Um homem de 53 anos, funcionário da escola de Mirandela, foi detido esta terça-feira, 11 de julho, suspeito de vários crimes de abusos sexuais a menores, entre eles o de colocar uma câmara escondida no balneário das meninas para as poder ver a despirem-se. Foi a própria direção da Escola Profissional de Artes de Mirandela que o denunciou às autoridades por "suspeitas de comportamentos alegadamente inadequados", entre eles a importunação sexual de meninas no interior do estabelecimento de ensino e a colocação da tal câmara, revela esta quarta-feira o "Jornal de Notícias".

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A escola ficou a saber dos casos após "ser alertada por um grupo de alunos sobre estes acontecimentos", e de imediato abriu "um processo interno de averiguações" para perceber o que se estava a passar. De imediato, e de forma preventiva, suspendeu o funcionário suspeito, retirando-o da escola e afastando-o das jovens. Foi já esta terça-feira que a escola ficou a saber "através de comunicação expressa na página eletrónica oficial da Polícia Judiciária, que o assistente operacional terá sido detido e constituído arguido".

De acordo com informação divulgada pela própria PJ, o homem é suspeito de abusos sexuais a pelo menos 9 menores com idades entre os 13 e os 17 anos e os factos terão ocorrido de forma continuada entre os meses de julho de 2021 e este ano letivo de 2023. O suspeito terá agora de ser ouvido num inquérito judicial e só depois o juiz irá determinar qual a sua medida de coação, sendo esperada a prisão preventiva, até porque, em situações deste género, que envolvem abusos de menores em comunidades mais pequenas, o risco para o suspeito é elevado caso não fique detido.