Para garantir que todos os funcionários públicos tenham um computador portátil de serviço que lhes permita trabalhar a partir de casa, o Governo prevê um gasto de "cerca de quatro milhões de euros ao ano", conforme foi revelado esta quinta-feira, 16 de julho, pela ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, em entrevista ao 'podcast' "Política com Palavra", do PS.

A iniciativa vem no sentido de corresponder ao facto de haver "muita gente a querer" trabalhar em regime de teletrabalho, por "razões de conciliação pessoal" ou "por conforto". Para corresponder a essa necessidade, embora muitos trabalhadores já tenham portáteis de serviço, quatro milhões de euros ao ano será o valor necessário "para que toda a gente tenha um portátil do serviço para poder ir trabalhar para casa", diz a ministra.

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Alexandra Leitão acrescenta ainda que a pandemia "trouxe uma grande noção do papel do Estado" e da "necessidade de o cidadão interagir mais facilmente" com este. Na entrevista a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública admitiu que o Estado precisa de fazer "mais e melhor", até porque Portugal vai enfrentar um período difícil em resultado das consequências económicas deixadas pelo confinamento que obrigou o País a parar.

"O caminho da valorização [dos funcionários da administração pública] é que pode ser um pouco mais lento do que tínhamos planeado", refere a ministra, depois de explicar que retirar rendimentos às pessoas não vai ser o caminho" para enfrentar esta crise, o que significa que "não haverá congelamentos, nem perdas de rendimento", mas as atualizações e os aumentos dos salários terão de ser ponderados "no quadro da discussão do próximo" Orçamento do Estado, avança.