A Kellog's está envolvida numa polémica nas redes sociais por usar a imagem de um macaco na sua embalagem dos cereais de chocolate. A marca norte-americana está a ser alvo de uma chuva de críticas, depois do alerta dado pela ex-deputada inglesa Fiona Onasanya, que criticou a opção da Kellog's no Twitter.
O assassinato de George Floyd, asfixiado por um agente da polícia norte-americana, que aconteceu a 25 de maio, nos Estados Unidos, criou uma onda de indignação sem precedentes um pouco por todo o mundo. Depois da morte do cidadão americano, o movimento #blacklivesmatter ganhou força nas redes sociais, local onde o tema do racismo tem sido mais discutido do que nunca, principalmente no Twitter. E foi nessa popular rede social que antiga deputada do partido trabalhista britânico levantou a polémica alegadamente ligada ao racismo.
Fiona Onasanya fez um tweet na segunda-feira, 15 de junho, sobre a alegada mensagem racista que a Kellogg's passaria com a imagem utilizada nos cereais Choco Krispies. Este é um produto icónico da marca, criado em 1958 nos Estados Unidos, que desde a década de 80 que utiliza a figura de um macaco na sua embalagem.
A britânica questionou, na sua publicação, o porquê de os cereais de chocolate usarem a imagem de um macaco castanho, enquanto os Rice Krispies têm na embalagem a figura de três crianças brancas. "Têm a mesma composição (exceto que os CP's [Choco Krispies] são castanhos e sabem a chocolate)", escreveu no mesmo tweet, onde salientou que já tinha enviado e-mail à Kellogg's sobre a questão.
A marca reagiu e já explicou que o macaco presente nos cereais é apenas uma mascote, que deve ser entendida como uma personalidade lúdica da Kellogg's. "Não toleramos discriminação e acreditamos que pessoas de todas as raças, géneros, origens, orientação sexual, religiões, capacidades e crenças devem ser tratadas com a máxima dignidade e respeito", afirmou um representante da empresa.