A filha mais nova de Cristiano Ronaldo, Bella Esmeralda, de apenas 7 meses, a gémea que sobreviveu no parto, está a ser atacada com uma bronquiolite, um problema respiratório persistente e que a afeta praticamente desde que nasceu. Por isso, a criança não acompanhou a mãe, Georgina, e os irmãos na viagem que fizeram ao Catar para visitar Cristiano Ronaldo, que pôde passar a folga com a família.
As bronquiolites estão, este ano, a atacar em força, como aliás a MAGG já anunciou. E nem a filha de Ronaldo escapou. A criança tem estado a recuperar e a ser medicada na casa da família em Espanha, onde ficou enquanto a mãe e os irmãos viajaram.
"Estamos a assistir a um aumento muito significativo de infeções respiratórias, e sem dúvida que há um aumento muito grande de bronquiolites", confirmou à MAGG Manuel Ferreira de Magalhães, pediatra no Hospital Lusíadas Porto e no Centro Manterno-Infantil do Norte. De acordo com o especialista, isto deve-se à tripledemia a que estamos a assistir atualmente, que traduz-se num aumento significativo de três vírus. "Estas infeções são provocadas, sobretudo, pelo vírus sincicial respiratório (RSV), vulgarmente conhecido como o vírus das bronquiolites, o influenza, vírus da gripe, e o SARS-CoV2, correspondente à COVID-19."
Apesar de as bronquiolites afetarem principalmente as crianças com menos de 2 anos, os bebés abaixo dos 6 meses são especialmente vulneráveis. "O grande problema desta doença é que não se cura, não existe tratamento. O tratamento é o tempo, é esperar que passe", refere o médico pediatra.
Esta é uma patologia cujo vírus causa "uma lesão na via aérea, resultando em muitas secreções", diz Manuel Ferreira de Magalhães. "Esta via fica muito inchada, com muitas secreções e os brônquios, que nestes bebés já são muito pequeninos, ficam muito entupidos e as crianças deixam de conseguir respirar".