Esta terça-feira, 17 de janeiro, a easyJet anunciou cinco novas rotas para o verão de 2023, a partir de Lisboa, Porto e Faro: Nápoles, Glasgow, Barcelona, Toulouse e Palermo. Na mesma conferência de imprensa, falou-se sobre o estado atual da companhia aérea em Portugal.
"É o inverno mais movimentado de sempre da easyJet em Portugal, e também vamos ter o verão mais movimentado de sempre. Iremos fulminar o recorde que já tínhamos batido no ano passado", acredita o diretor geral da easyJet em Portugal, José Lopes, que avança que a empresa pretende apostar na "diversificação de destinos a preços acessíveis".
Apesar de a easyJet não ser "uma companhia ultra-low cost", José Lopes garante que irão "continuar a estimular o mercado com preços extremamente apetecíveis". "Num mercado onde estamos a crescer três milhões de lugares, seria um contrassenso aumentar os preços", crê. "O meu pedido para os hoteleiros é que, tal como nós, não estiquem os preços", acrescenta.
Com os "vários processos a decorrer na organização de slots", a marca britânica decidiu "aproveitar as oportunidades todas já", de modo a "criar mais capacidade". Em outubro, a easyJet passou a operar no Terminal 1 do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, devido às alterações das quotas de mercado das companhias aéreas, o que resultou num crescimento.
O rescaldo da pandemia e as metas para o futuro
A companhia aérea britânica conta agora com 11,2 milhões de lugares a partir de Portugal, tendo criado 25 novas rotas nos últimos meses, e totalizando 89. "Este aumento diversifica muito mais a panóplia de rotas que oferecemos e irá permitir que mais portugueses possam escolher as suas férias usando a easyJet", apontou o diretor geral da easyJet em Portugal.
Ainda assim, "a procura ainda não está onde estava" pré-Covid 19. "A Madeira foi, durante a pandemia, o aeroporto onde a easyJet cresceu brutalmente. Foi o mercado em Portugal que melhor se adaptou à pandemia. E logo a seguir o Porto", acha José Lopes.
"Estamos a sair da pandemia com uma posição no mercado muito mais forte do que a que tínhamos antes, aproveitando as oportunidades únicas que nos surgiram e que nos vão dar uma vantagem brutal para os próximos anos", afirma o responsável pela empresa a nível nacional.
Para os próximos tempos, a companhia vai focar-se em "apostar em aviões tecnologicamente mais avançados", para continuar a traçar o caminho para atingir o Net Zero em 2050 (o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera).
Querem "chegar a uma indústria que use hidrogénio, eletricidade ou outra tecnologia que surja" e que permita "na aviação, vir a ser limpos". "Esse tem de ser o objetivo da indústria", para José Lopes. Como se trata de uma empresa "extremamente sólida" a nível financeiro, a easyJet consegue ter "uma boa situação defensiva" perante o aumento do preço dos combustíveis.
Esta low cost ambiciona tornar-se "a companhia mais amada em Portugal". "Orgulhamo-nos de ser a companhia preferida dos nossos emigrantes", diz José Lopes, referindo que "mais de 80%" dos passageiros voltam a voar com a easyJet. "Normalmente, as companhias aéreas ficam na memória quando algo corre mal. É isso que queremos evitar a todo o custo", assegura o diretor geral da easyJet em Portugal.