Coincidência ou não, o novo boutique hotel no centro de Lisboa cujo slogan é “Leaf the Plastic Behind”, um trocadilho para 'deixem o plástico para trás', nasceu esta sexta-feira, 17 de julho, precisamente no mesmo mês do movimento "julho sem plástico". Não vem atrasado, a pandemia não influenciou a abertura, vem bem a tempo de incentivar os hóspedes a viver a natureza e a valorizá-la.

Um dos passos pode ser dado através de uma iniciativa do The Leaf Boutique Hotel, localizado na rua do Conde de Redondo, próximo ao Hospital Dona Estefânia, em resultado de uma parceria com o programa Check Out For Nature, que apoia a atividade da ANP|WWF (Associação Natureza de Portugal|World Wide Fund For Nature) — sendo a WWF a maior organização global independente de conservação da Natureza. No fundo, a única coisa que tem de fazer, se aceitar a proposta do hotel, é doar 1€ no check-out para este programa.

Já estamos no check-out, mas ainda não fomos ao check-in. Ora, é aqui que a aventura por esta "quase" floresta no meio da cidade começa.

Dormir sobre a sustentabilidade

Já deu para perceber que o ambiente e a sustentabilidade são dois pontos fortes no The Leaf Boutique Hotel, e o mesmo quer que os dois conceitos andem sempre consigo (até no bolso). Isto porque a chave do quarto é feita de bambu para combinar com o ambiente em redor — e as boas práticas, claro.

Até agora já temos um pedaço de bambu, falta descobrir o resto da vegetação que por aqui anda. Variedade não falta, uma vez que a cada um dos 30 quartos disponíveis no boutique hotel é atribuída uma folha de árvore específica inspirada nos espaços verdes da cidade e nas folhas que marcam maior presença nas paisagens portuguesas.

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folha créditos: The Leaf Boutique Hotel

Falámos em aventura há pouco? Não foi por acaso: "Celebramos a beleza individual de cada uma das folhas e convidamos os nossos hóspedes a uma caça ao tesouro por Lisboa", diz à MAGG Paulo Ferreira, diretor da unidade, acrescentando que cada quarto é uma experiência.

Explica ainda que o projeto nasceu da sensibilidade ambiental, que se reflete no facto de apostarem em materiais recicláveis e sustentáveis e na sensibilização informativa transmitida aos hospedes, de forma a que estejam em linha com ao conceito do hotel e contribuam para a sustentabilidade do planeta.

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Contudo, apesar de este ser um espaço com forte ligação à natureza, não pense que vai sentir-se numa selva: "A nossa atmosfera e espaço convida o cliente a encontrar um refúgio no meio da cidade, onde obtém harmonia e tranquilidade", destaca o diretor do The Leaf Boutique Hotel, com mais de 30 anos de experiência na área da hotelaria, incluindo em conceitos de quatro e cinco estrelas.

Esse ambiente está por todo o lado: desde a receção, passando pelos quartos, até à esplanada/jardim de inverno. Já no ginásio só vai sentir uma espécie de clima tropical depois de uns quilómetros na passadeira. Quanto ao salão de chá e ao restaurante, a mãe natureza ainda está a desenvolver os troncos destas árvores, mas está para breve, indica o diretor Paulo Ferreira.

Do Deluxe ao romântico — os quartos

Por fora, a fachada do The Leaf Boutique Hotel ainda tem características da arquitetura pombalina. Por dentro, nos quartos, a modernidade mistura-se com o natural, mas em qualquer um deles o verde é a cor dominante.

Este hotel tem um total de 30 quartos, cujas tipologias vão desde o Deluxe, passa pelo Superior, o Clássico, até ao Romântico. A vista é variada, mas em muitos deles as folhas portuguesas no papel de parede vão confundir-se com a cidade ao abrir a janela.

Uma noite para duas pessoas custa a partir de 70€ e o pequeno-almoço está incluído. Este, como manda a DGS, não pode ser servido em buffet. Vai ser diretamente posto na mesa, depois de os hóspedes fazerem a escolha à la carte através da aplicação e código QR, para reforçar ainda mais as medidas de segurança em contexto pandémico.

O jantar ainda está a ser apurado

A abertura está para breve, mas o restaurante já está planeado no seu todo. Como é que sabemos? Porque o Paulo Ferreira, diretor da unidade, revelou à MAGG alguns pormenores: "Vamos ter um conceito que praticamente ainda não se encontra democratizado em Portugal. É muito próprio", conta.

Vai chamar-se Folium (do Latim folhas) e aqui a experiência gastronómica é dotada de conceitos: equilibrada, vegetal, biológica, local, saudável, sem glúten, vegetariana, vegan e flexitariana.

"Os pratos serão em sua maioria de origem vegetal e tudo que a terra tem a oferecer de melhor apresentados aos nossos clientes de maneira diferenciada, equilibrada e saborosa, os outros 20% da nossa ementa será voltada ao consumo correto e saudável de proteínas local e quando possível biológica como peixes e aves", avança Paulo Ferreira.