À semelhança do vidro, agora também o plástico e o papel têm de ser colocados diretamente no ecoponto de superfície ou subterrâneos para serem reciclados, avisa a Câmara Municipal de Lisboa. A medida é uma das implementadas recentemente e que visa "garantir a proteção da saúde pública e dos trabalhadores envolvidos nas operações de recolha e tratamento de resíduos e, em simultâneo, controlar os fatores de disseminação da doença e contágio por Covid-19."

A recolha do lixo porta-a-porta é agora feita três vezes por semana e inclui apenas os resíduos indiferenciados, onde devem também ser colocadas as máscaras e luvas de protecção. No Instagram, a CML diz que é possível continuar a separar, apenas se o cidadão tiver um ecoponto por perto.

Entre os serviços de recolha temporariamente interrompidos estão também a "recolha seletiva de vidro porta-a-porta em entidades comerciais", de "todos os serviços de recolha a pedido através do atendimento do município (objetos volumosos/monstros; resíduos de construção e demolição, resíduos de jardins)", estando ainda encerrados ao público os Parques de Apoio à Higiene Urbana", ou seja, a entrega de resíduos volumosos e/ou específicos.

O Município de Lisboa diz ainda que, no caso de famílias com pessoas infetadas ou com casos suspeitos, "os seus resíduos (independentemente do fluxo) devem ser todos colocados em sacos de lixo resistentes e descartáveis, com enchimento até 2/3 (dois terços) da sua capacidade." No Instagram, a CML pede ainda que se reforce o lixo com um segundo saco.

Estas medidas, explica, "têm sido implementadas de acordo com as orientações das entidades competentes, nomeadamente Agência Portuguesa do Ambiente, Direção Geral da Saúde e Entidade Reguladora dos Serviços da Água e Resíduos". Seguem as diretrizes que "estão a ser tomadas em cidades como Amesterdão, Paris, Los Angeles e Roterdão, com quem os serviços de higiene urbana de Lisboa têm mantido contactos nas últimas semanas."

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Apesar da suspensão destes serviços, a CML reafirma "o seu compromisso com as metas ambientais mais ambiciosas, ressalvando que as alterações em questão em nada o alteram  — alertando para o facto de que "a extensão a toda a cidade do projeto piloto de recolha diferenciado de resíduos orgânicos, a funcionar atualmente na Alta de Lisboa, continua como até aqui, na data prevista, 2023."

O conjunto de medidas pode ser alterado, consoante "o evoluir da produção de resíduos nos setores domésticos e/ou comercial."

"Esperamos regressar à normalidade o mais cedo possível e apelamos a todos os munícipes que acondicionem bem o lixo em sacos e o depositem nos contentores adequados."