobre o clássico de Mary Shelley, não só dominou o top mundial da plataforma como já conta com 95% de aprovação no "Rotten Tomatoes", tal foi o seu sucesso. Deslumbrante, devastador e interpretado por um elenco de luxo, o filme confirma aquilo que muitos já esperavam: é mesmo uma grande produção. 

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Em “Frankenstein”, Guillermo del Toro transporta todos os espectadores para a Europa do século XIX, em plena Guerra da Crimeia, onde Victor Frankenstein (interpretado por Oscar Isaac), um cientista genial e egocêntrico, vê as suas ideias ridicularizadas pela comunidade científica. Obcecado por ultrapassar os limites da criação, o homem acaba por dar vida a um ser feito de pedaços de corpos deixados em batalha, mas aquilo que o move (a vontade de ser um Deus) transforma-se rapidamente numa maldição.

“Ele é um artista incompreendido, e isso leva-o a provocar”, confessou o ator ao “Tudum”. “Quando o Victor entra no laboratório pela primeira vez, ele imagina-o como um palco, não como um laboratório”, acrescentou. Jacob Elordi, por sua vez, entregou-se à dor da Criatura, um ser que acordou para o mundo com um coração humano e consciência própria (ao contrário do que queria Victor). Desta forma, o embate entre os dois é o motor da produção, que se foca numa relação tão intensa quanto contraditória.

“Senti que este papel chegou até mim num momento em que eu precisava de me reconstruir como uma nova pessoa, exatamente o percurso da Criatura”, explicou o ator. Mia Goth também faz parte do elenco, e a atriz brilha em dois papéis: Elizabeth, a mulher dividida entre o amor e o medo, e Claire Frankenstein, a mãe cuja morte lança os filhos numa espiral. “Senti que estava realmente ligada à personagem quando vesti os figurinos e entrei no cenário”, partilhou a atriz.

O meu livro favorito é ‘Frankenstein’. Está cheio de perguntas que queimam na minha alma”, disse Guillermo del Toro também ao “Tudum”, explicando que quis muito que o filme “testasse os limites de cada ofício no cinema”. “Há cenários gigantescos, adereços imensos e um guarda-roupa complexo. Quis que parecesse um filme antigo, feito na era dourada de Hollywood”, acrescentou. Assim, é possível perceber, mesmo para quem ainda não viu o filme, que é digno de uma boa sessão de cinema. 

Desta forma, “Frankenstein” promete falar sobre criação, culpa e identidade, com um espetáculo visual à antiga que faz a seguinte pergunta: afinal, quem é o monstro nesta história? Ao trio principal juntam-se Felix Kammere, Lars Mikkelsen, David Bradley, Christian Convery, Charles Dance e Christoph Waltz. “Espero que o público sinta algo. ‘Frankenstein’ não é um filme para se ver de forma passiva”, rematou Jacob Elordi.

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