São Tomé e Príncipe é um paraíso ainda descoberto por poucos. As praias são paradisíacas e as águas convidam ao mergulho, os locais são hospitaleiros e ajudam a descobrir a ilha, e existem recantos na cidade e nas comunidades prontos para serem descobertos e admirados. Mas há (muito) mais.

A ilha de São Tomé oferece história, comida típica, chocolate e um sem fim de atividades para fazer, das mais turísticas até às mais locais. Se planeia visitar a ilha, tome nota dos conselhos de quem lá vive. Dos mais aos menos turísticos, existem sítios que não deve deixar de visitar. Da roça do Monte Café, às plantações de cacau, descubra o que tem mesmo de fazer.

1. Comer peixe num dos restaurantes da ilha

Osvaldo tem 40 anos e já trabalhou na pesca

Osvaldo Boa Morte, 40 anos, faz visitas à ilha e acompanhamento de turistas há 10 anos, mas antes trabalhava na pesca. Talvez por isso nos tenha recomendado vários restaurantes de peixe na ilha. Nascido em São Tomé, Osvaldo garante que a ilha oferece uma grande diversidade em todos os sentidos. “É uma ilha pequena mas vale a pena ver tudo”, diz-nos orgulhoso. Dos melhores restaurantes destaca o “Filomar”, o “Pirata” e ainda a “Tita Tete”. Diz que se deve pedir peixe, porque é das melhores coisas que a ilha tem para dar. Só não diz que é o melhor peixe da ilha, porque o melhor é mesmo é aquele que é feito em sua casa.

2. Descobrir os frutos que a ilha tem para oferecer

João é agricultor e na sua pequena parcela de terra cultiva cacau

João Brito é agricultor, tem 44 anos e encontrámo-lo a desbravar o mato na sua parcela de terra, que fica no distrito de Santo António, perto da roça de Águaizé. Lá cresce o cacau que depois é vendido por 10 dobras (perto de 40 cêntimos), se for comprado em goma, ou por 20 dobras (perto de 80 cêntimos), se for comprado seco. João encontra-se a tratar do seu terreno por causa da infestação de ratos que lhe destroem a plantação. Com a terra desbravada, os ratos deixam o cacau em paz. O agricultor nascido em São Tomé destaca as plantações de cacau como um dos pontos que deve conhecer. O cacau e as várias árvores que dão os vários frutos consumidos na ilha: da banana à fruta-pão, existem muitos frutos a experimentar.

3. Experiência gastronómica no restaurante do chef João Carlos Silva

O chefe João Carlos Silva faz questão de se sentar à mesa com os clientes do restaurante

João Carlos Silva não é um nome desconhecido para a população portuguesa. Chef conhecido em Portugal e São Tomé, nasceu na roça Dona Augusta em 1956. É proprietário da roça de São João e é lá que tem um restaurante onde os pratos são uma experiência gastronómica e não perder. Quem o diz é o próprio chef. Quanto a lugares preferidos não tem dúvida: “O meu lugar da ilha preferido é mesmo esta roça”. Foi aqui que criou o seu restaurante onde trabalham jovens provenientes da roça de São João. Ali aprendem o ofício da restauração e são muitos os que saem para criar o seu próprio restaurante. Para além do espaço com uma vista incrível e uma seleção de produtos provenientes da ilha, existe ainda uma pequena galeria de arte sobre o o rei Amador – um escravo que se autoproclamou rei.

4. Conhecer a produção de café na roça Monte Café

Jejé tem 29 anos e viveu toda a vida na roça Monte Café

Esta sugestão vem do próprio trabalhador da roça. Jejé Lima tem 29 anos, nasceu nesta roça e trabalha com os turistas que todos os dias chegam à comunidade para conhecer os meandros do tratamento do café. No Monte Café podemos ver o café em estado bruto e conhecer todo o processo até o termos embalado e pronto para trazer para Portugal. Para além de conhecer esta produção, aproveite para conhecer as pessoas que lá vivem.

Para Jejé Lima, além desta roça existe outra que deve conhecer: a roça Diogo Vaz. “Está quase intacta, a maior parte das coisas não desapareceu e, nesse sentido, a roça Monte Café e a roça Diogo Vaz são semelhantes”, garante um dos guias da roça Monte Café à MAGG.

5. Conhecer a comunidade de São João de Angolares

Em Angolares o clima de festa é uma constante

“Há bares, festa e muito ritmo”. É assim que Dora Ponte, de 21 anos, começa por descrever a comunidade de Angolares. Este é o sítio preferido da ilha para a cozinheira que trabalha em hotéis há quatro anos. Conta-nos que é um sítio giro para os turistas irem e o mais importante é mesmo mergulhar na cultura. Fale com os locais, aprenda a fazer tranças e conheça as danças típicas da ilha com as mulheres que estão sempre dispostas a ensinar.

6. Descubra o Ilhéu das Rolas, em especial a Praia do Café

No ilhéu das Rolas poderá descobrir várias praias com paisagens idílicas

O Ilhéu das Rolas é um sítio obrigatório para quem visita São Tomé. Fica a 15 minutos de barco da ilha e oferece uma experiência única. No ilhéu existe um único hotel que fica em cima de uma praia, mas segundo Vanderley Andrade, 22 anos, o melhor mesmo é explorar as restantes praias que o ilhéu tem, em especial a Praia do Café. Nascido na cidade de São Tomé e criado no Ilhéu das Rolas, Vanderley assume que esta praia é a sua preferida: “Há quem goste de almoçar na praia e depois é possível observar os peixes que por lá andam”, conta. Na praia do café trepa ás árvores para oferecer água de coco aos turistas que passam. “Sou o melhor trepador da ilha”, confidencia-nos em tom orgulhoso. Para além de trepador, Vanderley é ainda guia turístico, padeiro e criador de porcos.

*A MAGG viajou para São Tomé a convite da Soltrópico, da TAP Air Portugal e do grupo Pestana.

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