A Ryanair foi considerada a companhia mais suja a operar no Reino Unido, com 58% dos passageiros a classificarem a limpeza da low cost como má.
O inquérito dirigido pela revista inglesa "Which? Travel" incluiu a avaliação de oito mil passageiros. Em média, um em cada 10 inquiridos considerou que a limpeza era positiva em 42 companhias aéreas. A discrepância face ao caso da Ryanair é evidente, com apenas 42% dos inquiridos a votaram positivamente neste critério.
Mas não foi só considerada a opinião do grupo de inquiridos. Uma inspetora da mesma revista de viagens visitou estes aviões e, de acordo com o "Daily Mail", limpou com uma esponja vários locais do lugar do passageiro, incluindo o apoio para as mãos ou o encosto para a cabeça. No caso da Ryanair, esta esponja ficou notoriamente suja, tendo o material sido colocado num saco de plástico para servir de prova.
O mesmo jornal inglês diz que, de seguida, a mesmo inspetora usou uma luz ultravioleta para encontrar mais sinais de falta de limpeza. Encontrou manchas que não são visíveis ao olho humano, sendo possível tratar-se de "fluídos corporais".
A Ryanair foi uma das mais mal classificadas quanto à higiene neste inquérito, mas outras companhias aéreas também mostraram falhas neste critério: os passageiros que voaram com a WizzAir também demonstraram estar pouco impressionados — apenas seis em dez consideraram boas as condições da operadora —, assim como os clientes Vueling ou Iberia.
A Easy Jet saiu-se bem: dois terços dos inquiridos (68%) classificaram a limpeza da low cost como "boa", "muito boa" ou "excelente". No caso da British Airways o valor subiu para 78%.
A Air New Zealand, a Singapore Airlines, Emirates, Qatar Airlines ou a Cathay Pacific conseguiram pontuações muito positivas, com entre 97% a 94% dos passageiros a considerarem a limpeza a bordo boa.
O inquérito da "Which?" surge depois de, em 2018, um estudo realizador pelo "Marketplace", um programa de televisão canadiano, ter revelado que os aviões podiam conter muitos tipos de bactérias e de mofo a bordo. Na investigação, foram analisadas mais de 100 amostras, obtidas em 18 voos domésticos deste país americano, operados por três companhias aéreas diferentes: Air Canada, WestJet e Porter.
Nas conclusões, os investigadores descobriram o sítio menos higiénico dos aviões: os apoios de cabeça são o local mais contaminado. Aqui, encontraram bactérias estafilocócicas, E. coli e ainda coliformes, geralmente encontradas nas fezes humanas, diz o "Daily Mail".
O "Mail Online Travel" e a "Which? Travel" deram direito de resposta à Ryanair, mas a low cost não respondeu
Aqui fica o ranking da higiene a bordo de 22 companhias aéreas, do melhor para o pior.
- Air New Zealand
- Cathay Pacific
- Emirates
- Qatar Airways
- Swiss
- Virgin Atlantic
- Air France
- SingaporeAirlines
- Aer Lingus
- Norwegian
- United Airlines
- Etihad Airways
- FlyBe
- Jet2.com
- American Airlines
- British Airways
- Iberia
- Thomson/ TUI Airways
- Easyjet
- Vueling Airlines
- Wizz Air
- Ryanair