Há 12 novos hotéis na exclusiva associação francesa e um deles é português. Trata-se do Vermelho, hotel fundado por Christian Louboutin (sim o criador dos famosos sapatos de sola vermelha, que se apaixonou por Portugal e decidiu investir na costa alentejana).
A celebrar 70 anos em 2024, a Relais & Châteaux é uma associação que distingue hotéis e restaurantes com propriedade e gestão independente (a maioria familiar) e que oferecem serviços de proximidade e exclusividade aos clientes. Para um hotel ou restaurante se tornar membro da associação, deve cumprir uma série de requisitos, como "proteger e promover a riqueza e diversidade das tradições culinárias e de hospitalidade". Estes estabelecimentos têm também de ter práticas e valências que protejam a herança local e o ambiente.
O Vermelho é o 13º estabelecimento português a juntar-se a esta exclusiva associação, que conta com quase 600 marcas, espalhadas pelo mundo. Na galeria abaixo, pode conhecer os 12 membros portugueses da Relais & Châteaux.
Luxo à portuguesa (bacalhau incluído) na costa alentejana
Aberto há um ano, o Vermelho tem 13 quartos, entre os quais 10 suítes. Fica em Melides, freguesia do concelho de Grândola conhecida pelas suas praias de areias douradas e ambiência selvagem, entre a frescura da costa e o calor da paisagem alentejana.
Christian Louboutin tem uma relação de amor com Portugal de quatro décadas, e escolheu Melides para o seu primeiro investimento turístico no País. O Hotel Vermelho tem uma decoração marcadamente portuguesa, assinada por Madalena Caiado, visível tanto no edifício como nos pormenores de decoração. Dos azulejos às antiguidades, do mobiliário às tapeçarias, passando pelos frescos e pelos tecidos usados nos quartos e zonas comuns, não há pormenores deixados ao acaso e todas as peças foram escolhidas a dedo.
"Tipicamente portugueses, mas inspirados pela cor preferida de Louboutin, os azulejos vermelhos que revestem o pavimento do bar foram produzidos na famosa fábrica Azulejos de Azeitão. O hotel foi também decorado com mobília, antiguidades e objetos da coleção privada do proprietário", pode ler-se em comunicado. Os 13 quartos e suítes dividem-se em cinco tipologias: Vista Verde, Vista Verde com Varanda, suítes Júnior, Jardim Português e a mais cara do hotel, a Suíte Matinha, com 84m2.
Também é possível desfrutar de "uma gastronomia portuguesa cheia de sabor, tipo bistrô, usando ingredientes locais" no Xtian, o restaurante do Hotel Vermelho. O menu inclui opções salada de espargos com ovo escalfado (16€), salada de polvo do sudoeste (19€), A nossa caldeirada de bacalhau (28€), garoupa à bulhão pato (34€), o pato e o arroz (28€), bochecha de novilho ao vinho tinto (34€) , opções vegetarianas como caril de grão de bico e batata doce (22€) ou risoto de cogumelos selvagens (24€). Sobremesas, pelo menos de acordo com o menu disponível no site do hotel, não há.
Nas áreas comuns do Hotel Vermelho há um lounge indiano, um espaço que promete transportas os hóspedes "para o outro canto do mundo", jardins com vegetação indígena, piscina e ainda um espaço de bem estar e massagens onde é possível fazer vários tratamentos faciais e corporais, com diferentes objetivos, desde o relaxamento à energização, passando por massagens específicas com técnicas Ayurveda (ramo da medicina de origem hindu com 5000 anos de história).
De acordo com simulação no site para o fim de semana de 23 e 24 de março, o preço por noite começa nos 406€ (Vista Verde) e vai até aos 770€ (Suíte Matinha).
