Já passou mais de um mês de quarentena e ainda há quem esteja a tentar encontrar o seu ritmo de teletrabalho — tarefa ainda mais desafiante para quem tem filhos em casa. Contudo, em alguns casos, esse ritmo pode chegar entretanto e até tornar-se um hábito, uma vez que a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, considera que este regime "veio para ficar" no Estado.

De acordo com a ministra, a implementação do teletrabalho estava já prevista no programa do Governo e no Orçamento do Estado, mas a pandemia veio precipitar o processo e colocar 68 mil funcionários públicos, essencialmente técnicos superiores e assistentes técnicos, em teletrabalho.

"Corresponde à quase totalidade dos trabalhadores suscetíveis de exercer funções em teletrabalho no setor público administrativo da Administração Central", afirmou a ministra numa audição na comissão parlamentar de Administração Pública.

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Até ao momento, o regime de teletrabalho tinha "algumas resistências de dirigentes", diz a ministra Alexandra Leitão, mas parece que o panorama mudou, com um empurrão da pandemia, que veio mostrar que o teletrabalho é "uma forma de excelência de conciliar a vida profissional e a familiar", diz Alexandra Leitão.

Da mesma opinião é o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que esta terça-feira, 5 de maio, levantou a possibilidade de implementar o teletrabalho pós-pandemia para trabalhadores da autarquia que o considerem uma vantagem.

O próprio presidente defende que "em muitas circunstâncias, as videoconferências têm-se mostrado tão ou mais produtivas que reuniões presenciais”, disse numa videoconferência promovida pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), sobre o impacto da COVID-19 na vida das cidades.

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“Acho que já são claros para todos os benefícios que este método pode trazer. Acho que isto é daquelas coisas boas que podem vir para ficar”, continuou, acrescentando ainda que apesar das aparentes vantagens, é necessário “passar por um período de experiência de teletrabalho com as crianças na escola”, uma vez que a experiência actual não é “tão perfeita quanto isso” e não funciona para todos os trabalhadores.

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