O primeiro-ministro português, António Costa, chegou à Ucrânia este sábado, 21 de maio, a propósito de um convite feito no início de maio pelo primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal. Nas primeiras horas da manhã António Costa foi de Kiev para Irpin, cidade que viu 70% do território ser destruído pelas tropas russas.

"É absolutamente devastador. Vocês estão cá há mais tempo, com certeza já têm outra imagem. Eu só tinha tido oportunidade de ver através das vossas imagens. Ver ao vivo é algo absolutamente devastador pela brutalidade do ataque, da forma cruel como aqueles carros foram metralhados, com pessoas lá dentro. De facto, é muito duro ver", começou por dizer o primeiro-ministro nas primeiras impressões na visita ao País.

"Sabemos que a guerra é sempre dramática, mas também que entre militares, é a regra do jogo", continua, no entanto, refere que esta não é uma guerra "normal" por envolver civis indefesos. "Estamos a falar de algo que é verdadeiramente criminoso e que visa a pura destruição da vida das pessoas. Da vida e do futuro de um país", afirmou aos jornalistas. Por isso mesmo, considera que todos os crimes de guerra devem ser julgados e punidos.

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António Costa vai reunir-se ainda este sábado com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e um dos temas foi avançado pelo primeiro-ministro nas declarações em Irpin quando questionado sobre o apoio de Portugal na construção de um dos locais destruídos da Ucrânia.

"Vamos discutir hoje com o presidente e o primeiro-ministro", afirmou.

António Costa chegou a Kiev de comboio na manhã deste sábado, 21, pelas 9 horas locais (7 horas em Lisboa), momento que registou nas redes sociais. "Acabei de chegar a Kiev, respondendo ao convite feito pelo meu homólogo ucraniano. É com emoção e respeito que aqui venho, em sinal de solidariedade para com este País e este Povo, perante a bárbara agressão russa. Portugal apoia a Ucrânia", pode ler-se na publicação.

A hora do encontro entre os primeiros-ministros português e ucraniano e o presidente Volodymyr Zelensky ainda não é conhecida.